Porque é importante gatinhar antes de andar

Uma das questões que a maioria das novas mamãs e papás se questiona é a importância de gatinhar para os bebés. A maioria pergunta-se quando é que os seus bebés começarão a gatinhar, por quanto tempo irão gatinhar, quais serão os benefícios desta habilidade e o que irá acontecer se não a desenvolverem. Embora cada bebé tenha uma taxa de crescimento e desenvolvimento diferente, há algumas alturas aproximadas que pode utilizar como referência. Explicamo-lhe abaixo.

A importância de gatinhar

O gatinhar é muito importante para o desenvolvimento psicomotor de um bebé, pois ajuda-o a tomar consciência tanto do seu corpo como do ambiente que o rodeia. Especificamente, o gatinhar tem os seguintes benefícios:

• Melhora a visão espacial. O gatinhar favorece o desenvolvimento visual do bebé, uma vez que ajuda a estabelecer a focagem ocular, a distância entre a mão e o olho e a manipulação das três dimensões espaciais (altura, largura e profundidade).
• Facilita a dissociação entre os dois hemisférios cerebrais, o que aumenta a destreza do bebé ao andar.
• Fortalece os músculos do tronco e aumenta a resistência, ajudando a desenvolver o equilíbrio.
• Ajuda os bebés a desenvolver a destreza manual.
• Encoraja a autonomia do bebé.
• Ao estar em movimento, melhora as funções gastrointestinais.

E as crianças que não se gatinham?

Apesar destes benefícios, nem todas as crianças têm de gatinhar. De facto, estima-se que cerca de 20% das crianças saudáveis não gatinham, e não existe uma causa científica para isso. Estas crianças começam a andar directamente sem terem gatinhado antes e sem qualquer atraso no seu desenvolvimento.

Pode também acontecer que o bebé não gatinha por falta de estímulo ou porque, involuntariamente, os pais inibem o desejo do bebé de gatinhar com certas posturas ou movimentos, tais como, por exemplo, oferecer andarilhos ou segurar as mãos para tentar levá-lo a dar os seus primeiros passos.

Neste sentido, o ideal é que os pais acompanhem o bebé sem o forçar, deixando-o no chão o máximo de tempo possível para que ele siga os seus instintos naturalmente.

(Também lhe interessa em: Andarilhos de bebés: eles são prejudiciais?)

Quanto tempo é que um bebé tem de gatinhar antes de andar?

Em geral, os bebés começam a gatinhar entre os 8 e 12 meses de idade, antes de decidirem caminhar. Embora dependa de cada bebé, normalmente não tardará muito até que estejam de pé e comecem a dar os seus primeiros passos, dois ou três meses no máximo. Durante este tempo, como já dissemos, ele irá fortalecer os seus músculos, adquirir equilíbrio e melhorar a sua visão, o que o ajudará a começar a andar.

Quando se sentir confiante, deslocar-se-á apoiando-se em qualquer apoio que encontre pelo caminho, cairá e levantar-se-á, e dentro de poucos dias poderá percorrer pequenas distâncias sozinho. E, por surpreendente que pareça, dentro de um curto período de tempo, estará a caminhar perfeitamente sozinho.

Entre os 16 e 24 meses, a criança pode alternar entre gatinhar e ficar de pé. Isto é normal e os pais não devem preocupar-se.

O que acontece se o bebé gatinhar numa posição sentada?

Algumas crianças movem-se de uma forma peculiar, por exemplo, rastejando, rolando ou por um curioso rastejar. Esta última forma de gatinhar consiste em gatinhar para a frente esticando e encolhendo as pernas. Embora tenha alguns benefícios semelhantes ao gatinhar, este movimento não permite ao bebé exercer o tónus muscular da mesma forma, uma vez que apenas tonifica os abdominais e um pouco as pernas, mas não as costas e as nádegas como faz o gatinhar.

Como sabe se o seu bebé está pronto para gatinhar?

Não há sinal físico de que uma criança esteja pronta para gatinhar. A melhor maneira de verificar é colocar o bebé no chão sobre a sua barriga. Se ele tentar levantar-se de mãos e joelhos, significa que está pronto a gatinhar.

No entanto, pode ainda levar algum tempo para o bebé aprender a mexer-se na sua barriga. Como indicámos, o melhor a fazer é dar-lhe a liberdade de experimentar num lugar seguro e confortável, acompanhando-o, mas sem o forçar.