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Parto induzido: quando é necessário?

Na ausência total de contrações, o parto pode ser induzido artificialmente através do uso de medicamentos. Estes fármacos provocam as contrações e introduzem-se pela vagina em forma de gel ou de sonda.
Acontece em alguns casos o bebé não se apresentar pontualmente na data prevista para o momento do parto. Quando tal acontece, é possível esperar durante alguns dias para que o parto aconteça de forma espontânea. No entanto, se tal não acontecer, pode ser necessário “dar um empurrãozinho” e recorrer ao parto induzido. Mas quando é que o parto induzido é realmente necessário? E como é que se provoca o parto?
Quando é necessário o parto induzido
O parto induzido é necessário quando:
- A gestante sofre de doenças que podem ter repercussões na funcionalidade da placenta. É o caso da hipertensão, das doenças renais, etc. Também é o caso da diabetes, sempre e quando não exista sofrimento fetal (nesse caso dever-se-á recorrer à cesariana).
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- Antes do termo da gravidez é identificada numa ecografia uma redução da quantidade de líquido amniótico.
- Por volta da 32ª semana, observa-se que o feto já está suficientemente crescido e corre o risco de ser demasiado grande no final na gravidez.
- Apesar de terem passado 24-48 horas desde a rotura da bolsa amniótica, o parto não começa de forma espontânea.
- A gestação prolonga-se por mais de 42 semanas
Como se provoca o parto induzido
Existem diferentes formas de provocar um parto induzido. Explicamos-lhe em que consiste cada uma delas.
Gel de prostaglandinas
Quase sempre se recorre a um gel à base de prostaglandinas que se introduz com uma seringa sem agulha. Trata-se de um processo indolor. Faz-se uma primeira aplicação e, se ao cabo de 6-8 horas não se inicia o parto, volta a repetir-se.
É frequente ter de se repetir este processo entre três e nove vezes. Embora possa ser stressante para a mãe, não tem qualquer risco nem para ela nem para o bebé.
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Oxitocina sintética
Outra técnica para provocar o parto induzido é recorrer à oxitocina em forma sintética. Trata-se de uma hormona produzida naturalmente durante o parto pela hipófise que provoca as contrações do útero.
A oxitocina sintética costuma utilizar-se quando o gel de prostaglandinas não surte efeito. Também se recorre a ela quando o parto, tanto induzido como não, é lento e se produz uma dilatação inferior a um centímetro por hora, ou a dilatação se bloqueia.
Rutura das membranas
Outra possibilidade para induzir o parto é a amniorrexe, a rutura das membranas nas quais o bebé está envolvido. Esta operação é feita pela parteira com uma espécie de ganho de plástico.
Este procedimento é indolor e a saída do líquido amniótico que se produz depois da rotura pode facilitar o parto. Apenas se recorre a esta técnica depois de se conseguir uma dilatação de três ou quatro centímetros e há contrações, ainda que fracas.
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Separação das membranas
O parto induzido também se pode provocar separando as membranas. É uma operação realizada pelo obstetra ou pela parteira durante uma das explorações normais que se fazem na maternidade em casos de parto induzido ou muito lento.
A separação das membranas consiste em introduzir o dedo no colo do útero até chegar à bolsa amniótica. Aí efetua-se uma rotação para que se este se separe alguns milímetros do útero e fazer com que o parto se inicie.
Com esta técnica obtêm-se bons resultados em 30% dos casos, especialmente quando se ultrapassou a data prevista para o parto.
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Duração de um parto induzido
Muitas futuras mamãs perguntam-se se o parto induzido será mais longo e doloroso do que um parto não induzido. No entanto, cada parto é diferente e podem acontecer casos de partos naturais não induzidos que se alarguem mais do que um induzido.
No entanto, o que parece ser verdade é que os partos induzidos parecem ser mais longos porque o colo do útero demora mais a dilatar, inclusivamente até 12-24 horas. Por este motivo muitas mamãs têm a perceção de que o seu parto induzido é muito mais longo quando, na realidade, o parto nem sequer começou.
Outra das grandes diferenças entre o parto induzido e o não induzido, que não tem relação com a duração mas sim com a dor é que, no primeiro caso, a anestesia epidural costuma administrar-se quando a dilatação alcança os três centímetros. No entanto, no caso do parto não induzido, a epidural costuma ser administrada quando a dilatação é de cinco centímetros.
Experiências de parto induzido
São muitas as famosas grávidas que decidem programar o seu parto, quer por ser uma data que é melhor para elas, que porque assim podem articular melhor com os pais.
É o caso, por exemplo, de Sara Carbonero quando deu à luz Lucas, um dos seus filhos. Tal como na altura alguns jornais referiram, Sara Carbonero já tinha ultrapassado o tempo e o bebé não queria nascer. O pai, o conhecido guarda-redes de futebol Iker Casillas, queria estar presente no parto e, como dali a poucos dias tinha um jogo do Euro, decidiram induzir o parto e ter o bebé.
Outro caso é o da cantora Shakira: soube-se quando o pai, Gerard Piqué, escreveu no seu Instagram “esta terça nasce o nosso primeiro filho”. E Shakira tinha o parto programado por cesariana.