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O que fazer se tiver a prolactina alta

O stress ou o consumo de certos fármacos podem ser os responsáveis pelos resultados elevados de prolactina no sangue. Se tal acontecer, deverá consultar o endocrinologista para que lhe faça um diagnóstico e recomende o tratamento adequado. Explicamos-lhe, em seguida, as causas da prolactina alta.
A prolactina é uma hormona que se produz numa glândula do cérebro chamada hipófise, e mais concretamente, na sela turca do esfenoide. Uma hormona é uma substância, produzida por células especializadas, cujo objetivo é influenciar as funções de outras células. Uma glândula é um grupo de células que sintetiza hormonas. Diversos sistemas do organismo encarregam-se de produzir a quantidade certa de hormonas para que haja um equilíbrio, estimulando a sua criação e a prolactina alta é um desequilíbrio a controlar.
A prolactina serve principalmente para preparar o tecido mamário para o período de amamentação do bebé e para a conseguir manter.
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Prolactina alta: causas e sintomas habituais
Há fatores que estimulam a libertação de prolactina e fatores que a diminuem. Entre os primeiros, encontramos a estimulação do mamilo, o stress, os estrogénios, a amamentação e muitos medicamentos. A dopamina é a substância que diminui a prolactina, daí os medicamentos antidopaminérgicos pertencerem ao grupo de fatores que estimulam a libertação da prolactina.
A prolactina alta denomina-se hiperprolactinemia e pode levar à secreção de leite fora do período de amamentação, diminuir o apetite sexual ou fazer com que a mulher deixe de ter o período. No caso do homem, a prolactina alta pode produzir uma diminuição do apetite sexual.
Se a prolactina é baixa, não existe problema, tanto nos homens como nas mulheres, desde que estas não estejam a amamentar.
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Recomendações no caso de ter a prolactina alta
No caso de ter a prolactina alta, deverá consultar o endocrinologista para que lhe realize um historial clínico detalhado: se retém líquidos, se há uma diminuição do apetite sexual, se toma alguma medicação ou se não tem o período. Respondidas as questões anteriores, vai realizar-se uma exploração física geral, sendo importante palpar o pescoço dado que o hipertiroidismo pode aumentar a produção de prolactina.
O seguinte passo é repetir a análise de prolactina, e de outras hormonas, em função do historial clínico realizado. Convém saber que a prolactina alta não é um transtorno grave, pois poucas vezes se trata de um sintoma de microprolactinoma, e menos ainda de macroprolactinoma, que são tumores na hipófise que costumam responder bem aos tratamentos com medicamentos.
Como baixar a prolactina
Um dos principais reguladores da produção de prolactina pela glândula pituitária é a hormona dopamina, produzida no hipotálamo, uma parte do cérebro.
Entre outras funções, a dopamina controla a produção de prolactina pelo que se se produzir dopamina, liberta-se menos prolactina. No entanto, ao mesmo tempo, a prolactina favorece a produção de dopamina, existindo uma espécie de contradição entre ambas as hormonas, pelo que deverá existir um equilíbrio adequado.
Outra hormona, o estrogénio, também influencia na produção de prolactina, aumentando a sua produção e secreção na glândula pituitária.
Além da dopamina e do estrogénio, existem outras hormonas que podem aumentar o diminuir a produção de prolactina, como a hormona estimulante da tiroide, a oxitocina e a hormona antidiurética.
Dadas estas premissas, para baixar o nível de prolactina no caso da análise hormonal tenha detetado um nível elevado desta hormona, o seu médico terá de prescrever um tratamento à base de inibidores da produção de prolactina.
Um dos medicamentos comerciais mais prescritos para a redução do nível de prolactina é o Dostinex, cujo princípio ativo é a cabergolina, um inibidor da prolactina.
Em qualquer caso, deverá sempre ser o médico a prescrever o tratamento mais adequado ao seu caso, bem como a sua forma de administração.