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A história do Pinóquio

Uma das histórias clássicas infantis mais populares é a do Pinóquio, que as crianças costumam adorar. Vamos contar-lhe esta entusiasmante história para que a possa ensinar aos seus filhos.
Umas das histórias infantis mais populares é a do Pinóquio, de origem italiana e que narra as aventuras de um boneco de madeira que queria ser um menino e que para o conseguir teria de aprender valores como o compromisso, o amor ou a responsabilidade. De entre estes valores o que mais se destaca relaciona-se com o ensinamento que não se devem dizer mentiras e que se deve levar sempre a verdade avante. Bem sabido é que o nariz do Pinóquio cresce cada vez que ele mente.
Das diferentes lições de moral que se podem extrair desta história uma das mais importantes é a transformação interna que vive o Pinóquio através das experiências que vai acumulando ao longo das suas aventuras, descobrindo a importância da verdade, do respeito e da amizade na vida.
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A história do Pinóquio
Era uma vez o carpinteiro Gepetto que, estando uma noite na sua oficina, decidiu talhar um boneco de madeira. Esforçou-se tanto no seu trabalho que o resultado foi extraordinário e a verdade é que não faltava nada ao seu boneco: as suas pernas, os seus braços, o corpo e um simpático nariz pontiagudo tornavam-no quase real.
- Já estás pronto. Mas ainda tenho de te pôr um nome… Já sei! Como és feito de pinho podes chamar-te Pinóquio. – disse o velho carpinteiro. – Só é pena que sejas apenas um boneco e não possas ser o meu filho, adorava que fosses um menino de verdade.
Apesar de não o esperar de todo, o desejo do Gepetto tornou-se realidade. Durante a noite, enquanto o Gepetto dormia, uma fada chegou à sua oficina. Com a sua varinha mágica decidiu conceder o desejo a Gepetto.
- Acorda, Pinóquio! A partir de agora podes falar e mexer-te como os outros. Mas vais ter de ser muito bom se te quiseres transformar num menino de verdade – e, depois de dizer isto, desapareceu.
O Pinóquio começou a andar pela oficina e escondido atrás de uns brinquedos descobriu um grilo que passou a ser seu amigo, começando logo a brincar e a rir. Fizeram uma tal barafunda que acordaram o Gepetto. O carpinteiro, ao ver que o seu sonho se tinha tornado realidade, abraçou o Pinóquio com todas as suas forças.
- Que alegria, Pinóquio! Vou fazer de ti um menino bom e aplicado. Mas para isso vais ter de ir à escola… Vais amanhã mesmo, como todas as outras crianças.
Gepetto saiu para comprar um livro para o Pinóquio e, para o fazer, teve de vender o seu casaco, mas não se importou, pois queria o melhor do mundo para o que agora era o seu filho. No dia seguinte o Pinóquio ia a caminho da escola quando se cruzou com um rapaz.
- Vais ao colégio? Mas é tão chato! Vem comigo ver o teatro de marionetas.
Pinóquio nem pensou duas vezes e disse logo que sim ao seu amigo.
- Mas Pinóquio, o que é que estás a fazer? – disse-lhe o grilo falante, que ouviu tudo escondido no bolso do casaco do Pinóquio – A tua obrigação é ir à escola! E também é o desejo do teu pai!
Mas o Pinóquio não fez caso dos conselhos do seu amigo e foi com o rapaz ao teatro. Pinóquio gostou tanto da peça que acabou por subir ao palco com o resto das marionetas. As pessoas aplaudiam e riam animadamente e o dono do teatro pensou logo que o Pinóquio podia fazer com que ele ganhasse muito dinheiro. Assim que o agarrou pelo braço, prendeu-o numa jaula e fechou-o com uma chave.
O desgraçado começou a chorar, tanto que a fada o ouviu e foi ajudá-lo a libertar-se. De volta a casa, o Pinóquio encontrou Gepetto muito preocupado.
- Onde é que estavas, Pinóquio?
- Na escola, pai… mas depois a professora pediu-me para lhe ir fazer um recado…
E nesse instante o nariz do Pinóquio começou a crescer e a crescer sem que o coitado pudesse fazer nada.
- Deves dizer a verdade! – Repreendeu-lhe o seu amigo grilo falante.
Pinóquio confessou muito triste a verdade ao seu pai e prometeu a não voltar a mentir nem a faltar à escola. No dia seguinte, quando ia para a escola com o seu amigo grilo, voltou a encontrar o rapaz. Disse-lhe que estava à espera para ir ao país dos brinquedos e convidou-o a ir com ele. Pinóquio aceitou rapidamente e, assim, voltou a desobedecer ao seu pai. O seu amigo grilo avisou-o de novo.
No país dos brinquedos era tudo fantástico e o Pinóquio não conseguia pensar num sítio melhor para estar. O Pinóquio passou assim dias e dias até que um dia passou num espelho e apanhou um grande susto. Tinham-lhe aparecido umas orelhas de burro. Pinóquio e o grilo andaram durante dias até chegar a casa e as orelhas de burro acabaram por desaparecer, mas quando chegaram a casa do Gepetto encontraram-na vazia.
- Não está! O meu pai não está em casa! - dizia o Pinóquio em lágrimas.
Uma pomba que passava por ali ouviu o Pinóquio a chorar.
- Desculpa, mas o teu pai por acaso chama-se Gepetto? Porque o vi no mar. Ia num barco e uma baleia enorme engoliu-o.
- Uma baleia? Rápido, grilo, temos que ir à procura dele! Obrigado pomba.
Pinóquio e o grilo chegaram à praia e subiram para um barco de madeira. Andaram dias à deriva no imenso oceano. De repente, encontraram a baleia de que estavam à procura, que também os engoliu. Tudo desapareceu numa escuridão absoluta. O Pinóquio começou a chamar o seu pai aos gritos mas ninguém lhe respondia. No estômago da baleia apenas havia silêncio. Ao cabo de um bom tempo o Pinóquio viu uma luzinha ao fundo e pareceu-lhe ouvir uma voz familiar.
- Pinóquio? És tu Pinóquio? – gritava a voz.
- É o meu pai! Papá, aqui, sou eu! Estou aqui!
Finalmente pai e filho puderam abraçar-se depois de tanto tempo. A seguir começaram a pensar na forma de sair dali. Decidiram fazer uma fogueira queimando os barcos, o que fez com que a baleia espirrasse e conseguiram sair dali. No entanto, faltavam as forças a Gepetto para chegar à praia. O Pinóquio levou-o nas suas costas mas também ele começou a ficar cada vez mais cansado. Quando chegaram à beira da água o seu corpo de madeira rendeu-se e ficou estendido de barriga para baixo na água.
- Pinóquio! Não, por favor! Não me deixes aqui! – gritava o Gepetto agarrando o Pinóquio nos seus braços.
Foi então que apareceu de novo a fada.
- Gepetto, não chores. O Pinóquio mostrou que, embora tenha sido desobediente, tem bom coração e gosta muito de ti, por isso merece transformar-se num menino de verdade.
A fada abanou a sua varinha e os olhos de Pinóquio abriram-se outra vez. Tinha-se transformado num menino de verdade. Pinóquio, Gepetto e o grilo voltaram para casa e viveram felizes durante muitos anos.
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Fonte da história: site cuentoscurtos.com