
Já está na 15ª SEMANA
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BEBÉ
O seu bebé já consegue chuchar no polegar! Pesa 70gr e o seu coração bombeia cerca de 25 litros de sangue por dia. O sistema muscular desenvolve-se e, agora, já é capaz de fazer grandes movimentos com os braços.
MAMÃ
O seu coração bombeia mais 20% de sangue do que antes da gravidez, para que o seu filho receba todo o oxigénio de que precisa.
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X DESENVOLVIMENTO X
Está a crescer bem dentro da barriga?
Está de 15 semanas e já se começa a notar a sua barriguinha, mas de certeza que já foi assaltada pela dúvida: “como sei se o bebé está a crescer corretamente?”. Nas consultas periódicas, o seu ginecologista poderá confirmá-lo através das ecografias e dar-lhes as indicações necessárias caso detete algum problema.

SERÁ UM BEBÉ GRANDE OU PEQUENO?
> Em condições fisiológicas normais, o crescimento fetal é determinado pelo peso da futura mamã no princípio da gestação e pelo seu aumento de peso ao longo dos nove meses. A condição ideal para que o bebé se desenvolva da melhor maneira é, no início da gravidez, a mulher ter um peso adequado, e que engorde no total 10 a 13 quilos durante toda a gravidez.
> Se a gestante tiver um peso inferior à média ao começar a gestação, será oportuno que faça algumas alterações à sua alimentação, de modo a acumular as “reservas” necessárias para colmatar as necesidades de crescimiento do bebé. Caso contrário, aumenta a probabilidade de dar à luz um recém-nascido com menos de 3 quilos.
> Por outro lado, as mulheres que iniciam a gravidez com exceso de peso devem moderar o seu consumo de calorias de modo a controlar o aumento de peso total, que pode aumentar a probabilidade de ter um bebé de tamanho superior à média. O crescimento do feto também é influenciado por fatores genéticos: se os dois progenitores são magros, dificilmente terão um bebé gordinho; e, no caso de serem ambos robustos, é improvável que o bebé nasça com peso baixo. O que acontece quando o papá e a mamã têm constituições físicas diferentes? Quase de certeza que vai prevalecer a constituição materna.
COMO SABEMOS SE ESTÁ TUDO BEM? Geralmente, o peso del bebé começa a ser medido a partir das 20 semanas. Salvo em caso de patologias graves ou malformações fetais, às 18-19 semanas todos os bebés se desenvolvem de modo uniforme, mas podem dar-se variações no ritmo de crescimento. A ecografia é o principal instrumento de avaliação. Este exame tem em consideração os seguintes parâmetros: o diâmetro biparietal (desde a protuberância do osso parietal direito até à do esquerdo, que corresponde ao ponto de maior largura da cabeça), a circunferência cranial, o diâmetro da circunferência abdominal, e o comprimento do fémur e do úmero. Estes dados são procesados no computador do ecógrafo, que permite calcular o peso aproximado do feto e compará-lo com o peso de referência relativo à semana de gestagestação em que se encontra. > O ideal é que o peso do feto se situe entre os percentis 30 e 70, embora também se aceite uma faixa entre os percentis 10 e 90. No entanto, há que ter presente que, apesar de situar dentro dos valores normais, o mais importante não é tanto o valor em si, mas a sua variação no tempo. Por exemplo, um bebé pode situar-se no percentil 20 por ser de constituição pequena, mas se no decurso da gestação prosseguir a sua curva de crescimento, considera-se que tudo corre bem. Pelo contrário, se, em questão de semanas, desce do 40 ao 20, pode significar que algo está errado. E SE O BEBÉ CRESCE POUCO? > Por vezes a diminuição do crescimento relaciona-se com patologias maternas, tais como a trombofilia (coagulação excesiva do sangue devida a causas genéticas) e hipertensão, sobretudo se resultar numa pré-eclampsia, patologia séria da gravidez que altera o funcionamento da placenta. > Com menos frequência, o dano pode ocorrer no decurso dos nove meses. É o caso da placenta prévia, no qual o órgão se situa na zona do segmento uterino inferior: o tecido da parte inferior do útero é menos rico em vasos sanguíneos e, como tal, menos adequado para receber a placenta que, por este motivo, pode não funcionar em pleno. Podem, igualmente, dar-se pequenos deslocamentos da placenta que, mesmo cicatrizando, podem reduzir bastante a superfície de troca entre a mamã e o bebé. Também alguns hábitos nocivos, como fumar, deveriam ser completamente eliminados ainda antes de iniciar a gravidez, uma vez que causam vasoconstrição e danificam os vasos placentários. Se há um subdesenvolvimento placentário, a atuação médica depende de cada caso, sendo aconselhado monitorizar o crescimento, de forma a estabelecer o momento mais oportuno para o nascimento, já que, ao permanecer no útero, o bebé não teria garantia de ter um fornecimento suficiente de nutrientes e oxigénio. O repouso pode ajudar? Sem dúvida, é recomendável levar uma vida mais sossegada, mas não está cientificamente provado que o descanso resolva o problema. O QUE ACONTECE SE A GRAVIDEZ É DE GÉMEOS? Não existem curvas de crescimento específicas, mas em geral o que seria um percentil 20 para um só bebé converte-se em 50 no caso do gémeo. Geralmente, ambos crescem de forma similar, apesar de poder existir uma diferença de peso entre 12 e 15%. As zonas uterinas nas quais a placenta se implanta não têm as mesmas características, não tendo assim a mesma capacidade de proporcionar alimento e oxigénio. Isto significa que, quando há um só feto no útero, a placenta costuma implantar-se na melhor área, a partir da qual pode fazer os intercâmbios ideais com o organismo materno. Quando há duas placentas, uma delas pode implantar-se num local menos favorável e, por isso, um dos bebés pode crescer menos. Se diferença de peso entre ambos ultrapassar cerca de 20%, é conveniente realizar exames complementares que permitam avaliar o funcionamento da placenta. > Mais problemática, mas menos frecuente, é a situação na qual os gémeoos partilham uma mesma placenta (monocoriónicos). Neste caso pode haver um intercâmbio de sangue anómalo entre os dois fetos, em que um deles absorbe mais e aumenta mais de peso em detrimento do outro, que aumenta menos.

> Um eventual atraso do crescimento está relacionado, principalmente, com uma insuficiência placentária, que ocurre quando este órgão não consegue garantir as devidas trocas entre mãe e filho. Em geral, os problemas de insuficiência placentária surgem a partir da formação da placenta, dado que se relacionam com a sua implantação, no entanto, geralmente, os seus efeitos só são sentidos na segunda parte da gravidez.

> Ter dois fetos no ventre acarreta, obviamente, uma redução do crescimento, em relação a um só feto, mesmo quando tudo corre bem e cada criança se desenvolve na sua bolsa amniótica e é alimentada pela sua placenta (gravidez biamniótica e bicoriónica). Até à 23ª-24ª semana, os gémeos crescem como fetos únicos, pois há espaço e alimento suficiente para ambos. O desenvolvimento diminui um pouco até à 38ª semana, quando os gémeos pesam, normalmente, 2,8-2,9 quilos, cerca de 15% menos peso de um bebé único, que pesa cerca de 3,2-3,3 quilos.
X BEM-STAR X
Fará mal ao meu filho?
Quando espera um bebé, as coisas que antes fazia sem problema suscitam-lhe algumas dúvidas, como realizar tarefas domésticas, carregar pesos, ou andar de transportes públicos. Quais as precauções a tomar para proteger o bem-estar do bebé?

Posso continuar a realizar tarefas domésticas?
> A gestão diária da casa não traz problemas especiais à futura mamã. No entanto, convém evitar as “limpezas a fundo”, como retirar, lavar e recolocar as cortinas, limpar candeeiros, ou limpar o pó de cima dos armários, já que estas atividades requeren o uso de escadas e implicam um risco de queda.
Quanto ao resto, pode fazer-se practicamente tudo, naturalmente sem se cansar em demasia. Por exemplo, se vai lavar o chão, não carregue o balde cheio (é preferível encher só metade) e use sempre a esfregona, evitando agachar-se para limpar com uma escova ou pano. Se passa a ferro, regule a altura da tábua de modo a poder fazê-lo sentada. Se, pelo contrário, prefere ficar de pé, apoie um pé num banquinho baixo, de modo a não forçar as costas. No que diz respeito às tarefas mais pesadas, não hesite em pedir ajuda. Posso carregar os sacos das compras? Tenho pouca barriga e estou habituada a dormir virada para baixo. Posso “esmagar” o bebé? Já tenho um filho com três anos. Posso tomar sempre conta dele ou necessito de tomar algumas precauções em especial? > Não existe nenhum inconveniente em pegar na criança ao colo (desde que não existam problemas específicos, tais como ameaça de aborto ou contrações prematuras). De qualquer modo, se o pequeno já tem três anos, é preferível tentar que ele se torne mais autónomo nos seus hábitos cotidianos para evitar ter de estar semper a pegar nele ao colo. Se subo escadas ou ando demasiado depressa, a barriga fica dura. O que significa isto? Se os episódios se repetem ftrquentemente, ou se as contrações continuam apesar das precauções sugeridas, deve informar o seu ginecologista. Para ir trabalhar, utilizo os transportes publicos. Os movimentos bruscos podem prejudicar o bebé? E se alguém me der uma pancada? Estive num local com a música demasiado alta e o bebé mexeu-se mais do que o costume. Terá ficado assustado? Por vezes chegam grávidas aos serviços de urgências que dizem não sentir o bebé. Depois de se verificar que está tudo bem, “milagrosamente”, o bebé volta a mexer-se de novo. O que aconteceu? … Muito simples: quando sentiu que a mamã se acalmou, o pequeno regressou às suas cambalhotas habituais. De vez em quando, faço uma sessão de raios UVA. Posso continuar agora que estou grávida? Por outro lado, estas cabines emitem um calor intenso, o que pode provocar uma vasodilatação momentânea passível de causar problemas circulatórios especialmente nos membros inferiores, já por si afetados pelo aumento do peso da barriga. Por fim, na gravidez, a pele está mais sensível e poderia irritar-se face ao efeito dos raios UVA.
> Sim, desde que não pesem demasiado. No entanto, quando pegar nos sacos, não se inclline para a frente, mas sim flexione os joelhos. Deste modo, o esforço é distribuído entre pernas e a coluna vertebral, evitando o risco de lombalgia. Quando erguer o peso, contraia ligeramente os esfíncteres, para prevenir problemas de incontinência urinária. Não se esqueça que a gravidez é um fator de risco para este problema, especialmente a partir do momento em que o peso do bebé torna de músculos pélvicos mais lassos.
> Enquanto o útero está contido dentro de pélvis, pode-se adotar a posição que se quiser porque o peso do corpo não causa qualquer inconveniente. Não obstante, a partir do primeiro trimestre, com o aumento do feto, o útero ascende e torna-se um órgão abdominal. Nessa altura, o seu próprio corpo vai-lhe dizer que precisa de se virar, simplesmente porque, ao ficar de barriga para baixo, terá uma sensación incómoda, não conseguindo manter essa posição.
> Muitas vezes receia-se que o pequeno, nas suas manifestações de carinho, possa comprimir ou bater na barriga e, assim, fazer mal ao bebé. Mas, na verdede, o bebé está protegido de forma natural pelo líquido amniótico, que, entre otras funções, amortiza eventuais pancadas. No entanto, para evitar que as efusões da criança sejam perigosas, deve explicar-lhe que na barriga da mamã está um irmãozinho que ele fica muito feliz quando é abraçado com cuidado.
> São pequenas contrações uterinas, que costumam sentir-se a partir do quinto mês de gravidez. Acontecem apenas de vez em quando e podem ser consideradas fisiológicas, mas, se acontecem quando anda depressa, podem ser tomadas como avisos do organismo, que pede para não se cansar demasiado (como a situação na qual a futura mamã abranda o ritmo e sobe as escadas ou caminha mais devagar, e elas desaparecem de imediato). 
> Graças ao líquido amniótico, os eventuais golpes são amortecidos, e diríamos mesmo que o bebé sente as vibrações e os baques de forma muito ténue. Os transportes públicos dispõem de assentos reservados às grávidas. Caso contrário, ou se todos los lugares estiverem ocupados e ninguém lhe oferecer lugar, apesar de se aperceber da sua barriga, não se iniba e peça que a deixem sentar.
> Se ouvir música dá uma sensação de bem-estar à mamã, o filhote “põe-se a dançar” na barriga. Não há nenhum perigo se o volume estiver alto, já que o líquido amniótico atenua todos os sons. No entanto, se o feto se aperceber que a mamã está preocupada, também se dá conta deste estado de ânimo e costuma mexer-se menos. 
> Nos primeiros meses de gravidez, as cabines de raios UVA não são prejudiciais for o feto, que está protegido na barriga. Mas, apesar disso, é preferível evitá-las. Primeiro, porque podem agravar o cloasma gravídico que se manifiesta através de manchas escuras na testa, queixo e maçãs do rosto. Este fenómeno é ditado de pelo aumento de estrogénios, que estimula os melanócitos, células que produzem o pigmento escuro da pele, mas também pode ser desencadeado pela ação dos raios UVA.
X GRAVIDEZ X
Como mudam os seios?
Já deve ter notado que agora tem os seios mais cheios e firmes. Tal é devido às hormonas que provocan o aumento de volume das glándulas mamarias que entram em funcionamento, preparando-se para a amamentação.

A GLÂNDULA AUMENTA DE TAMANHO
> Durante os meses de gestação, as modificaçõnes na mama são influenciadas pelas hormonas: pela prolactina, produzida a partir das primeras semanas pela hipófise, e pela hormona lactogénica placentária, produzida pela placenta a partir de la 15ª semana.
A primeira fase de mudança começa no início da gravidez e continua até ao quinto mês. O tecido glandular aumenta, o número de ácinos também aumenta e os canais galactóforos ramificam-se para ligar os novos ácinos glandulares ao mamilo. Resulta deste processo o aumento de volume da mama, que fica túrgida de modo que, na palpação, se sente um aumento de tecido nodular.
> À medida que o tecido glandular prolifera, o adiposo tem tendência a diminuir, razão pela qual a mama fica mais sensível aos estímulos externos. Por isso, durante a gravidez, é aconselhável usar um sutiã de contenção que seja confortável e que, se necessário, possa mesmo ser usado de noite a fim de atenuar uma eventual sensaçãp de peso e, por vezes, de dor. Por volta dos cinco meses, a irrigação sanguínea é tal que mamilo muda de cor, escurece e a auréola aumenta. Os vasos sanguíneos podem ser vistos através da pele e, à volta do mamilo, acentua-se o relevo das glândulas de Montgomery, que producen as secreções gordurosas necessárias para manter a pele suave. MAMILOS BEM HIDRATADOS AS PRIMEIRAS GOTAS DE COLOSTRO X SAÚDE X A miopia não é um problema Ao contrário do que se pensava há alguns anos, se tem miopia pode dar à luz por parto natural e dar mama sem qualquer problema. Não corre nenhum risco, desde que esteja vigiada e não haja nenhuma alteração significativa da retina. PRIMEIRA REGRA: CONSULTAR O OFTALMOLOGISTA > Por isso, é muito importante que vá a uma consulta preventiva, para se certificar de que a retina está bem. De qualquer modo, ir uma vez por ano ao oftalmologista é algo que todos os míopes (e não apenas as futuras mamãs) deveriam fazer para controlar o fundo do olho. Ainda que as alterações da retina sejam mais frequentes nas miopias graves (mais de seis dioptrias), em algunos casos também podem acontecer em miopias de menor gravidade. > O exame ao fundo do olho é muito simples. Faz-se deitando no olho algumas gotas de uma substância para dilatar a pupila, o que permite estabelecer um diagnóstico imediato e seguro. Quando o resultado não evidencia qualquer anomalia, a futura mamã pode encarar tranquilamente quer o parto, quer a amamentação. QUANDO É NECESSÁRIO UM TRATAMENTO > Em primeiro lugar, tem de se avaliar, de acordo com o especialista, se é preciso fazer um tratamento com raios laser, que permite uma cicatrização perfeita do tecido lesionado, e decidir depois se é conveniente optar pela cesariana. > Quando há lesões na retina, o parto natural pode representar um certo risco, pois, durante o mesmo, aumenta a pressão sanguínea intracraneal, o que, em casos específicos, poderia causar uma rotura ou um descolamento da retina, que já se encontra comprometida. NÃO SE ASSUSTE SE PERDER UM POUCO A VISÃO > Ao longo dos nove meses, dá-se uma modificação transitória do equilíbrio hormonal devida, principalmente, à ação exercida pela progesterona e pela relaxina, e que dá lugar a uma retenção de líquidos mais acentuada. Durante a gravidez, as hormonas trabalham com o objetivo de dar mais “elasticidade” ao organismo da mãe e facilitar a dilatação dos tecidos que, em consequência, absorvem mais água e tendem a inchar. > Também o olho é submetido a este fenómeno, que provoca uma leve modificação da curvatura da córnea e do cristalino, podendo causar uma maior dificuldade em focar as imagens e criando um aparente agravamento da miopia. > De qualquer modo, trata-se de uma variação ligeira e transitória, que se resolve espontaneamente algum tempo depois do parto e que não obriga, de todo, a alterar a graduação das lentes. O que pode acontecer durante a gravidez é que a modificação da curvatura da córnea provoque intolerância às lentes de contacto, manifestada através de mal-estar ou dor, pelo que se desaconselha o seu uso até depois do parto. X BELEZA X Brilhe com um cabelo deslumbrante Certamente já reparou que, desde que engravidou, o seu cabelo está mais saudável e brilhante. Pode continuar a pintá-lo porque as tintas, hoje em dia, são inofensivas. O importante é que o mantenha bem tratado com os produtos adequados. Durante nove meses, o cabelo vive um estado de graça. Isto deve-se ao aumento de produção dos estrogénios, as hormonas femininas que o tornam mais saudável e brilhante. O cabelo também fica mais tempo na fase de crescimento, pelo que passa por um período de grande bem-estar. SIM À MUDANÇA DE COR > Os produtos de que dispomos atualmente no mercado foram testado e são completamente inofensivos. Por outro lado, há que estar consciente de que a tinta não passa para o sangue e não é absorvida pela pele, já que não atua sobre o bulbo piloso, mas sim no corpo do cabelo (a haste capilar). Os reflexos ainda são mais inócuos e seguros, porque não penetram na haste capilar, ficando apenas à superfície. Os produtos denominados “naturais” também são indicados. > Não se preocupe com os componentes químicos das tintas. Ainda que algumas substâncias que se libertam durante a aplicação (como o amoníaco e a água oxigenada) possam levantar suspeitas, não há motivos para se preocupar; a quantidade de substâncias inaladas é mínima e o risco é praticamente nulo. Além disso, encontramos no mercado produtos que não contêm este tipo de substâncias na sua composição. OS PRODUTOS ADEQUADOS > O champô deve ter um pH compreendido entre 5 e 7.5. Deve distribuí-lo massajando suavemente o couro cabeludo com a ponta dos dedos. Depois, enxague bem, retirando qualquer vestígio do produto. > Os condicionadores e as máscaras protegem o cabelo e dão-lhe saúde e brilho. O condicionador reduz a eletricidade estática e permite desembaraçá-lo mais facilmente. A máscara, por sua vez, é indicada para os cabelos danificados ou secos, já que hidrata em profundidade, e dá força e brilho.
> Durante a gravidez, é necessário preparas a mama para a amamentação, de modo a prevenir a formação de gretas, fissuras que se formam na pele do mamilo durante a amamentação. O único sistema que realmente evita este problema é a susção ser feita de forma correta: o bebé deve abarcar toda a auréola com a sua boca. De qualquer modo, é aconselhável manter o mamilo bem hidratado, massajando-o com óleo de amêndoas doces ou outros produtos específicos para este fim. No entanto, esta operação não deve ser realizada imediatamente antes de dar mama ao bebé pois este pode rejeitá-la devido ao sabor do óleo.
> Aos cinco meses de gravidez começa a fase do colostro. As glândulas começam a produzir esta secreção, muito nutritiva e rica em anticorpos maternos que, com andar das semanas, vai preenchendo os canais galactóforos. Durante a gravidez pode notar-se alguma perda de colostro e a secreção pode ser mais ou menos intensa. O colostro irá alimentar o bebé, logo que ele nasça, mesmo antes da subida do leite, o que apenas acontece entre um a cinco dias depois do parto, e indica que as glândulas já começaram a produzir o leite propriamente dito. O peito túrgido e a sensação de tensão aumentam. Para aligeirar estes incómodos, evite beber líquidos em excesso e dê mama ao seu bebé com maior frequência.
> A miopia, por mais forte que seja, não constitui em si mesma um fator de risco nem se agrava de forma irreversível durante a gravidez. No entranto, é importante fazer a distinção entre duas formas diferentes de miopia: uma mais simples, que não implica alterações de retina, e outra mais complicada, em que há lesões que afetam a periferia da retina e que, com tempo, podem levar à sua rotura ou descolamento.
Caso o exame do fundo de olho revele alterações da retina (pequenos orifícios, lesões ou qualquer outro tipo de problema), devem adotar-se as medidas necessárias.
Uma vez desmistificados os velhos preconceitos, ainda fica por esclarecer o motivo para a perda de visão que costuma acontecer às mulheres míopes, com frequência, durante a gravidez.
Mas, como tratar dele durante a gravidez? Pode usar tintas e reflexos, ou é melhor deixar estes produtos para aplicar depois do parto?
Para que o seu cabelo continue saudável, é muito importante que use os produtos adequados.
XESPECIAL PAPÁX
9 meses para se tornar papá
A gravidez também é uma etapa mágica para o papá. Nestes meses, ele tem de se adaptar às mudanças e aprender a cuidar da sua companheira e do bebé. Um papá bem informado, presente e competente é o apoio ideal para a mulher antes, durante e depois do parto.

> Está “grávido”, tal como a mamã, e no entanto este aspeto é desvalorizado porque todas as atenções estão viradas principalmente para ela. No entanto, o papá tem um papel fundamental. A sua função é cuidar tanto da sua companheira, ao longo dos nove meses e depois do parto, quanto do pequeno que vai nascer. Por isso, a gravidez é uma fase crucial, também para ele, em que tem de se preparar para a mudança de papéis e de prioridades, e para a transformação do equilíbrio pessoal, do casal e da família. Um período que o futuro papá deverá viver de forma consciente e participativa.
EMOÇÕES? SIM, OBRIGADO! Aceitar os seus próprios sentimentos e partilhá-los com a futura mamã, dando voz aos medos e expetativas, constitui um grande passo para uma melhor compreensão no seio do casal. Além disso, as vivências emocionais dos homens e das mulheres na gravidez são muito diferentes. Durante os nove meses, a futura mamã tem uma relação intensa, visceral e exclusiva com o bebé que cresce dentro dela. Por isso, o vínculo é favorecido e mais imediato do que o do futuro papá, que, como consequência, sobretudo na primeira parte da gestação, pode parecer mais frio do que a sua companheira. Partilhar os sentimentos é a única maneira de prevenir a incompreensão e a desilusão, bem como de lidar com as necessidades e expetativas do casal. INFORME-SE E PARTICIPE > O homem deve estar informado a respeito da gravidez, deve conhecer os eventuais problemas (enjoos, cansaço, dor de costas, etc.), bem como o estado emocional específico da mamã. Tudo o que ela sabe também devia ser do conhecimento dele: por exemplo, como se reconhece o início da dilatação, o que fazer quando as águas se rompem, como atuar em caso de emergência… Quando chegar o momento de fazer face a estas situações, o futuro papá será capaz de as reconhecer e saberá como se comportar. > Pode ser muito útil frequentar um curso de preparação para o parto. A informação favorece a consciencialização de ambos e permite-lhes partilhar inquietações e tomar juntos as decisões relativas ao bebé, ao seu crescimento e ao seu cuidado. > Outra sugestão válida para todos os futuros pais é que estejam presentes, participando o mais possível nos momentos importantes da gravidez. Acompanhar a mamã às ecografias tem um valor formativo, mas também simbólico: representa uma mensagem positiva para a mulher e consolida a imagem de um casal sólido e unido. ZELAR PELA MAMÃ > Trata-se de um papel que não acaba com o nascimento, pelo contrário, torna-se ainda mais importante no pós-parto, quando a mulher está mais vulnerável. O papá tem o dever de defender a nova mamã, de ver respeitada a sua necessidade de descanso e de intimidade com o bebé. É ele quem, baseando-se na decisão de ambos, filtra as visitas de amigos e familiares, e atende as chamadas telefónicas. > Mas o facto de cuidar da mamã também implica que lhe dê um apoio prático efetivo, dividindo com ela as tarefas diárias (desde a limpeza e a arrumação, até às compras e ao cozinhar), bem como os cuidados com o recém-nascido. Os primeiros dias após o parto são os mais esgotantes e delicados para a mamã, que tem de enfrentar o cansaço físico, a reorganização hormonal própria do pós-parto, e o seu novo papel de mãe. Se a situação profissional o permitir, o melhor seria ficar com a mamã todo o tempo possível. O objetivo é evitar que ela se sinta só, fazer com que descanse e recupere o sono perdido, e também partilhar com ela todas as emoções dos primeiros dias de vida do bebé. CUIDAR DO BEBÉ > Esta relação deve, necessariamente, ser incentivada pela mãe. Cabe-lhe a ela dar espaço ao pai para que ele possa aprender a tratar do filho. É possível que o homem seja um pouco desajeitado ao pegar no bebé, ou que não seja tão hábil como a mamã no momento da troca de fralda, ou do banho, já que teve menos ocasiões do que ela para se dedicar a essas atividades. E é fácil que a mamã tenha a tentação de dizer: “Deixa lá, eu trato disso!”. Mas é muito importante que ela conceda ao pai a oportunidade de praticar. Por isso, deve evitar os comentários, os olhares e as observações que possam desanimar o pai e dificultar os momentos felizes de contacto com o bebé. > O conhecimento e o hábito são importantes para o pai, mas também para o bebé, que só assim tem a possibilidade de aprender uma segunda forma de comunicação, diferente da materna, que ele já conhece bem. Entre outras coisas, o facto de que ambos os pais sejam “operativos” é muito útil nos momentos críticos. Um exemplo? As noites em que o bebé chora inconsolável e, apesar de todos os esforços da mãe, não se consegue acalmar. Às vezes, basta uma troca de colo para que o bebé se renda e adormeça sobre o peito do pai. UM PAI COMPETENTE > Atualmente, pais e mães devem ser capazes de desempenhar as mesmas funções. Na maioria dos casos, na nossa sociedade, a responsabilidade da família é partilhada pelo casal, e a mulher costuma ter a sua vida profissional, tal como o homem. Neste contexto, o papá tem a obrigação de adquirir uma série de competências que lhe permitam ocupar-se do seu filho em todos os aspetos. O homem tem de ser competente: deve conhecer os ritmos e as necessidades do bebé, poder cuidar dele, preparar-lhe a papinha, dar-lhe banho, vesti-lo e dar-lhe um medicamento, se for preciso.
Quando falamos de emoções na gravidez, pensamos imediatamente na mamã, mas o homem também vive um turbilhão de novas e intensas sensações e emoções.

Para apoiar a mamã e viver plenamente a experiência da chegada de um filho, é fundamental que o futuro papá esteja informado e que participe no processo.
O companheiro ideal durante a gravidez é um homem atento, participante e disponível. Quando chega o momento do parto, o seu dever é de proteger o bem-estar emocional da mulher no hospital, por exemplo intervindo, se necessário, para recordar ao pessoal médico possíveis pedidos ou preferências da mamã relacionados com a dilatação e o parto.
Tocar o bebé, pegá-lo ao colo, fazer-lhe uma massagem, mudar-lhe a fralda, dar-lhe banho… Ser pai aprende-se com a prática. Como? Não tendo medo de cuidar do seu filho e criando uma linguagem pessoal para comunicar com ele e para responder às suas necessidades. Deste modo, ao mesmo tempo que participa no seu cuidado, está a dar um grande apoio à mãe e a ganhar confiança a lidar com o recém-nascido, criando, assim, as bases de uma relação sólida entre pai e bebé.
Antigamente, a mamã podia contar com a ajuda de todas as mulheres da família para tratar do recém-nascido, e tudo o que dizia respeito ao bebé era exclusivamente da competência feminina.
Tudo o que a mamã sabe fazer, o papá também deve saber.
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OBRIGADO POR NOS LER
Receberá o próximo número
da revista na semana que vem
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