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Parto eutócico e parto distócico

Sabe o que é um parto eutócico e um parto distócico? E quais são as diferenças entre ambos? Explicamos-lhe em que consiste cada um deles, quais os seus sintomas e que medidas de prevenção podem ser tomadas para reduzir o risco de ter um parto difícil.
O que é um parto eutócico?
O parto eutócico é um parto normal, no qual não se verificam alterações e que se inicia e conclui de forma espontânea, sem necessidade de intervenção médica. Neste tipo de parto, o feto encontra-se em posição fetal cefálica e flexionada e a sua saída é vaginal.
O que é um parto distócico e quais são as suas causas?
Por outro lado, o parto distócico requer intervenção médica, normalmente procedimentos ou intervenções cirúrgicas, para a sua correta finalização. As causas que provocam um parto distócico podem ser variadas. Distocia é qualquer dificuldade de origem fetal ou materna no progresso normal do parto. Num parto normal ou eutócico têm lugar uma sequência de vários fenómenos: contrações uterinas rítmicas e coordenadas, modificação e dilatação do colo do útero e descida do bebé através do canal de parto. Por outro lado, num parto distócico, pode existir um atraso, um bloqueio ou uma limitação nalguma destas sequências, o que faz com que o parto se prolongue excessivamente e que seja necessária uma intervenção médica para evitar riscos na saúde da mamã e do bebé. Os problemas ou distocias podem ser de origem materna, fetal ou dos anexos fetais (placenta, cordão umbilical ou líquido amniótico).
1. Distocias maternas:
- Distocias mecânicas: Podem ser ósseas ou das partes moles. As distocias ósseas afetam a posição dos ossos da pélvis, que dificultam a saída da cabeça do bebé por falta de espaço. Esta desproporção cefalopélvica diagnostica-se quando a mulher já tem dilatação e é o obstetra quem decide como se irá proceder ao parto. As distocias das partes moles encontram-se dentro do próprio útero ou no canal de parto.
- Distocias dinâmicas: É um conjunto de anomalias na atividade contrátil do útero que interferem no parto. Podem provocar transtornos na frequência ou na intensidade das contrações. Dividem-se em hiperdinâmicas (contrações fortes ou muito frequentes), hipodinâmicas (contrações fracas ou pouco frequentes) e descoordenações uterinas (contrações não ritmadas).
2. Distocias do estado fetal:
- Apresentação fetal em situação transversal ou oblíqua. Se o feto se apresenta nesta posição, é necessário proceder a uma cesariana.
- Apresentação fetal podálica (de nádegas). Se o feto se apresenta em posição de nádegas, é muito provável que haja necessidade de recorrer a uma cesariana, embora se admita a possibilidade de parto vaginal se se manifestarem as condições necessárias para tal.
Pode prevenir-se um parto distócico?
Segundo os especialistas, existem algumas medidas preventivas que se podem levar a cabo de modo a diminuir a incidência de partos difíceis:
- Contrações de parto. É completamente normal que as dores de parto durem horas ou até dias sem que se observe uma dilatação considerável do colo do útero. Se a futura mamã observar alguma alteração no ritmo ou frequência das contrações deve informar imediatamente o seu médico.
- Mexer-se durante o parto. Mudar de posição com liberdade ou caminhar durante as fases de dor do parto são condições que os médicos aconselham às futuras mães para aliviar a dor e ajudar o feto a posicionar-se bem para sair.
- Suporte do pai. Considera-se básico durante a fase ativa do parto. Contar com o apoio do pai é muito importante para transmitir calma e serenidade à mãe. Estando calma, é muito mais provável que tudo fique bem.
- Evitar o bloqueio. Se os médicos detetam algum tipo de bloqueio motor numa fase mais avançada do parto, vão ser os anestesistas os encarregados de o reduzir de modo a facilitar a saída do bebé.
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