Teletrabalho com crianças: conselhos para alcançar o sucesso

Muitas mães e pais estão a ver-se obrigados a trabalhar desde casa com as crianças à sua volta, pelo menos os que podem teletrabalhar dadas as características do seu emprego. A equipa de O Meu Bebé inclui-se neste grupo!

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No entanto, esta nem sempre é uma tarefa fácil. Há alguns países onde o smart working se pratica há já algum tempo e não por causas de força maior, como esta pandemia de coronavírus na qual nos vemos imersos.

Conselhos práticos para teletrabalhar com crianças em casa

Recompilámos alguns conselhos práticos para passar de forma airosa este período de trabalho remoto com crianças, a partir da experiência de empresas norte-americanas.

Madrugar é um ponto a favor

A primeira regra é começar bem cedo. No fundo, com as crianças em casa sem irem à escola, e o facto de não ser necessárias deslocações para o trabalho, levantar cedo não é tão complicado.

Portanto, é conveniente levantar um pouco antes, enquanto as crianças ainda dormem, e começar alguma das atividades previstas para o dia, ou aproveitar este tempo para pôr em dia as tarefas que ficaram pendentes do dia anterior.

Flexibilidade: podem surgir imprevistos

Quando se trabalha em casa com crianças a andar à nossa volta, é necessário sermos um pouco mais flexíveis e saber gerir as situações. A ideia é fazer um plano de trabalho claro, com a finalidade de aproveitar o tempo ao máximo. No entanto, temos de estar conscientes de que pode surgir uma emergência tal como uma luta entre irmãos, e é necessário resolvê-la no momento, embora tal possa implicar uma pequena mudança de planos.

Trabalhar desde casa: uma questão de turnos

Se tanto a mãe como o pai estão em regime de teletrabalho, o ideal é estabelecer os respetivos trabalhos por turnos, repartindo as tarefas de assistência às crianças, e tendo em conta as necessidades e os deveres de cada trabalhador.

Deste modo, por exemplo, a mãe pode trabalhar mais de manhã e o pai pela tarde, ou ao contrário, de modo a haver sempre um dos dois disponível para os mais pequenos.

Uma sesta para acalmar os ânimos

Para que o ambiente seja mais relaxado e as crianças sobrevivam melhor ao isolamento, a sesta depois do almoço pode revelar-se muito importante. Pode ser substituída por um momento mais sossegado, como ver um pouco de desenhos animados na televisão, ou simplesmente relaxar. É algo que vai ajudar os pais a ter mais tempo e a ter mais rendimento.

Em qualquer dos casos, os pais também devem contar com algum tempo para se relaxar e desligar das próprias obrigações.

Colaboração, uma carta vencedora

Para uma criança, ter os seus pais em casa sempre é uma alegria extraordinária, e como tal é inevitável chamarem a atenção a todo o momento, embora sabendo que os pais estão a trabalhar.

• Como tal, convém falar com eles e explicar-lhes o que está a acontecer desde o início.
• No entanto, estando todos em casa, será inevitável parar de vez em quando para jogar uma partida de cartas, fazer uns mimos ou conversar um bocadinho antes dos pais voltarem a trabalhar no computador.
• Implicar as crianças e fazê-las entender que estamos na mesma equipa é importante, e neste sentido, devem estabelecer-se algumas regras de comportamento claras, especialmente se o trabalho implica fazer videoconferências.
• Nesta situação, há que tentar fazer as crianças entenderem que não devem interromper se a mãe ou o pai estão a olhar para o ecrã fixamente, a ouvir atentamente ou enquanto estão a falar de uma forma séria e com ar profissional, muito diferente da forma de falar informal de quando se está em casa.
• Para tornar tudo mais fácil, pode simular-se uma situação assim previamente, agindo como se se estivesse durante uma videoconferência profissional. Assim as crianças vão entender melhor o que é esperado delas.

Recompensas e atividades

• Para implicar as crianças neste projeto de coabitação e colaboração é claro que devemos prometer-lhes algum incentivo. Obviamente, não se trata de presentes físicos, nem de objetos, mas sim promessas de momentos de qualidade vividos em família e que vão chegar se os mais pequenos deixarem aos pais tempo suficiente para finalizar as suas tarefas.
• Um filme com pipocas, uma sessão de cozinha juntos ou uma luta de almofadas na sala são suficientes para conseguir um pouco de concentração.

No que diz respeito a manter as crianças ocupadas enquanto se trabalha, existem muitas possibilidades.

• Para os mais pequenos podem preparar-se bolsas de tecido ou caixas nas quais se podem colocar muitos brinquedos diferentes, e que se podem entregar quando for necessária alguma tranquilidade, pedindo à criança que vá tirando os objetos da caixa um a um, brincando com eles.
• A tecnologia também se pode converter num aliado dos pais teletrabalhadores, não tanto para confiar o cuidado das crianças aos computadores e aos telemóveis, mas sim porque os podcasts e audiolivros que os mais pequenos podem ouvir no sofá são muito interessantes para eles.

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Que bonito é partilhar os espaços!

O ideal é não se fechar numa divisão diferente, mas sim criar um espaço para partilhar, como por exemplo na sala.

• A mãe e o pai trabalham com o computador numa mesa, as crianças brincam entre os sofás, no tapete ou no próprio sofá… Um canto especial, com tecidos de cores onde espalhar os brinquedos preferidos pode transformar-se num espaço de brincadeira para as crianças mais pequenas, enquanto os maiores, que sabem ler e têm de fazer trabalhos de casa, podem sentar-se na mesma mesa dos pais e dedicar-se ao seu próprio trabalho.
• Deixar que nos ajudem a listar nomes ou números ou a ordenar alfabeticamente as faturas ou pastas também pode ser uma forma de fazer com que se sintam úteis e competentes.
• Por fim, não nos podemos esquecer que numa jornada laboral partilhada também deve haver espaço para as agradáveis pausas, para tomar um café (os adultos), eu pode ser a pausa do leite ou da fruta para os mais pequenos, além de introduzir um pouco de brincadeira todas as manhãs.

No fundo, trata-se de um modo de descobrir que trabalhar desde casa e rir com as crianças na sala entre uma tarefa e oura pode ser tão divertido como bisbilhotar com os colegas na máquina de café.