Semana 25 | Revista O Meu Bebé

Semana 25

Semana 25

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Já está na 25ª SEMANA 
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BEBÉ
Continua a ossificação e o desenvolvimento do ouvido já está completo: o seu bebé ouve as vozes, além de outros ruídos fortes.

MAMÃ
O seu útero já está tão grande como uma bola de râguebi, e começa a exercer pressão nos ossos da pélvis que, tal como as costas, podem começar a provocar-lhe algumas dores.

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X PARTO X

Os medos mais frequentes das futuras mães

Chegou à 25ª semana, o parto está cada vez mais próximo, e é natural sentir receios relacionados com este momento. Trazemos-lhe muitos conselhos para enfrentar os medos mais comuns perante o parto.

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SERÁ QUE RECONHEÇO O INÍCIO DO PARTO?
Este receio leva muitas mães a chegar às clínicas e hospitais antes da data prevista para o parto.
Não tenha medo. Normalmente, o parto faz-se anunciar claramente:

> As contrações tornam-se regulares, duram cerca de 40 segundos com intervalos de 5 a 10 minutos durante, no mínimo, duas horas.

> Rompe-se a bolsa de águas, ou seja, a bolsa que contém o líquido amniótico e onde o bebé está mergulhado.
Dá-se a expulsão do tampão mucoso, uma secreção viscosa que indica que o colo do útero está a passar por uma transformação.

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PODEREI SUPORTAR AS CONTRAÇÕES?
Este é um dos medos mais habituais das que vão ser mães pela primeira vez, especialmente aquelas que ouviram histórias alarmantes de familiares ou amigos. É de salientar que cada mulher sente a dor de uma forma diferente. Por vezes, as mulheres que dão à luz antes do tempo sofrem menos do que aquelas que têm um parto depois das semanas previstas, pois não tiveram tempo para pensar na dor. No entanto, ter um parto rápido não significa que seja menos doloroso, pois, neste caso, as contrações costumam ser mais fortes e contínuas. Por otro lado, um parto muito longo enfraquece consideravelmente a resistência física da mãe.

Não tenha medo porque tanto a futura mãe como o médico podem fazer algumas coisas para aliviar o sofrimento.

> Por exemplo, será útil frequentar o curso de educação materna ou preparação para o parto: conhecendo as fases do trabalho de parto com antecedência, os medos podem controlar-se melhor. Nestes cursos ensinam técnicas para relaxar (treino autogéneo respiratório, yoga, hipnose, etc.) que ajudam o corpo e a mente.

> Antes de terminar a gravidez, o obstetra informa a mãe sobre a possibilidade de enfrentar o parto sem dor através de anestesia epidural, que consiste na injeção de líquido anestésico na zona da coluna vertebral.

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SERÁ QUE CONSIGO EMPURRAR CORRETAMENTE?
Este medo está diretamente relacionado com a preocupação de que a criança sofra ao passar pela pélvis ou com o medo de provocar lacerações. No entanto, por vezes, também entra uma componente psicológica neste receio: a sua relação com o medo de fugir à responsabilidade.

Não tenha medo porque os cursos de preparação para o parto ensinam a empurrar, inclusive, através de simulações de parto.

> O trabalho da parteira também consiste em prestar ajuda psicológica à mãe.

> Por vezes, a episiotomia (uma incisão efetuada nas últimas fases do período de expulsão) evita as lacerações acidentais, mais difíceis de suturar. De qualquer modo, estas não têm porque afetar a saúde e a vida sexual da mulher. Podem ser desconfortáveis, mas irão durar pouco tempo.

CHEGAREI AO HOSPITAL A TEMPO?
Se a clínica ou o hospital escolhido para dar à luz forem longe de casa é natural ter receio de não chegar a tempo e que o bebé nasça no caminho.

Não tenha medo. Em geral, o trabalho de parto dura entre seis a oito horas no caso de se tratar do primeiro filho, e cerca de quatro horas nos seguintes. Como tal, é extremadamente raro que nasça durante o caminho para uma clínica ou para o hospital.

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TERÃO DE FAZER UMA CESARIANA?
Um dos medos mais comuns das future maes é o de que seja needário efetuar uma intervenção de urgência, como por exemplo, devido a um descolamento da placenta. No entanto, não tem de ter medo; o pessoal médico está semi preparado para esta posibilidad.

Não tenha medo; ao longo dos anos esta intervención intervenção foi aperfeiçoada e as técnica atuais permitem retirar o bebé rapidamente, más recuperado en pouco tempo eo dano estético é mínimo Se aquilo que a preocupa por una anestesia, deveter em conta que se costuma utilizar anestesia epidural, que deixa a mãe consciente e adormece os centres nervosos da dor na pélvis e nas pernas.

E SE TIVER UMA HEMORRAGIA?
Es extremadamente raro que se produce una hemorragia durante el parto, más adelante antes del inicio devido a una placenta previa (demasiado baixa) o seu desprendimento, algo que se encuentra correctamente posicionada. Tambien pode ocorrer após o part, during as primeiras hours, se o útero tiver tónus reduzido e, portanto, dificuldade para contrair.

Não tenha medo porque o pessoal médico sabe como solucionar estas urgencias. Ainda que no primeiro caso seja obligatoriamente chegar rápidamente ao hospital, de modo a manter a saúde da mãe e do bebé, no segundo caso, a mãe ainda se encontrando na sala de partos ea hemorragia será facilmente controlada.

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CONSEGUIREI AMÁ-LO DESDE O INÍCIO?
Mesmo depois de uma gravidez e um parto sem problemas, es posible que tengas un poco más de tiempo de tu vida. O conhecimento da “criança real” necesita un tempo tempo. A mãe sente orgullosho misturado com algum receio: “¿Serei uma boa mãe? ¿Serei capaz de entender o meu filho e mostrar-lhe todo o meu amor? – pergunta-se a recente mae.

Não tenha medo. Nasas Primeras semanas depois do parto, 80% das mães sentem-se melancólicas e incapazes de ser aquilo que esperam delas mesmas. No entanto, estas emoções são normais. Uma vez que estiver em casa com o seu bebé, dia após dia, e com a ajuda do seu companheiro e das pessoas mais queridas, a sua nova família ubicada o equilíbrio em pouco tempo. O más importante é ter paciência e dedicar-se ao seu filho para aprender a conhecê-lo, sem demasiadas interferências exteriores.

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¿E SE PRECISAR DE RECEBER UMA TRANSFUSÃO?
En este caso, un tema más reciente de ser contagiada con sangría infectada. Una transfusión puede ser necesaria para producir un desprendimiento de placenta, por otro lado, es mejor que suceda en un lugar más suave u hemorragia departo do parto.

Não tenha medo porque a transfusão de sangue torna-se necesita apenas una vez en cada mil casos, eo risco de infeção é praticamente inexistente.

O MEU FILHO NASCERÁ SAUDÁVEL?
Apesar das ecografias e de todos os exames efetuados durante a gestação, o aproximar da data do parto pode fazer aparecer o temor na mãe de que a criança não seja saudável e que o parto lhe possa vir a provocar dor.

Não tenha medo, não há mãe que não se faça esta pergunta de os primeiros meses de gravidez. No entanto, a probabilidade de que tudo irá correr bem é bastante elevada: em 98% dos casos, o bebé nasce saudável e adapta-se rapidamente às novas condições de vida.

X BEM-ESTAR X

Combater a insónia

As suas noites são agitadas e acorda antes do que gostaria? Está cansada mas não consegue adormecer? Talvez assim possa resolver o seu problema …

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Cada noite é composta por 4 a 5 ciclos de sono, o primeiro dura aproximadamente 90 minutos, sendo os restantantes cada vez mais curtos e alternando fases em que o descanso passa gradualmente de leve a profundo e fases REM (nas quais se sonha). Só a correcta passagem entre fases permite que o sono seja normal e reparador, algo que não sempre sucede até ao terceiro semestre. No início as alterações hormonais que caracterizam a gravidez são responsáveis pelas alterações de sono.Especialmente a produção de progesterona, que visa preparar o útero para a implementação do embrião e a sua preservaçao durante a gravidez. Se por um lado este processo pode provocar sonolência durante o dia, por outro contribui para o aumento da temperatura corporal d amulher, que, ao contrário do que se possa pensar, constituí um obstáculo ao sono. Está igualmente provado que nesta fase a fase de sono REM fica mais curta, algo que por si só diminui a qualidade do descanso e aumenta os níveis de stress na futura mãe.

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A partir dos dois meses o peso da barriga também entra no equilibrio. Ao aumentar de tamanho, o útero comprime os diferentes órgãos, como o estômago e a bexiga, causando um despertar repentino devido à sensação de esmagamento, ao refluxo gastroesofágico e à necedidade imperativa de fazer xixi. Encontrar uma posição cómoda para dormir também pode ser mais difícil. A ansiedade, devido à consciência de estar quase a ser mãe, e os movimentos do bébé durante a noite, também têm a sua influência. A partir dos seis-sete meses, a mulher pode acordar devido ao receio do parto ou pelos movimentos do feto, muito activo durante a noite para preparar a futura mãe para a amamentação. Váris estudos comprovam que, nos últimos mesees de gravidez, a mãe tende a acordar àsmesmas horas que o bébé, futuramente, quererá ser amamentado. 

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BONS HÁBITOS
> Adormecer e acordar sempre nos mesmos horários ajuda a encontrar o nosso próprio ritmo de sono e despertar.
Também é importante aprender a ouvir os sinais de cansaço do corpo, aquilo que os especialistas chamam de “a porta do sono”. Trata-se de um momento concreto, normalmente entre as 22.30h e as 00.00h, em que estamos mais predispostos a dormir.

> O ambiente deve favorecer o descanso, por isso, devemos evitar ter no quarto tudo aquilo que perturbe o sono: luzes, ruídos, dispositivos electrónicos como televisores ou computadores. A temperatura do quarto deve estar entre 18 e 21ºC, já que o calor não ajuda o descanso. Por esta razão, não se recomenda tomar um banho quente inmediatamente antes de ir para a cama, mas cerca de duas horas antes, de forma a iniciar todos os rituais relaxantes (como ler ou ver um filme, fazer exercícios de respiração, etc.) que permitem terminar o dia da melhor maneira. O número de horas mínimo de sono varia e depende da idade: para as mulheres entre os 25 e os 40 anos cerca de 7-8 horas, mas durante a gravidez o organismo pode necessitar de mais uma a duas horas de descanso.

> Uma vez acordada, o melhor é não ficar na cama durante mais tempo: ficar a preguiçar entre os lençóis apenas irá piorar a situação, contribuindo para alterar o ritmo circadiano (o ciclo biológico interno) que regula os turnos de sono e despertar. Se sentir sonolência durante o dia pode fazer uma pequena sesta depois do almoço, de não mais de 20 minutos.

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A INFLUÊNCIA DAS REFEIÇÕES
> É preciso evitar os jantares muito calóricos, que tornam a digestão mais lenta, as substâncias  estimulantes
como o café, chá e bebidas com cafeína, as bebidas alcoólicas e o chocolate, que, apesar da sensação inicial de relaxamento que provoca, tem impacto negativo na regulação do sono.

A carne de porco, os enchidos e os queijos curados devem ser evitados. Não só porque provocam sede mas porque contêem tiramina, uma substância que produz norepinefrina no cérebro, uma molécula estimulante do sistema nervoso. É preferível fazer um jantar leve, à base de pão, massas, arroz, peru, frango, atum, carnes secas e legumes: alimentos que contêm triptofano, um aminoácido que estimula a produção de serotonina (que ajuda a relaxar e a adormecer), assim como peixe e nozes, ricos en vitamina B e magnésio; alimentos valiosos no combate à insónia.


X BEM-ESTAR X

Respirar!

Sabia que uma respiração bem feita, de forma consciente, proporciona benefícios importantes tanto para a mãe coma para o bébé? Aprenda a fazê-lo com a nossa tabela de exercícios.

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A respiração é um ato automático em que poucas vezes pensamos. No entanto, quando é feita adequadamente e de modo consciente, oferece vários benefícios, especialmente durante a gravidez. Basta pensar no facto de um adulto utilizar, em média, apenas 30% da sua capacidade pulmonar, algo que nas crianças pode chegar perto de 100%. É difícil voltar a respirar de forma plena mas, com um pouco de treino, pode alcançar grandes melhorias, inclusive agora, que espera o seu filho.

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PRATICAR!
> Existem exercícios específicos para potenciar as funções da respiração e que são adequados a todas as futuras mães
e para  qualquer fase da gravidez. Para os fazer deve escolher um lugar calmo, deitar-se num tapete ou no sofá, de barriga para cima, de lado ou, inclusive, sentada. É importante que se sinta confortável. Efetuar os exercícios de olhos fechados ajuda sempre, mas não é obrigatório, apenas torna mais fácil “desligar” a mente e entrar em contacto com o nosso mundo interior.

> Um conselho: não é preciso tentar fazer respirações profundas desde o início, já que os pulmões não estão habituados; seria como regar excessivamente uma planta quase seca. A planta deve ser regada pouco a pouco, para que absorva, gradualmente, cada vez mais água. Alguns dos alvéolos pulmonares tornaram-se tão preguiçosos que não conseguem encher-se de ar desde o início, de modo que, vamos precisar de treinar um pouco.

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EXERCÍCIO 1
RESPIRAÇÃO CONSCIENTE

Com os olhos fechados, comece por ouvir todos os sons que a rodeiam. Depois, concentre-se no seu corpo, de baixo para cima, percorrendo todas as zonas com a mente, sem tentar forçar a relaxação; por fim, observe a sua respiração sem a forçar. Depois do contacto com o seu corpo, comece a respirar de modo consciente. A respiração começa a abrir caminho, cada vez mais longa, como se fossem ondas do mar que vão e vêm. Quando estiver relaxada,  abra os olhos devagar e recupere o ritmo normal da respiração.
> Benefícios: aumenta a consciência sobre a própria respiração, recarrega e relaxa.

EXERCÍCIO 2
RESPIRAÇÃO TORÁCICA E CLAVICULAR
Comece, tal como no primeiro exercício, concentrando-se no ambiente e no seu corpo. Depois, quando começar a respiração, pouse uma mão no tórax, ligeiramente acima do peito: inspirando, dirija o ar apenas para a zona torácica e, expirando, esvazie também apenas essa zona. Após algumas respirações, faça uma pausa e pouse as mãos sobre as pernas com as palmas viradas para cima, e respire normalmente. Depois de uns segundos de relaxe, ponha a mão mais acima, ao nível das clavículas, dirigindo o ar para a parte superior dos pulmões, enchendo e esvaziando com o tórax o mais quieto possível. Relaxe depois de efetuar algumas respirações claviculares. Este exercício também inclui a respiração abdominal, porém, durante a gravidez é preferível não trabalhar o “berço do bebé”.
> Benefícios: aumenta a capacidade pulmonar.

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EXERCÍCIO 3
RESPIRAÇÃO DE IOGA COMPLETA
Depois de concentrar a sua atenção no ambiente e no seu corpo, tal como nos exercícios anteriores, continue com a respiração completa: inspirando, enche primeiro a zona torácica e, depois, também a clavicular; expirando, esvazia totalmente ambas as zonas.
> Benefícios: aumenta a capacidade para manter a mente no presente, para além de recarregar e purificar profundamente.

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Azia: remédios eficazes

Trata-se de um problema bastante frequente, que afeta 7 de cada 10 grávidas. Se é uma delas, tome nota dos nossos conselhos para combater a azia.

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Aparece de repente, e pode durar desde alguns minutos até umas horas. A azia tem uma intensidade variável e pode surgir por etapas durante toda a gestação. Aparece, sobretudo, quando se está em jejum e a causa principal é a subida dos sucos gástricos do estômago para o esófago. Estes sucos contêm ácido clorídrico e secreções digestivas agressivas, como a pepsina, que irrita a mucosa do esófago ao entrar em contacto com ela, dando a sensação de ter recebido algo corrosivo: o ardor de estômago.

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> Em termos médicos, a azia define-se como refluxo gastroesofágico. O responsável pela subida dos ácidos do estômago até à garganta é o cárdia, um músculo em forma de anel (válvula) que, habitualmente, se encontra fechado. No entanto, durante a gravidez, o cárdia tende a abrir-se com mais facilidade e por diferentes motivos que dependem da fase da gravidez. Durante o primeiro trimestre é devido a uma alta taxa de progesterona, uma das hormonas que o organismo produz depois da conceção. A progesterona circula no sangue e contribui para relaxar toda a musculatura das vísceras, e como tal, também o cárdia, fazendo-o ceder com mais facilidade. No entanto, ao longo das semanas, o problema passa a depender da compressão mecânica que o útero, aumentado, exerce para cima, ou seja; pressionando o estômago e provocando o mesmo resultado.

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CCOMO PREVENIR
Algumas estratégias podem aliviar a azia e, inclusive, evitá-la.

> Um pequeno truque aconselhado pelos especialistas é o de dividir as refeições o maior número de vezes possível e não beber muito enquanto come, o que reduz automaticamente o conteúdo no estômago.

> Também é melhor renunciar aos alimentos que aumentam a azia, como os pratos com muita gordura ou muitas especiarias, o chá, o café, as bebidas à base de cola, o chocolate, o alho, a cebola, o tomate e os cítricos. Por outro lado, o tabaco e o álcool estão completamente proibidos.

> Evite deitar-se logo a seguir a uma refeição: é melhor dar um passeio para fazer a digestão mais depressa.

> Escolha roupa confortável (as peças justas podem facilitar o refluxo).

> Pode tentar dormir com a cabeça mais levantada, com uma almofada ou levantando a zona superior do colchão cerca de 20-25 centímetros. Dormir numa posição inclinada evita a subida do conteúdo ácido do estômago.

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POR VEZES É NECESSÁRIO UTILIZAR MEDICAMENTOS
Se mesmo apesar destes cuidados a azia persistir, existem vários medicamentos que podem ser utilizados durante a gravidez, sempre sob o controle do seu médico.

> Os chamados alginatos (sucralfato) são inócuos e muito úteis. Devem ser tomados um pouco antes das refeições já que são substâncias derivadas de algumas algas marinhas que, ao entrarem em contacto com os sucos gástricos se transformam num gel que funciona como barreira anti-refluxo, flutuando sobre o conteúdo gástrico e impedindo o retorno dos ácidos para o esófago. Durante a gravidez, são estes os medicamentos mais indicados.

> Para aliviar o problema também se podem tomar soluções antiácidas, à base de sais de cálcio e magnésio, ainda que estes últimos possam provocar muita sede.

> Os chamados “H2 antagonistas” têm menos efeitos secundários e reduzem as secreções ácidas do estômago, porém, só podem ser tomados através de prescrição médica.

> Por outro lado, é preciso evitar os medicamentos conhecidos como “inibidores da bomba de protões”, porque ainda não está cientificamente provado que a sua utilização não tenha consequências na saúde do bebé. Estes fármacos apenas se usam nos casos mais graves de esofagite ou de úlcera gástrica, de preferência durante o terceiro trimestre da gestação, quando o desenvolvimento do bebé já se encontra numa fase avançada.

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Shiatsu em 10 passos

Trata-se de uma técnica de massagem que provém da medicina oriental, que relaxa os músculos e ajuda a enfrentar o parto com tranquilidade. Explicamos-lhe tudo o que deve saber sobre o shiatsu.

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1 EM QUE CONSISTE?
A palavra shiatsu vem dos vocábulos japoneses shi (dedo) e atsu (pressão). Mas também significa “o coração nas mãos”, o que nos dá uma ideia sobre o poder que este tipo de massagem exerce no corpo e na mente de quem o recebe.

> Concretamente, é uma técnica exercida pelos dedos, a palma das mãos e, por vezes, pelo cotovelo. É uma massagem feita muito lentamente, em ambiente tranquilo e silêncio, e as pressões são efetuadas sobre zonas específicas do corpo, também chamadas pontos vitais, e segundo as necessidades de quem as recebe. O especialista aplica a pressão utilizando o peso do próprio corpo e deslocando, de vez em quando, o hara, ou seja; o seu centro de gravidade.

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2 PARA QUE SERVE?
> Segundo a filosofia na qual se baseia o shiatsu, as pressões exercidas sobre o corpo têm como finalidade reequilibrar o fluxo de energias internas nas quais se fundamentam os equilíbrios físico e psíquico da pessoa. Traduzido para termos de medicina ocidental, a massagem elimina as tensões, acalma o excesso de contrações musculares e gera um estado de relaxação profunda, contribuindo para afastar a angústia e as preocupações. Resumindo: tem por objetivo ajudar a adquirir maior confiança e a abrir-se às relações do ambiente que nos rodeia, melhorando, deste modo, as relações com os outros.

3 QUAIS SÃO AS SUAS VANTAGENS?
> Durante os últimos meses de gravidez, a mãe sofre muitas vezes de tensão e dor nas costas e na pélvis,
para além de sentir o inchaço e cansaço das pernas. A massagem shiatsu, feita por um profissional com experiência, permite aliviar estes incómodos e, simultaneamente, relaxa profundamente aquele que a recebe.

> Por outro lado, durante as últimas semanas da gestação, o shiatsu constitui uma boa preparação física para o parto: exercendo as pressões corretas sobre a zona do sacro, a pélvis, etc. e a saída do bebé torna-se mais fácil. Através desta técnica, algumas mães foram ajudadas a ter um parto natural quando corriam o risco de sofrer uma cesariana.

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4 OS BENEFÍCIOS PARA A MENTE
O corpo e a mente não são entidades separadas: por vezes o stress emocional manifesta-se através de sintomas físicos.

> Um tratamento relaxante, como a massagem shiatsu, pode ajudar a afastar medos e preocupações, e permite analisar a realidade com mais serenidade e confiança. A eficácia do shiatsu sobre a mente foi experimentada em alguns pacientes. Constatou-se que a relaxação dos tratamentos os ajudou a enfrentar calmamente exames e intervenções médicas que os assustavam e, como consequência, a cura chegou antes do que esperavam.

5 UMA SESSÃO TIPO
Uma sessão de shiatsu dura aproximadamente 45 minutos. Geralmente, a pessoa fica deitada num tapete de borracha, virada de barriga para baixo. Claro que no caso das grávidas está posição não é indicada, portanto, a futura mãe deve deitar-se de lado ou sentar-se no chão.

> O tratamento começa com uma massagem geral. A pressão é aplicada nas costas e nas pernas e, depois, passa às zonas de interesse específico da gravidez: o técnico trabalha a zona do sacro, a pélvis e a parte interna das pernas. Através destas pressões também se consegue relaxar a musculatura uterina.

> No fim da massagem, a mãe fica deitada em silêncio durante alguns minutos, para desfrutar da relaxação e da sensação de bem-estar que o tratamento proporcionou.

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6 A DURAÇÃO DO CURSO
A preparação para o parto através do shiatsu não é um curso com uma duração pré estabelecida.

> De qualquer modo, e como regra geral, as futuras mães dirigem-se a estes cursos nos últimos dois meses da gravidez, quando o cansaço físico e o peso da barriga são mais evidentes. Nesta fase, uma ou duas sessões por semana são o suficiente para atenuar os incómodos físicos e para ajudar a ganhar serenidade para o parto. No entanto, não há nada que a impeça de receber massagens shiatsu nos meses anteriores. O único período em que é preferível evitar as massagens diz respeito ao primeiro trimestre, quando o risco de complicações naturais é mais elevado.

7 COMO SE APLICA

O ideal seria que os hospitais permitissem às mães solicitar a presença de um especialista de shiatsu durante o trabalho de parto.

> Algumas parteiras fazem curso de shiatsu e sabem como aplicar as pressões adequadas para aliviar a dor e ajudar a futura mãe a relaxar.

8 PRÓS E CONTRAS
> A massagem shiatsu permite aliviar as tensões musculares, as dores de costas e o cansaço das pernas. Tem um efeito profundamente relaxante e, repetido regularmente, ajuda a diminuir a angústia e a enfrentar o parto com tranquilidade.

> Durante o trabalho de parto atenua a dor e ajuda a mulher a relaxar, ainda que os hospitais não permitam a assistência na sala de partos de um especialista de shiatsu.

> As sessões de shiatsu durante a gravidez não formam parte de um curso de preparação ao parto propriamente dito, por exemplo; não fornecem informação sobre o nascimento e os cuidados do recém-nascido. Como tal, juntamente com estas sessões, é recomendável que assista a um curso de preparação para o parto.

> O shiatsu é contraindicado quando existem doenças dos ossos ou de inflamações da pele nas zonas de massagem.

> Também não se recomenda seguir o tratamento durante o primeiro trimestre de gestação, tal como em caso de ameaça de aborto.

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9 O QUE PODE FAZER SOZINHA
> Existem técnicas de auto shiatsu:
trata-se de exercer pressões sobre o próprio corpo, nas costas ou nas pernas, para obter um efeito semelhante ao da massagem. Logicamente que é difícil fazer estes exercícios durante a gravidez, especialmente, pelo volume da barriga.

> Mesmo assim, durante as sessões de shiatsu, os instrutores ensinam a futura mãe a fazer algumas massagens simples, que ela própria poderá realizar no futuro, ao seu filho, para o acalmar quando chora ou para o relaxar quando se aproxima a hora de dormir. Uma ligeira massagem diária ao recém-nascido pode prevenir ou reduzir a frequência de um problema típico dos bebés: as cólicas.

10 ADVERTÊNCIAS
> Apenas um profissional pode fazer corretamente uma massagem shiatsu, especialmente se se trata de gravidez. Pôr-se em mãos de uma pessoa não qualificada pode ser perigoso. Para encontrar um especialista recorra aos centros e às associações de profissionais de shiatsu do seu país.

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OBRIGADO POR NOS LER
Receberá o próximo número
da revista na semana que vem

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