Setembro 2017-1 | Revista O Meu Bebé

Setembro 2017-1

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  PSICOLOGIA  

A adaptação à creche

Quais são as condições que permitem à criança crescer em segurança afetiva e bem-estar, num ambiente diferente do de casa? Vamos oferecer-lhe alguns conselhos para que possa ajudar o seu filho a adaptar-se aos primeiros dias na creche.

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Isto SIM
O momento da entrada para a creche é crucial. Deve ser feito de maneira muito gradual e de modo a que sejam os pais a facilitar a aproximação da criança à educadora, como se se tratasse de uma amiga muito querida que o seu filho vai conhecer. Este processo serve para que a criança aceite, observando a atitude tranquila dos adultos, este tipo de relação, de modo a acabar por confiar nessa pessoa que irá cuidar dela quando a mamã não estiver lá.

No primeiro contacto com a creche, antes da entrada do seu filho, deve partilhar a história da criança, as suas experiências anteriores com a separação, o seu ambiente e os seus hábitos de vida. Em termos práticos, deve referir-se às refeições, ao sono, às brincadeiras (as suas atividades preferidas), etc.

Uma boa maneira de preparar o seu filho para a separação consiste em explicar-lhe antecipadamente como será o dia seguinte, por exemplo antes de adormecer, como se lhe estivesse a contar uma história. Isto vai gerar na criança a confiança em que a mamã a irá buscar de volta. Deste modo, quando estiverem juntos de novo, poderão divertir-se muito.

Existem algumas etapas, fundamentais no crescimento da criança, nas quais tudo se torna mais simples quando o papá, a mamã e as educadoras colaboram para a apoiar. A introdução de novos alimentos é uma dessas ocasiões, bem como a educação para o controlo dos esfíncteres ou o facto de não adormecer ao colo, e sim na caminha.
Nestes momentos delicados, a persistência e a comunicação constante entre os adultos que cuidam da criança fazem com que tudo flua sem obstáculos. De qualquer modo, não existe uma fórmula válida para todos, apenas um percurso educativo adaptado a cada criança, e que é necessário descobrir juntos.

Nos primeiros três anos, as crianças precisam de pontos de referência sólidos para se sentirem seguras. Existem hábitos (ou rotinas) que dividem o seu dia e que devem ser respeitados, uma vez que, a partir destas pequenas garantias diárias, as crianças conseguem sentir-se seguras. É fundamental que as educadoras e a família partilhem toda a informação possível de modo a reproduzir estes pequenos hábitos quotidianos.

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Isto NÃO
Para criar uma sensação de continuidade entre a casa e a creche, a separação matinal deve ser feita com tranquilidade. Por vezes, para fugir à angústia da separação, a mamã afasta-se do filho rapidamente, quase às escondidas. No entanto esta atitude cria imensa insegurança na criança. Se o filho não se quer separar da mamã de nenhum modo, uma atitude tranquila, mas firme, vai fazê-lo aceitar melhor a situação.

Quando for buscar o seu filho é preferível que não se limite a perguntar se ele comeu e dormiu bem. Informe-se também sobre as atividades que foram desenvolvidas, o que mais divertiu o seu filho e com que amiguinhos brincou. Esta informação vai permitir uma maior sintonização com as emoções do seu filho.

Desde os primeiros meses, os bebés notam se a mamã ou o papá estão convencidos ou não das decisões que tomam. Se se aperceber de uma boa sintonia entre os seus pais e a educadora, se não pressentir desconfiança nem ciúmes, a criança consegue enfrentar a nova situação sem ressentimentos e com serenidade.

Uma das atitudes que os pais devem evitar é a de estar um pouco à defesa, com medo de serem julgados. Na verdade, trata-se de um sentimento partilhado, porque as educadoras têm a consciência de que o seu profissionalismo vai estar submetido a um julgamento constante. O melhor é superar estas reticências e colaborar para construírem juntos uma aliança educativa.

EM CASA É DIFERENTE
Muitas crianças comportam-se de modo diferente em casa e na creche. É normal que assim seja. Os mais novos aprendem rapidamente a adaptar-se a diferentes ambientes. Na creche recebem estímulos específicos; a presença de outras crianças, por exemplo, desencadeia o mecanismo da imitação. Em casa, a relação mãe-filho é de natureza “exclusiva”. A mamã ou o papá ocupam-se dela a tempo inteiro e a criança, sabendo-se o centro das atenções, age em conformidade. Na creche, ele vai intuir que isto já não é assim: vê-se forçado a dividir as atenções dos adultos com as outras crianças e aprende a respeitar as regras propostas pela vida em sociedade.

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  PERGUNTA SOBRE…  

Picadas sem stress

Punção do calcanhar, vacinas, análises de sangue… Vejamos algumas técnicas eficazes para atenuar o mal-estar da criança durante os procedimentos médicos mais dolorosos.

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1 Os recém-nascidos sentem dor?
Sem dúvida. De facto, a perceção dos estímulos dolorosos por parte dos bebés é mais intensa que a dos adultos, porque, nas primeiras semanas de vida, o bebé ainda não desenvolveu os mecanismos inibidores que regulam a transmissão das sensações. Além disso, o stress provocado por uma experiência dolorosa estimula a produção de cortisol, uma hormona que altera o metabolismo do recém-nascido: acelera o seu ritmo cardíaco e a frequência respiratória e reduz a concentração de oxigénio no sangue. O facto de a criança pequena não poder expressar com palavras o seu desconforto não significa que não o esteja a sentir. Uma experiência dolorosa é sempre traumática para uma criança e, se for repetida, tem influência no seu bem-estar psicológico.

2 Como aliviar o seu mal-estar?
Permitir que a mamã o segure no colo, dar-lhe o peito durante o procedimento, envolvê-lo num agasalho para que se sinta seguro e protegido, ou falar-lhe num tom tranquilo, são medidas de eficácia comprovada, que exercem um efeito analgésico e sedativo. São as chamadas técnicas não farmacológicas de dessensibilização e baseiam-se na teoria do gate control system: saturando os canais sensoriais da criança com estímulos agradáveis, limita-se o acesso do estímulo doloroso ao estado de consciência.

3 E se a criança já é mais crescidinha?
Quando a criança tem mais de quatro anos, é preferível dizer-lhe a verdade, em vez de a manter enganada até ao último minuto e ser apanhada de surpresa pela picadela. Conhecer com clareza o que a espera oferece à criança um maior controle da situação e permite-lhe atenuar o medo, e, como consequência, também o estímulo doloroso. Apanhar a criança de surpresa é desaconselhável: a sensação de medo e impotência fica registada na sua memória e a criança deixará de colaborar numa situação futura.

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  NUTRIÇÃO  

10 segredos do desmame

A primeira papa: um momento importante para o bebé e para a mamã. É o início de um percurso que, em alguns meses, conduzirá a criança a uma autonomia própria. Explicamos como enfrentar esta etapa com toda a tranquilidade.

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1. QUANDO COMEÇAR A INTRODUZIR OUTROS ALIMENTOS PARA ALÉM DO LEITE?
• Se o bebé for alimentado ao peito, está preparado para a primeira papa por volta dos seis meses. Se, por outro lado, for alimentado com leite de fórmula, pode começar a partir dos quatro meses.
• Não deve começar antes dos quatro meses porque o sistema digestivo da criança ainda não está preparado para receber alimentos diferentes do leite. Do mesmo modo, a introdução demasiado precoce de alimentos sólidos pode ser propícia ao aparecimento de alergias. Outro motivo para não antecipar em demasia o desmame é que, em geral, a criança com menos de quatro meses ainda não coordena bem os movimentos da boca e da língua, logo poderia ter dificuldade em deglutir os alimentos sólidos.

2. QUE ALIMENTOS DEVEM SER OS PRIMEIROS A ENTRAR PARA A SUA DIETA?
• Costuma-se começar pela fruta (pera, maçã, banana e laranja), simplesmente porque, graças ao seu sabor naturalmente doce, é mais fácil ser aceite pelo bebé. Mas, na verdade, nada impede que se comece pelos legumes e verduras, também leves e digestivos, começando pelos de sabor mais doce, como a cenoura, a batata e a curgete.
• A primeira papa pode ser feita a partir de um puré de cenoura e batata, muito fino e diluído. Os vegetais podem ser cozidos ou cozinhados ao vapor e temperados com um fiozinho de azeite virgem. Mais tarde, o puré pode ser enriquecido com outros vegetais, como as curgetes ou o feijão-verde. Se não há problemas de alergias e a criança aceita o que lhe oferece, poderá dar-lhe um puré de legumes completo em duas ou três semanas.

3. QUAIS SÃO OS PRIMEIROS CEREAIS A DAR AO BEBÉ?
• Os cereais são um dos primeiros alimentos que se dão ao bebé, junto com a fruta, e logo a partir dos 4-6 meses. Deve começar pelos cereais sem glúten, como o arroz, o milho, o painço e o sorgo. No início, pode-se acrescentar duas colheres ao leite. Depois das primeiras tentativas, pode ir aumentando a quantidade de forma gradual, introduzindo a sêmola e as massinhas para a sopa. De qualquer modo, os cereais que contêm glúten (principalmente o trigo) não devem ser introduzidos antes dos seis meses. Esta é a altura em que também já se pode dar ao bebé cereais como a espelta, a cevada ou a aveia.

4. QUANDO SE PODE DAR AO BEBÉ A SEGUNDA PAPA?
• Regra geral, a primeira papa que se dá é a do almoço, quer seja por motivos práticos, quer porque o ritual de mamar antes de adormecer tem uma carga psicológica especial que tranquiliza o bebé. Um mês depois de começar a alimentação complementar, já pode aumentar os purés diários para dois e introduzir a papa da noite.

5. A CARNE É INDISPENSÁVEL?
A carne, que pode fazer parte da alimentação do bebé a partir dos 6-7 meses, é um alimento excelente para o crescimento, mas não é indispensável. Trata-se de uma magnífica fonte de proteínas “nobres” (ricas em aminoácidos essenciais, que o organismo não consegue produzir por si só) e fornece uma quantidade considerável de ferro. No entanto, se a criança não gostar não é preciso dramatizar: uma alimentação constituída por vegetais, cereais e legumes (sem pele e triturados), enriquecida com lácteos e, mais adiante, com ovos e peixe, garante de forma completa e equilibrada todos os nutrientes de que a criança precisa.

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6. QUAIS SÃO AS VANTAGENS DOS BOIÕES HOMOGENEIZADOS?
• Durante a introdução de novos alimentos, os boiões de compra são uma opção excelente. Por serem homogeneizados, o seu conteúdo é muito digestivo; são totalmente seguros do ponto de vista da higiene alimentar (as matérias primas são muito controladas, e a esterilização e a embalagem a vácuo garantem uma ausência total de gérmenes nocivos); são muito práticos e conservam-se facilmente durante muito tempo.

7. QUANDO SE INTRODUZ O LEITE DE VACA?
• A partir dos três anos: antes desta idade o intestino da criança ainda não é capaz de assimilar corretamente os nutrientes do leite de vaca. Os especialistas recomendam que se dê leite de crescimento às crianças de um a três anos, já que tem mais ferro e vitaminas que o leite de vaca, porém menos proteínas. Esta característica acaba por ser uma vantagem: vários estudos já demonstraram que o excesso de proteínas pode levar à obesidade infantil.

8. E SE O BEBÉ TEM SEDE?
• Durante a introdução de novos alimentos, a criança deve beber muito. Na verdade, com os purés, aumenta a carga de dejetos que os rins devem eliminar e a água ajuda-os nesse trabalho. É preferível que dê ao seu filho água oligomineral, devido ao seu baixo teor em sal.

9. QUAL É A MELHOR ALTURA PARA INTRODUZIR O PEIXE?
• O peixe é um alimento excelente, mas também um dos que mais provocam alergias às crianças. Por este motivo, atrasa-se a sua introdução até cerca dos 8-9 meses de idade. Para começar, pode optar pelos boiões homogeneizados, ou então pelos peixes mais fáceis de limpar, como o linguado e a pescada, a fim de evitar problemas com as espinhas.

10. COMO INTRODUZIR OS OVOS?
Os ovos são mais um dos alimentos com risco elevado de alergia. O que traz mais problemas é a clara, motivo pelo qual se começa pela gema, dando à criança uma pequena quantidade (uma colherzinha), misturada no puré, por volta dos 9-10 meses. Com o tempo, vai-se aumentando a quantidade, pouco a pouco, e dá-se à criança duas vezes por semana. Com um ano de idade, a criança já pode também comer a clara, bem cozinhada, uma vez que o calor atenua as propriedades alergénicas e facilita a sua digestão.

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  GRAVIDEZ  

No emprego: cuidados a ter

Durante este período, é natural que se sinta mais cansada. Vejamos as precauções a tomar para garantir o seu bem-estar também no trabalho.

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Está ansiosa pelo momento em que vai entrar de baixa por maternidade ou prefere trabalhar até ao último minuto?
Seja qual for o seu caso, ir trabalhar neste período requer uma atenção extra, a fim de evitar o stress e os esforços excessivos. A verdade é que, durante a gravidez, o corpo tem exigências diferentes, que devem ser atendidas. Vamos conhecer os conselhos dos especialistas para conciliar gravidez e trabalho da melhor forma possível.

CUIDADO COM A POSTURA
A primeira sugestão é que evite posturas incorretas, tal como permanecer demasiado tempo sentada. Durante a gravidez, a circulação torna-se mais lenta porque as alterações hormonais favorecem a retenção de líquidos e o estancamento venoso. Além disso, à medida que o bebé cresce, vai comprimindo os vasos sanguíneos que passam pelas virilhas, criando um obstáculo ao retorno do sangue ao coração. Eis o que deve fazer:

• Quando estiver sentada, tente mudar de postura com frequência e apoie os pés num banquinho, de modo a facilitar o fluxo sanguíneo. Do mesmo modo, de hora a hora, no mínimo, levante-se e dê alguns passos, se puder nas pontas dos pés, para reativar a circulação.
• Com o decorrer dos meses, as curvaturas da coluna vertebral modificam-se para dar espaço ao bebé e permitir ao corpo um novo equilíbrio. Os músculos abdominais trabalham cada vez menos, ao contrário dos dorsais, que sofrem um esforço maior. Por esta razão, as costas ficam debilitadas, principalmente se a futura mamã tem um estilo de vida sedentário e a musculatura está menos tonificada. Como remediar esta situação?
Quando estiver sentada, a pélvis deve estar bem apoiada na cadeira, o tronco erguido, e as costas retas. Para evitar possíveis tensões, pode praticar (mesmo sentada na cadeira do escritório) alguns exercícios simples:
SENTADA, com os pés bem apoiados no chão e os braços estendidos ao longo do corpo, faça ligeiras flexões laterais do tronco, primeiro para a direita, depois para a esquerda. Repita 20 vezes.
TAMBÉM SENTADA, vire lentamente o tronco para a esquerda, alcançando com a mão direita o canto esquerdo das costas da cadeira. Depois, faça o mesmo movimento para o lado oposto. Repita dez vezes para cada lado.
SENTADA OU DE PÉ, com as pernas ligeiramente separadas, os joelhos um pouco fletidos, os braços ao longo do corpo e o queixo baixo, faça algumas rotações alternadas dos ombros (descrevendo um círculo, primeiro para a frente, depois para trás).
DE PÉ, com os joelhos levemente fletidos, incline o tronco para a frente, descendo os braços em direção ao chão e curvando delicadamente a coluna vertebral.

BEBER MAIS LÍQUIDOS
Também é preciso dar atenção à escolha das bebidas. A partir do terceiro trimestre, aumenta substancialmente a necessidade de hidratação: são precisos mais 1,5-2 litros de água por dia do que o habitual. Os líquidos não são apenas fornecidos pelas bebidas, uma boa parte dos alimentos é muito rica em líquidos, como é o caso de verduras e fruta fresca. Em qualquer caso é preciso beber mais, distribuindo a ingestão de líquidos ao longo do dia. No escritório, deve ter sempre à mão uma garrafa de água. Também pode levar de casa tisanas ligeiras, de sabores frutados, como laranja e frutas silvestres.

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ATENÇÃO À ALIMENTAÇÃO
Para a hora do almoço, as alternativas no escritório são duas: levar a merenda de casa ou então ir almoçar fora, no restaurante ou no snack-bar.

• Se opta por preparar a sua própria refeição, dê preferência aos alimentos ricos em proteínas e aos vegetais. Um exemplo? Queijo ou fiambre ou então atum e cavala, bem cozinhados, acompanhados de vegetais grelhados, tomate e salada.
• Se, pelo contrário, come no restaurante, pode pedir um prato de massa e outro de vegetais. Se comer num snack-bar pode pedir uma sandes; se tiver o recheio certo (por exemplo, vegetais e queijo) pode garantir uma alimentação equilibrada.
• Também é importante que não coma enchidos crus e carnes mal passadas, bem como verduras mal lavadas, de modo a prevenir a toxoplasmose, uma infeção que pode comportar riscos sérios quando contraída durante a gravidez. Nestes casos, é mais prudente levar qualquer coisa de casa.
• Evite sanduíches com molhos gordurosos e enchidos, que saciam rapidamente sem garantir um valor nutritivo adequado. Para perceber a importância dos recheios, basta pensar que 10 gramas de maionese, ou seja, uma colher, proporcionam umas 70 calorias e que um ovo cozido leva cerca de duas horas e meia a ser digerido.
• A melhor opção é a clássica sandes de queijo com tomate, já que alia uma boa porção de cálcio e proteínas, provenientes do queijo, ao elevado teor de ferro e minerais fornecido pelos tomates. Aconselha-se que complete esta refeição com outras verduras e um sumo, rico em vitamina C, que ajude a absorver o ferro vegetal. Outra boa escolha pode ser uma sandes de atum, de preferência conservado ao natural, e umas folhas de alface, que assegura um bom equilíbrio entre os glícidos, as proteínas e as gorduras. O atum, além disso, é rico em Ómega 3, ácidos gordos fundamentais para a formação das células nervosas da criança. Uma salada de fruta, talvez com uma bolinha de gelado, é a sobremesa ideal porque proporciona vitaminas e potássio.

PRUDÊNCIA NAS DESLOCAÇÕES
Principalmente durante o último trimestre, quando a barriga se torna mais pesada, as deslocações que implicam diversos meios de transporte público ou os trajetos longos de carro no trânsito tornam-se, sem dúvida, muito difíceis e cansativos.

• Se tem de apanhar o metro, ou o autocarro, saia de casa um pouco mais cedo, para evitar as horas de ponta. Se ninguém lhe oferecer espontaneamente um lugar sentado, peça-o sem receio. De qualquer modo deve ter sempre a barriga o mais protegida possível, a fim de evitar qualquer pancada. E lembre-se de se segurar bem para não perder o equilíbrio em caso de travagem brusca.
• Caso se desloque de automóvel, ponha sempre o cinto de segurança, colocando a faixa apoiada na clavícula (e não sobre o abdómen), na parte de cima, e sobre o osso da anca, na parte de baixo. Algumas marcas conceberam dispositivos específicos para grávidas, que permitem assegurar uma posição correta do cinto de segurança, garantindo, assim, a máxima proteção para a mamã e o feto.

A LEI ESTÁ DO SEU LADO
Existem normas precisas do ponto de vista da saúde.
A lei proíbe tarefas cansativas durante a gravidez, como levantar e deslocar pesos, e embalar e repor mercadorias nas prateleiras. Além disso, estabelece que as grávidas não devem desempenhar trabalhos noturnos ou horas extraordinárias. Estão igualmente proibidos os trabalhos que impliquem contacto com substâncias e ambientes potencialmente perigosos, como pode ser o caso de algumas indústrias químicas.
No caso de as condições de trabalho implicarem um risco para a saúde da mamã ou do feto, a trabalhadora pode pedir à entidade patronal que a desloque para outro setor mais adequado. Se não for possível, a futura mamã tem direito a uma suspensão do contrato por risco para a gestação. O médico será responsável por lhe atribuir baixa até atingir o início da paragem legal para a maternidade.
A licença parental inicial exclusiva da mãe, de gozo obrigatório, é de seis semanas consecutivas a seguir ao parto, pagas a 100 %.
A mãe pode também gozar até 30 dias da licença parental inicial antes do parto, pagos a 100 %.
No caso de nascimentos múltiplos, acresce um período de 30 dias por cada gémeo além do primeiro.

OBRIGADO POR LER
O MEU BEBÉ

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