Semana 24 | Revista O Meu Bebé

Semana 24

Semana 24

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Já está na 24ª SEMANA 
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BEBÉ
O seu bebé continua a aumentar de peso graças ao crescimento da massa muscular e, sobretudo, dos ossos. Os seus pulmões começam a produzir o surfactante, una substância que impede os alvéolos de entrarem em colapso quando o ar é expirado.

MAMÃ
Começa a ser um pouco cansativo respirar, os seus pulmões já não conseguem expandir-se ao máximo. No entanto, o oxigénio circula bem no seu corpo, ajudado pelas hormononas da gravidez que fluidificam o sangue.

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X DESENVOLVIMENTO X

Dentro de si vê, ouve e sente …

Sabia que o bebé começa a desenvolver os sentidos a partir dos primeiros meses de gestação? A barriga da mamã é um ambiente rico em sons, cheiros e sabores e funciona como um treino para enfrentar o mundo exterior. Explicamos-lhe tudo o que o bebé sente dentro da sua barriga.

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TATO: JÁ SENTE AS CARÍCIAS
> A capacidade de reação aos estímulos táteis manifesta-se precocemente no bebé, logo a partir do período embrionário.
Graças aos sistemas modernos de observação, as ecografias a três ou quatro dimensões, sabemos que a sensibilidade aparece em primeiro lugar na zona facial e genital, por volta da décima semana. Depois, estende-se às palmas das mãos (11 semanas), e às plantas dos pés (12 semanas). Estas são as principais zonas de receção de estímulos tácteis dos adultos. Por volta da 32ª semana, o corpo inteiro já é capaz de reagir a um contacto: se, durante a amniocentese, a agulha roça o feto, este afasta-se de imediato. Nas primeiras semanas, trata-se provavelmente de um reflexo nervoso mas, de acordo com vários estudiosos, pode, a partir da 20ª semana, constituir uma verdadeira sensação de dor.

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> O tato é importante para o desenvolvimento psíquico da criança e é o veículo mais direto para a troca das emoções. Quando alguém apoia uma mão no nosso braço, sabemos rapidamente o que nos quer transmitir: afeto, medo, raiva, etc. O mesmo acontece durante a gravidez. Se a mamã e o papá passarem a mão pela barriga, enviam uma série de vibrações através do líquido amniótico. É bom recordá-lo, porque os pequenos atos de amor, como acariciá-lo mesmo que seja à distância, traduzem uma mensagem que vai contribuir para o futuro equilíbrio psicológico e afetivo do bebé.

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VISÃO: ABRE MUITO OS OLHOS
> Os órgãos da visão são os que demoram mais tempo a desenvolver-se.
Apesar no nervo ótico se formar na oitava semana, as pálpebras estão “seladas” até a à 26ª semana. No entranto, antes de abrir os olhos, o feto tem ao seu dispor uma “visão” alternativa. É por isso que se afasta durante a amniocentese. Mais tarde, uma vez abertas as pálpebras, o feto consegue seguir com o olhar uma fonte luminosa em movimento situada na barriga da mamã. As situações em que pode receber estímulos intensos são menos frequentes em relação ao que se passa com os outros sentidos, o que explica, em parte, um certo atraso evolutivo da visão. No entanto, a convicção de que no ventre materno reina a escuridão total é uma ideia já ultrapassada. Ao longo do dia, o feto vive na penumbra, de modo que, se a mamã se colocar ao sol, em fato de banho, os raios atravessam a pele tensa da sua barriga, iluminando a bolsa do líquido amniótico. Desta forma, o feto toma consciência do ambiente que o rodeia.

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OLFATO: RECONHECE MAIS DE 120 CHEIROS

> Por volta da 11ª semana, o feto faz os primeiros xixis e engole líquido amniótico. A sua relação com os odores nasce, precisamente, através deste líquido e das substâncias que contém, que ele “fareja” através dos órgãos vomeronasais (os recetores olfativos) a partir dla 13ª semana. Pensa-se que o feto dispõe de um “arquivo” de 120 cheiros, em grande parte relacionados com os alimentos consumidos pela mãe e com o próprio cheiro dela. Rodear-se de aromas agradáveis ​​durante a gravidez é um bom hábito: as moléculas chegam até ao bebé e proporcionam-lhe um grande bem-estar.

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GOSTO: PROVA O LÍQUIDO AMNIÓTICO

> As papilas gustativas aparecem na lingua por volta da 12ª semana. E funcionam! Se se injetar uma substância doce na bolsa amniótica, o feto duplica a deglutição, mas se o sabor for amargo, fecha a boca. A presença precoce do gosto é importante, já que prepara o pequeno para o sabor do leite materno. Se a mãe comer coisas que lhe agradam, o bebé participa do prazer e vai aceitar esses alimentos na vida extra-uterina.

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OUVIDO: ADORA A MÚSICA

O ventre materno não é um refúgio silencioso, pelo contrário, é um amplificador
(o líquido amniótico triplica o volume dos sons). Transmite constantemente o ritmo cardíaco, a respiração da mãe, o fluxo de sangue e os ruídos intestinais. É o chamado “universo sonoro” do feto, cuja intensidade atinge picos de 15 decibéis (algo que se situa entre o tic-tac de um relógio e o sussurro das folhas de uma árvore), e no qual se incluem não só os ruídos internos, mas também os que vêm do mundo exterior, apesar de atenuados. Analisando os movimentos fetais e a frecuencia cardíaca, observou-se que o bebé reage aos sons a partir da 16ª semana, muito antes da estrutura da orelha estar completamente desenvolvida (o que acontece por volta da 24ª semana). Uma hipótese que poderia explicar este dado é que o feto consegue sentir as vibrações através da epiderme e da estrutura esquelética. O que é certo é que, na segunda metade da gravidez, o pequeno já tem a capacidade de distinguir e memorizar sons, bem como de reconhecer sílabas diferentes (“bebé”, “nené”), apreciando os sons agradáveis ​​e demonstrando incómodo com os desagradáveis.

Uma investigação francesa veio revelar que se a mamã ao falar se dirigir diretamente ao seu filho, este reage com um aumento das pulsações. E com o papá? Se este ganhar o hábito de falar para a barriga, o pequeno também ganha confiança na sua voz e vai criar-se um laço entre os três antes do nascimento

> A música também tem os seus benefícios: quando a ouve, o bebé parece flutuar no líquido amniótico, acompanhando o seu ritmo. No entanto, nem sempre é assim. Um estudo sobre os gostos melódicos veio revelar que o feto prefere a música clássica, ao passo que o rock não lhe agrada muito… já que reage com pontapés até não poder mais!

X BEM-ESTAR X

Cuidados a ter no emprego

Espera ansiosa pela baixa por maternidade, ou preferia trabalhar até ao último minuto? Seja qual for o seu caso, neste período ir para o emprego pede algumas precauções extra.

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CUIDADO COM A POSTURA
A primeira sugestão é que evite adotar posturas incorretas, e também permanecer demasiado tempo sentada. Durante a gravidez, a circulação abranda o seu ritmo, pois as alterações hormononais favorecem a retenção de líquidos e o estancamento venoso. Também o bebé, à medida que cresce, comprime os vasos sanguíneos que passam pelas virilhas dificultando, deste modo, o retorno do sangue para o coração. Eis o que deve fazer:

> Quando estiver sentada, tente mudar de posição com frequência e apoie os pés num banquinho, a fim de facilitar o fluxo sanguíneo. Do mesmo modo, de hora a hora, levante-se e dê alguns passos, de preferência nas pontas dos pés, para reativar a circulação.

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Com o passar dos meses, as curvas da coluna vertebral modificam-se para dar espaço ao bebé e permitir ao corpo encontrar um novo equilíbrio. Os músculos abdominais trabalham cada vez menos, ao contrário dos dorsais, que se esforçam mais. Por este motivo, as costas fragilizam-se, especialmente se a futura mamã tem um estilo de vida sedentário e a musculatura está menos tonificada.

Como remediar esta situação? Quando está sentada, a pelvis deve estar bien apoiada nas costas da cadeira, o peito erguido e as costas direitas. Para evitar possíveis tensões, pode praticar, mesmo estando sentada na cadeira do escritório, alguns exercícios simples: 

> Sentada, com os pés bem pousados ​​no chão e os braços estendidos ao longo do corpo, faça leves flexões laterais do tronco, primeiro para a direita, depois para a esquerda. Repita 20 vezes.

> Ainda sentada, vire lentamente o tronco para a esquerda, segurando, com a mão direita, o lado esquerdo das costas da cadeira. Depois, faça o mesmo movimento para o outro lado. Repita dez vezes para cada lado.

> Sentada ou de pé, com as pernas ligeiramente separadas, os joelhos um pouco fletidos, os braços ao longo do corpo e o queixo levemente caído, faça algumas rotações alternadas dos ombros (descrevendo um círculo, primeiro para a frente e, depois, para trás).

> De pé, com os joelhos ligeiramente fletidos, incline o tronco para frente, baixando os braços até ao chão e curvando lentamente a coluna vertebral.

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ATENÇÃO À DIETA
As alternativas para a pausa do almoço, no escritório, são duas. Ou leva a refeição de casa, ou vai comer fora, num café ou restaurante.

> Se optar por levar comida preparada em casa, dê preferência aos alimentos ricos em proteínas e às verduras. Quer um exemplo? Queijo ou fiambre, ou então atum e cavala muito bem cozinhados, acompanhados de legumes grelhados, tomates e salada.

> Se, pelo contrário, almoça no restaurante, pode pedir um prato de massa com verduras e, se for comer ao café, pode optar por uma sanduíche; se for recheada adequadamente (por exemplo, com queijo e verduras), garante uma alimentação equilibrada.

> Também é importante que não coma enchidos crus e carnes mal passadas, bem como verduras que não tenham sido bem lavadas, a fim de prevenir a toxoplasmose, uma infeção que pode acarretar sérios riscos se for contraída durante a gravidez. Em certos casos, é mais prudente trazer a sanduíche de casa.

Há que evitar sanduíches ricas em molhos gordurosos e enchidos, que saciam rapidamente sem garantir uma contribuição nutritiva adequada. Para se aperceber da importância que tem o recheio, basta saber que 10 gramas de maionese, ou seja, uma colher, fornece cerca de 70 calorias, e um ovo cozido precisa de cerca de duas horas e meia para ser digerido. A melhor escolha é a da clássica sanduíche de queijo com tomate, pois alia uma boa dose de cálcio e proteínas, provenientes do queijo, ao elevado teor de ferro e minerais dos tomates. O que se recomenda é completar esta refeição com outras verduras e um sumo, rico em vitamina C, que facilita a absorção do ferro de origem vegetal.

Uma boa opção são as sanduíches de atum, de preferência conservado ao natural, e umas folhas de alface, que asseguram um bom equilíbrio entre os glúcidos, as proteínas e as gorduras. O atum, além disso, é rico em ácidos gordos Ómega 3, fundamentais para a formação das células nervosas do bebé. Para terminar, é perfeita uma salada de frutas, talvez com uma bola de gelado, pois proporciona vitaminas e potássio.

Também deve estar atenta ao escolher o que bebe. A partir do terceiro trimestre, a necessidade de líquidos aumenta bastante: vai precisar de mais 1,5-2l de água por dia do que o habitual.

Um truque: tenha sempre à mão uma garrafa de água no escritório, isso vai ajudá-la a lembrar-se de beber mais vezes.

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CUIDADO NAS DESLOCAÇÕES
Principalmente durante o último trimestre, quando a barriga está mais pesada, as viagens que implicam o uso de diferentes transportes públicos, ou longos trajetos de carro, no meio do trânsito, são, sem qualquer dúvida, difíceis e cansativos.

> Se tem de apanhar o metro ou o autocarro, saia de casa um pouco mais cedo, para evitar as horas de ponta. Se ninguém lhe ceder o lugar, peça-o sem receio. Seja como for, deve manter sempre a barriga o mais protegida possível, a fim de evitar qualquer pancada. E lembre-se de se segurar bem, para não perder o equilíbrio no caso de uma travagem brusca.

> Se se desloca de automóvel, ponha sempre o cinto de segurança, colocando a faixa sobre a clavícula (e não sobre a barriga), na parte de cima, e sobre a crista ilíaca (o osso largo das ancas), na parte de baixo. Algumas marcas dispõem de dispositivos desenhados especificamente para grávidas e que permitem garantir uma posição correta do cinto, para total segurança da mamã e do feto.


X SAÚDE X

Controle a diabetes à mesa

Certamente que o seu médico já lhe marcou um exame para averiguar se sofre ou não de diabetes gestacional. Explicamos-lhe em que consiste este exame e que medidas deve tomar para manter a diabetes controlada.

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A diabetes é uma doença relacionada com o uso de glicose por parte do organismo. A glicose é o açúcar do sangue que usamos como fonte de energia. Em condições normais, penetra nas células dos tecidos pela ação da insulina, uma hormona produzida pelo pâncreas. Quando entra nas células, a glicose é “queimada” de forma a obter a energia necessária para a vida e atividade celular. Entretanto, no caso da diabetes gestacional, este mecanismo depara-se com alguns obstáculos: a insulina não funciona bem e a glicose acumula-se no sangue, em vez de ser transportada até às células, alterando deste modo as condições normais de nutrição do feto .

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CONSEQUÊNCIAS POSSÍVEIS
Este tipo de diabetes não causa grandes problemas se estiver controlado. De facto, a maioria das mulheres que dele padecem dão à
luz crianças perfeitamente saudáveis. No entanto, se a doença não for tratada, pode vir a ter consequências mais graves para o bebé do que para a mamã.

> Na mulher, a diabetes gestacional que pode causar problemas de tensão durante a gravidez. Também aumenta o risco de aborto espontâneo ou de parto prematuro. Em geral, a diabetes gestacional desaparece rapidamente depois do parto: quando a placenta é expulsa, a produção de hormonas normaliza-se e a insulina volta a desempenhar o seu papel. As estatísticas mais importantes indicam que as mulheres que padeceram de diabetes durante a gravidez têm uma maior probabilidade de vir a desenvolver esta doença nos anos seguintes. Neste sentido, a diabetes gestacional pode ser vista como um especial de “sinal de alarme”, pelo que a mamá deve continuar a  controlá-la depois da gravidez para prevenir o aparecimento de diabetes.

> No bebé, o excesso de glicose no sangue pode originar um crescimento superior ao normal, com um desenvolvimento excessivo do abdómen, do coração e do fígado. Os riscos associados a esta condição (macrossomia diabética) são diversos: o parto é mais difícil e arriscado e, além disso, o recém-nascido pode sofrer uma crise hipoglicémica depois do nascimento e ter dificuldades respiratórias durante os primeiros dias de vida. Do mesmo modo, quando crescer, pode vir a ter uma maior predisposição para o excesso de peso e obesidade.

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QUE MULHERES CORREM MAIS RISCOS?
Todas as mulheres que esperam um filho correm o risco de sofrer de diabetes gestacional. No entanto, há alguns fatores decisivos para que esta surja:

> Os antecedentes familiares: ter pais ou irmãos diabéticos (afetados pela diabetes do tipo II, definidos como “não insulinodependentes”) implica maiores probabilidades de desenvolver diabetes durante a gravidez.

> O peso em excesso. Iniciar a gestação com alguns quilos a mais, bem como engordar demasiado ao longo da gravidez, aumenta o risco de sofrer de diabetes gestacional.

> A idade. A diabetes é mais frequente em mulheres acima dos 35 anos de idade, ao passo que abaixo dos 25 é bastante raro aparecer.

> Gravidezes anteriores complicadas. A gravidez requer mais atenção se tiver historial de abortos ou problemas de diabetes numa gravidez anterior.

> A origem. Por razões ainda desconhecidas, as mulheres que pertencem a determinadas etnias desenvolvem esta doença com mais facilidade. É o caso das indo-americanas, das africanas e das hispano-americanas.

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UM EXAME MUITO SIMPLES
No caso de estar, no mínimo, numa das situções acima descritas, devem ser feitos exames de controlo específicos ao longo da gestação, mais concretamente entre a semana 10 e a 12. Isto porque, em muitos casos, o desenvolvimento da diabetes gestacional não vem acompanhado de sintomas evidentes e facilmente identificáveis ​​(cansaço exagerado, sede excesiva e urina excessivamente abundante). Em qualquer caso, recomenda-se que se efetue um exame muito simples, por volta da 24ª semana, mesmo que não se pertença a nenhum grupo de risco. Se o resultado for positivo, há que reduzir e corrigir a alimentação.

> O exame que se faz é o teste de O’Sullivan: recolhe-se uma amostra de sangue em jejum e outra uma hora depois de ingerir 50g de glicose (através de uma bebida açucarada). Quando se verifica que os valores sofreram alteração (ou seja, são superiores a 95mg / dl de sangue em jejum, e superiores a 140mg / dl passada uma hora da ingestão da glicose), o exame deve ser repetido, mas desta vez completo. Neste caso, as recolhas de sangue são feitas em jejum e aos 60, 120, e 180 minutos depois de ter tomado 100g de glicose através de uma bebida açucarada. É o que se chama de “Teste de Sobrecarga de Glicose”. Basta que um ou dois dos valores não seja normal para que tenha de se submeter a uma dieta adequada, prescrita pelo médico ou pelo próprio ginecologista. Se mais de dois valores estiverem alterados, será melhor pedir a opinião de um especialista neste tipo de diabetes.

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O QUE COMER
A alimentação é essencial para a prevenção e tratamento da diabetes gestacional. Vejamos as regras essenciais a seguir:

> Reduzir a ingestão de calorias. É necessário fazê-lo se quiser perder peso antes da gravidez, ou controlar o aumento de peso durante a gestação. Normalmente não se recomenda consomir mais de 1500kcal por dia, pois poderia vir a formar substâncias nocivas para organismo (os corpos cetónicos), nocivos para o feto e para a placenta.

Não eliminar por completo os hidratos de carbono complexos e os açúcares: para quem tem excesso de peso ou risco de sofrer de diabetes, a maior parte das calorias diárias consumidas deve ser proveniente destes alimentos (pelo menos 50%). Pode encontrá-los nos cereais (ricos em amido e hidratos de carbono de estrutura complexa) e na fruta (fonte de açúcares simples), mas deve reduzir o consumo de doces porque contêm açúcares em quantidades muito elevadas.

> Dosear as refeições. Evite concentrar a maioria dos nutrientes nas duas refeições principais do dia. Para ajudar a que o organismo mantenha constantemente o nível adequado de glicose no sangue, é necessário dosear as refeições e fraccioná-las em 5-6 momentos: três refeições principais ligeiras (pequeno-almoço, almoço e jantar) e três pequenas merendas a meio da manhã, a meio da tarde e na ceia, antes de se deitar.

> Comer em horários regulares facilita a digestão e ajuda a equilibrar a presença da glicose no sangue: evita que haja demasiada quantidade em certos momentos (o que acontece, por exemplo, quando as refeições são muito seguidas) e que, pelo contrário, a glicose se torne insuficiente (se está muito tempo sem comer).

> Aumentar o consumo de fibras. As fibras vegetais têm tendência a tornar mais lenta , e a moderar, a absorção dos nutrientes, pois o organismo não as digere bem. Isto ajuda a controlar o nível de açúcar no sangue. Aconselha-se a introdução de massas e pão com cereais na sua dieta, além de insistir em especial nas verduras: são ricas em fibra, pouco calóricas, têm um elevado poder saciante e possuem uma quantidade elevada de fatores vitamínicos (entre os quais o ácido fólico).

> Diminuir o consumo de gorduras saturadas e de colesterol. De que modo? Evitando os queijos muito gordos e alguns enchidos, dando preferência ao azeite extra virgem para temperar, optando por leite e iogurtes magros ou meio-gordos.

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PRATICA EXERCÍCIO FÍSICO
> O exercício físico é fundamental para prevenir e tratar a diabetes gestacional.
A atividade ajuda a insulina a trabalhar melhor e, por isso, melhora os níveis de glicose no sangue. As mulheres que chegam à gravidez com um mínimo de treino têm mais um motivo para continuar esse bom hábito (a natação, por exemplo, é um exercício muito aconselhável). Pelo contrário, as que não estão habituadas e fazer exercício podem descobrir o prazer de relaxar em longos passeios.

X BELEZA X

Pele perfeita à prova de estrias

São, sem dúvida, um dos problemas de estética que mais preocupa as futuras mamãs. Oferecemos-lhe todos os conselhos para prevenir e combater este problema do modo mais eficaz.

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As temidas estrias costumam aparecer nos seios, no abdómen e nos músculos, e devem-se a uma rutura mais ou menos visível das fibras do tecido conjuntivo, como consequência da perda de elasticidade da pele. Na sua fase inicial, parecem pequenos sinais de cor rosa ou violeta, separados por fragmentos de pele “íntegra”. Na segunda fase, adquirem um tom branco nacarado, o que indica que a rutura da pele já foi reparada de algum modo e que, no seu lugar, se formou uma cicatriz profunda.

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FATORES DESENCADEADORES
Os fatores que provocam o surgimento de estrias são numerosos: desde a predisposição familiar até às dietas drásticas, a vida sedentária ou os tratamentos prolongados com corticoides. Também podem ser devido a determinados hábitos, como usar roupa demasiado justa ou adotar posturas incorretas.

> Não há qualquer dúvida de que o período de maior risco, na vida de uma mulher, continua a ser a gravidez. As estrias são mais frequentes nas mamãs de primeira viagem, de pele e cabelo claros, e costumam formar-se entre os seis e os oito meses. O motivo é evidente: à medida que a barriga cresce, os tecidos esticam ao máximo e podem ceder.

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PREVENÇÃO
Deve manter a pele elástica e tonificada, com produtos específicos, desde o início da gravidez, quando a dilatação da barriga ainda é pouco relevante.

> Durante os três primeiros meses da gravidez, aplique uma vez por dia um creme hidratante com ácido hialurónico, óleo de abacate, gérmen de trigo, jojoba e manteiga de karité, fazendo uma massagem nos músculos, glúteos e abdómen, com suaves movimentos circulares.

> No segundo trimestre, alterne este tratamento com uma emulsão refirmante, rica em elastina, colagénio e extratos vegetais, como o óleo de borragem ou o azeite virgem. Os cremes de terprolina são também excelentes contra a distensão cutânea. Essa substância é composta de precursores que estimulam a produção do ácido hialurónico e do colagénio, bem como de extratos de ácido asiático, com propriedades cicatrizantes.

> Para garantir a máxima eficácia, são também úteis os cosméticos específicos anti-estrias. Duas ou três vezes por semana faça uma massagem às ancas, ao abdómen e aos glúteos com óleo de amêndoas doces, que devolverá a tonicidade aos tecidos. Também pode aplicar óleo de rosa mosqueta, uma substância adequada para combater este problema por ser muito rica em óleos essenciais gordos (como oleico e linoleico), conhecidos pelas suas propriedades antioxidantes e restruturantes. Contém, além disso, um grande teor em vitamina E e de carotenoides, que contribuem para alimentar as células cutâneas e conservar a sua elasticidade.

> Se as estrias já são visíveis, aplique de manhã um produto composto por extratos vegetais (centelha asiática, azinheira, ananás e cavalinha) e evite os produtos que contenham extratos tiróideos, desaconselháveis na gravidez. É evidente que, para obter resultados, as estrias deviam estar ainda rosadas, ou seja, na sua primeira fase. Para estimular a microcirculação e a produção de novas fibras de colagénio e elastina, são ideais as massagens circulares ao longo da estria. À noite, utilize um creme com vitamina C e flavonoides, ou então com ácido boswélico, que é comprovadamente eficaz na cicatrização e redução das estrias.

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CINCO CONSELHOS ADICIONAIS
1 Evite banhos demasiado quentes que, a longo prazo, favorecem o relaxamento cutâneo e têm repercussões na circulação venosa.
No banho, certifique-se de que a temperatura não ultrapassa os 38ºC e suavize água com óleos essenciais específicos, como o de gerânio ou de laranja amarga, que neutralizam a ação dessecante do calcário.

2 Adicione à água um ou dois comprimidos de substâncias termais ou um quarto de litro de vinagre de maçã: é rico em minerais (potássio, fósforo e ferro) úteis para reequilibrar a pele. Por fim, aplique um jorro de água fria, que tem um grande poder tonificante: o organismo reage com um maior afluxo de sangue, o que estimula o metabolismo, melhora a oxigenação e reafirma os tecidos.

3 Aprenda a manter sempre as costas direitas e o queixo levantado, num ângulo de 90 graus com o pescoço: os ombros descidos aceleram a flacidez dos tecidos. Ao acentuar a curvatura da zona lombar, a tendência é para colocar a barriga para a frente, enquanto o peito descai por não se poder apoiar nos músculos peitorais.

4 Mantenha a circulação ativa, praticando atividades desportivas: durante a gravidez, pode escolher entre a natação, o stretching ou os passeios em passo rápido. Depois do parto, pode atrever-se a um desporto aeróbico. Quando estiver sentada, evite cruzar as pernas.

5 Opte por uma dieta composta por fruta e legumes vermelhos e amarelos e, acima de tudo, rica em peixe, alho, alho francês e cebola, que ajudam a fluidificar o sangue. Beba pelo menos dois litros de água por dia. Vigie o seu consumo de sal, café e alimentos gordos e demasiado condimentados: os seus resíduos podem estancar-se no intestino, comprimir as veias e dificultar a circulação sanguínea.

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Viajar grávida: 10 respostas às suas dúvidas

Está no segundo trimestre da gravidez, considerado o melhor período para viajar. Se pensa em viajar, tenha em conta todas as nossas recomendações.

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1 QUAL É A ETAPA DA GRAVIDEZ MAIS ADEQUADA PARA VIAJAR?
Qualquer etapa é uma experiência em si misma. Algumas futuras mamãs viven muito bem os primeros meses de gravidez e estão mais cansada no final. Por outro lado, outras começam a gravidez com alguns incómodos e, mais tarde, sentem-se estupendas.

> Normalmente, pode viajar-se a qualquer altura, mas nunca esquecendo que o primeiro trimestre é o período mais delicado, já que o organismo materno tem de se adaptar a uma nova organização hormonal para acolher o embrião e, muitas vezes, as mamãs sentem enjoos que poderiam piorar os que se sentem, normalmente, em viagem.

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> O segundo trimestre é, normalmente, aquele em que a mulher se sente melhor. O organismo materno já se adaptou à gravidez, os enjoos foram ultrapassados e o risco de aborto espontâneo reduziu bastante. A futura mamã tem mais vontade de estar ativa e de viajar. Também a ansiedade relacionada com o bom andamento da gravidez já diminuiu, e o medo do parto ainda está distante.

> Pelo contrário, no terceiro trimestre, as deslocações podem ser mais lentas e difíceis devido ao volume da barriga, junto com alguns incómodos típicos dos últimos meses da gravidez, como, por exemplo, as pernas inchadas.

2 É MELHOR A PRAIA OU A MONTANHA?
> Se a gravidez está a correr bem, a futura mamã é livre de escolher em função das suas preferências.
Na praia, ao expor a pele aos raios ultravioleta está a estimular a produção de vitamina D, fundamental para absorver o cálcio e o fósforo, e para fortalecer os ossos. Também o mar atua como uma espécie de spray: sobretudo nas primeiras horas da manhã, liberta no ar uma grande quantidade de humidade e iodo, úteis para limpar as vias respiratórias e estimular o funcionamento da tiróide. Fazer longos passeios pela beira-mar, com as pernas mergulhadas até metade, é uma massagem excecional. Reativa a circulação das pernas, que costumam estar pesadas e inchadas.

Por outro lado, a montanha oferece paisagens sem dúvida relaxantes, além do ar puro e de um clima fresco e nunca abafado. No entanto, há cuidados a ter quer no mar, quer na montanha: evitar as exposições prolongadas ao sol, principalmente nas horas mais quentes do dia, e usar sempre um protetor solar de índice elevado.

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3 PODE-SE VIAJAR DE AVIÃO?
> Sim, o avião é o meio de transporte mais seguro para as viagens de longa distância, porque, ao contrário do automóvel, não causa vibrações que possam estimular as contrações do útero. Se puder escolher o lugar, é melhor optar pelo do corredor. Deste modo, terá uma maior liberdade de movimentos e pode levantar-se, pelo menos, de meia em meia hora, para esticar as pernas e andar um pouco. Também pode reativar a circulação estando sentada, com alguns exercícios simples de stretching, esticando e rodando os pés.

4 ATÉ QUANDO SE PODE VOAR?
> Depende da companhia aérea, porque nem todas se regem pelas mesmas normas. A maioria permite o embarque de grávidas sem ser preciso apresentar qualquer atestado médico até à 36ª semana, mas algumas companhias aplicam condições mais restritivas. Por isso, antes de fazer a reserva do voo, verifique primeiro os termos de admissão no site. Para viajar nas últimas quatro semanas (ou em caso de uma gravidez de gémeos ou com complicações), é pedido um atestado médico no qual o ginecologista confirma o bom estado de saúde da mulher e a sua aptidão para viajar. Algumas companhias também exigem o documento internacional Medif, preenchido pelo ginecologista e válido para um período de sete dias a partir da data de emissão. Pode fazer o download deste documento a partir dos sites das companhias que o requerem.

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5 O DETETOR DE METAIS FAZ MAL AO BEBÉ? 
> Os detetores clássicos utilizados nos controlos de segurança dos aeroportos geram um campo magnético que não é prejudicial para o feto. No entanto, se viaja para os E.U.A., poderá deparar-se com os chamados body scanner, que utilizam raios X. É melhor evitá-los e solicitar o controlo num detetor de metais normal.

6 PODE-SE VIAJAR DE COMBOIO?
> Sim, o comboio é um dos meios de transporte mais seguros durante a gravidez. A sua vantagem, em relação aos restantes é a possibilidade, sempre benéfica, de se poder levantar e andar pelo corredor, se o comboio não estiver cheio, sempre que a mamã o deseje. Dar uns passos de vez em quando para esticar as pernas é muito bom para reativar a circulação, principalmente se for uma viagem longa.

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7 PODE-SE VIAJAR DE BARCO?
> Se falamos de pequenas travessias, mesmo que sejam de algumas horas, para ir até uma ilha próxima, não há qualquer problema. Pelo contrário, é preferível evitar os cruzeiros. Em primeiro lugar porque, devido ao movimento ondulatório, os enjoos podem manifestar-se com mais facilidade. Em segundo lugar porque a bordo do barco só viaja um médico de clínica geral, de modo que, em caso de emergência, não por que saber assistir a um parto… em alto-mar!…

8 COMO DEVO ORGANIZAR UMA VIAGEM DE CARRO? 
> O carro é, sem dúvida, o meio de transporte mais confortável para quem se quer deslocar com autonomia, sem estar dependente de prazos nem de horários. Também permite parar sempre que se quer para relaxar um pouco, caminhar e ir à casa de banho.

> O melhor é viajar nas horas mais frescas do dia e ter sempre à mão uma garrafa ou duas de água. Para fazer uma viagem inteligente, que lhe permita evitar o risco de ficar presa em engarrafamentos debaixo do sol quente, antes de sair de casa informe-se das condições de trânsito e, se possível, vá verificando a situação ao longo da viagem, através do telemóvel ou do tablet. Também não se esqueça de manter sempre o cinto de segurança, com o cuidado de passar as faixas por cima e por baixo da barriga.

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9 O QUE POSSO FAZER PARA ALIVIAR OS ENJOOS?
> Para combater este incómodo, leve sempre na carteira alguns rebuçados de gengibre ou um pacote de bolachas salgadas. Os enjoos também podem ser atenuados se usar uma pulseira de borracha específica para tal. Na sua parte interior, há um pequeno botão que deve ser colocado sobre o ponto P6 (o centro da superfície interna do antebraço, entre os dois tendões), e que é reconhecidamente o ponto de eleição para combater os enjoos. Outra boa ideia é deitar uma gota de óleo essencial de menta num lenço e ir inalando de vez em quando.

10 QUAIS SÃO OS DOCUMENTOS QUE NÃO POSSO ESQUECER?
> Além do cartão de identificação ou do passaporte em dia, é fundamental que leve toda a documentação relativa à gravidez, incluindo os resultados dos exames e ecografias, bem como os contactos do ginecologista e parteira que acompanham a sua gravidez.

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Receberá o próximo número
da revista na semana que vem

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