Semana 14 | Revista O Meu Bebé

Semana 14

Semana 14

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Já está na 14ª SEMANA 
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BEBÉ
No início do 2º trimestre, o seu pequeno já tem os órgãos principais desenvolvidos e as suas proporções equilibram-se. Mede já cerca de dez centímetros. O seu corpo cresce mais depressa do que a cabeça, e as extremidades, principalmente os braços, alongam-se. O seu bebé treina para respirar ainda que, nos seus pulmões, entre apenas líquido amniótico (a oxigenação propriamente dita faz-se através do cordão umbilical).


MAMÃ

Entre o umbigo e a pubis, pode surgir a chamada linha alba, uma faixa de pele mais escura. Também notará que as auréolas e os mamilos aumentam.
 

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X GRAVIDEZ X

8 perguntas sobre o líquido amniótico

Está a terminar o primeiro trimestre da sua gravidez. É o momento de conhecer mais a fundo o importante papel desempenhado pela placenta como “diretora” de toda a gestação. Descubra as suas funções!

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1  COMO SE FORMA?
O organismo materno começa a produzir o líquido amniótico logo no início da gravidez. Ele é constituido pelo plasma, uma parte líquida do sangue da mamã. Não obstante, a partir dos três ou quatro meses, adquire mais relevância a quantidade de líquido produzida pelos rins do feto. Daqui em diante, o líquido amniótico será formado, sobretudo, pela urina do feto, con pequenas quantidades de mecónio, as fezes expulsas pelo seu intestino. O pequeno ingere constantemente parte do líquido, que é absorbido pelo intestino, alcançando assim o equilibrio da urina produzida. Deste modo, o bebé controla o equilíbrio da quantidade de líquilo na bolsa amniótica para que não sobre nem falte. 

> O líquido amniótico não contém nutrientes. Estes chegam ao feto apenas através do cordão umbilical. No entanto, contém diversas enzimas que desempenham funções importantes para o desenvolvimento do feto. Algumas destas enzimas têm propriedades antissépticas e protegem o pequeno do risco de infeções; outras favorecem a maturação dos pulmões.

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2 DURANTE A GRAVIDEZ, O LÍQUIDO AMNIÓTICO RENOVA-SE OU É SEMPRE O MESMO?
> Não existe uma renovação do líquido através do exterior, nem existe qualquer filtragem do líquido que não seja através do organismo do próprio feto.
 No entanto, o líquido não se “suja”, já que o metabolismo fetal é diferente do de um recém-nascido ou de um adulto, e a sua urina não contém substâncias de dejetos tóxicos. A quantidade de líquido contido na bolsa amniótica aumenta progressivamente à medida que a gravidez evolui: de cerca de 30ml na 10ª semana, para 350ml na 20ª semana, e quase um litro na 37ª semana. No final da gravidez, a quantidade de líquido tende a diminuir, pois a placenta envelhece e chegam ao feto menos substâncias nutritivas e menos líquidos.

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3 QUAIS SÃO AS SUAS FUNÇÕES?
> Em primeiro lugar, o líquido amniótico constitui uma barreira protetora contra pancadas, impedido ainda que o feto esmague o cordão umbilical. Também ajuda a manter a temperatura constante, além de atuar como barreira contra as infeções. Por outro lado, durante a gravidez, o bebé recebe o oxigénio de que necessita através do cordão umbilical, pelo que não necessita de respirar, e por esta razão os seus pulmões são como balões vazios e achatados. No entanto, de vez em quando, o feto incha os pulmões repentinamente, enchendo-os de líquido amniótico. Deste modo, prepara-se para os movimentos que virá a fazer para respirar e, graças a algumas enzimas contidas no líquido, favorece o amadurecimento dos pulmões.

4 O QUE ACONTECE QUANDO HÁ LÍQUIDO A MAIS OU A MENOS?
> Uma quantidade excessiva de líquido (polidrâmnio) pode indiciar uma malformação fetal ou uma patologia interna.
Por exemplo, acontece na presença de malformações do aparelho digestivo ou da boca, como no caso do lábio leporino, que impedem o feto de ingerir o líquido e equilibrar o que produz através dos rins. Mas também pode ser um sintoma de diabetes gestacional, que altera o metabolismo fetal e dá lugar a uma produção anómala de urina por parte do feto.

> Pelo contrário, uma quantidade inferior de líquido (oligoâmnio) pode indiciar um sofrimento fetal crónico, ou ser o resultado de uma pequena rotura das membranas.

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5 A MAMÃ DEVE BEBER MUITO?
> A mulher grávida deve beber mais líquidos para satisfazer as necessidades do metabolismo que se encontra alterado. No entanto, não existe una relação direta
entre a quantidade de líquidos ingeridos e a quantidade de líquido amniótico.

6 O QUE ACONTECE SE BOLSA SE ROMPE?
> A rotura de parte da bolsa amniótica provoca uma saída repentina de uma certa quantidade de líquido.
Geralmente, a rotura acontece no final da gravidez e desencadeia a dilatação, ou acontece já durante o período do parto. No entanto, durante a gravidez, também se pode formar uma pequena fissura na parte superior da bolsa e o líquido pode sair lentamente. Neste caso, em geral, a fissura fecha por si mesma e o líquido perdido regenera-se. Com as devidas precauções e um tratamento farmacológico para prevenir infeções e contrações, a gravidez pode seguir o seu curso normal.

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7 O SABOR DOS ALIMENTOS QUE A MÃE INGERE PASSA PARA O LÍQUIDO?
> Na verdede, o feto pode sentir os sabores
desde as primeiras semanas do desenvolvimento, mas não está provado que o sabor dos alimentos consumidos pela mãe tenha influência de forma significativa no sabor do líquido amniótico. Ainda no existem dados disponíveis sobre este fenómeno.

8 O QUE SIGNIFICA “LÍQUIDO TINGIDO”?
> Normalmente, quando se rompem as águas
, o líquido que sai é transparente, de uma cor amarelada. Fala-se de “líquido tingido” quando a cor é opaca, esverdeada e de consistência espessa, devido à presença de uma quantidade significativa de mecónio, expulso pelo intestino do bebé. O líquido tingido pode indiciar um sofrimento fetal agudo, porque, em caso de hipoxia (falta de oxigénio), o bebé pode perder o controlo dos esfíncteres e expulsar todo o mecónio. Não obstante, esta situação también pode ser causada por outras razões sem influência no bem-estar fetal. De qualquer modo, perante a presença de líquido tingido, a mãe deve dirigir-se de imediato às urgências, para obter um diagnóstico mais exato.

X BEM-ESTAR X

Na gravidez, renuncio a…?

Agora que está a espera de bebé, chegou o momento de rever o seu estilo de vida. Certos hábitos são prejudiciais para si e para o seu bebé, e podem comprometer o bom desenrolar da gravidez. Quais hábitos que deve modificar ou eliminar?

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O COPINHO DA “HAPPY HOUR”
> Atualmente, temos um número significativo de estudos que demonstram que a ingestão de álcool pode causar várias doenças ao recém-nascido, diferentes consoante tempo de gestação. Nos três primeiros meses, existe o risco de malformações físicos, tais como graves defeitos cardíacos e neurológicos. No segundo e terceiro trimestre, os riscos são de parto prematuro, baixo peso ao nascer, deficiência intelectual, e problemas cognitivos e de comportamento. Não existe uma “quantidade mínima” de segurança, pelo que o melhor é não correr riscos. Prefira substituir uma bebida alcoólica de aperitivo por bebidas saudáveis, como sumos ou batidos de frutas.

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A FAZER DESPORTO?
> Enquanto as condições de saúde da mulher o permitirem e a gravidez não apresentar problemas relevantes, pode continuar a praticar desporto, claro que semper consciente do que o organismo está a viver. A prática de atividade física deve ser reguladas em função do novo estado. É fundamental seguir o seu próprio ritmo, sem nunca forçar. No entanto, há atividades que, só por si, já se tornam desadequadas para uma mulher grávida.

> Em geral, no primeiro trimestre, pode fazer-se qualquer desporto exceto os que implicam saltos (como o step). A mulher precisa é de se sentir capaz e com vontade. Cada gravidez é diferente: enquanto uma futura mamã pode continuar uma atividade física concreta sem qualquer problema, outra pode sentir que o desporto já não é para ela. Dando ouvidos ao seu próprio corpo, cada mamã saberá regular-se da melhor maneira. À medida que a gravidez avança, é preferível optar por atividades mais suaves, como a hidroginástica, natação, ou yoga.

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AO TABACO?
> Os efeitos nocivos do tabaco para saúde são sobejamente conhecidos, tal como as consequências negativas para ol feto. No início, aumenta o risco de uma interrupção da gravidez, enquanto que, com o avançar da gestação, é mais provável que origine um parto prematuro ou que o bebé nasça com baixo peso. Depois de nascer, o bebé tem mais probabilidade de sofrer a síndrome da morte súbita. O ideal será conseguir deixar de fumar alguns meses antes da conceção. Deste modo, os efeitos nocivos para o bebé reduzem-se consideravelmente.

Do mesmo modo, há que ter muito cuidado com o fumar passivo, que também prejudica o feto, se bem que menos do que o ativo. Se quem fuma é o papá, é conveniente deixar de o fazer dentro de casa.

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… À FAST FOOD?
> Na gravidez, a atenção que se dá à quantidade e à forma como se prepara a comida, deve ser ainda maior. O perigo principal para as mulheres que nunca tiveram toxoplasmose é o de contrair esta infeção, causada por um protozoário que vive nos animais domésticos e de quinta. O primeiro trimestre é o mais perigoso, sobretudo pela posibilidade de aborto. No segundo trimestre, o feto pode contrair graves danos cerebrais, infeções oculares, surdez, pneumonia e malformações cardíacas. Uma vez que a forma de tranmissão mais habitual é através da alimentação, recomenda-se que se abstenha de comer qualquer tipo de comida crua ou pouco cozinhada, como carnes e enchidos, bem como lavar muito bem e cozer todas as frutas e verduras, que poderão estar contaminadas por fezes de animais infetados. Além disso, ter um especial cuidado com os enchidos, comidas muito elaboradas ou fritos, que podem causar problemas digestivos.

FICAR ATÉ ÀS TANTAS COM OS AMIGOS?
> Desde os primeros meses de gravidez, o corpo reclama mais horas de sono. A gravidez acarreta um esforço extra para o organismo materno, pois trata-se de um trabalho duro e complexo. Mesmo que ainda não se note a barriga, muitos órgãos, como o coração, os pulmões e os rins, aumentam a sua atividade, com um gasto de energia que tem de ser recuperada com o devido descanso. O facto de se deitar tarde todas las noites, tendo-se levantado cedo de manhã para ir trabalhar, pode ser esgotante. O ideal será descansar um pouco mais durante o dia e dormir uma sesta de meia hora, com os pés ligeiramente ao alto, a fim de favorecer o retorno venoso das pernas para o coração.

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… AOS SALTOS ALTOS?
> Durante a gravidez, a postura do corpo altera-se. À medida que o volume do útero aumenta, o eixo desloca-se para a frente, o que implica um grande esforço de adaptação para a coluna vertebral. Nesta situação, o facto de usar saltos altos pressupõe um esforço acrescido, apesar de não ser completamente proibido.

Por exemplo,num casamento ou numa festa especial, pode usar saltos altos. Mas, quando a gravidez está num estado avançado, convém restringir-se a um salto médio (3-5cm), de ponta arredondada, para evitar obstáculos à circulação nas extremidades inferiores. É evidente que isto não significa ter de prescindir da sua feminilidade. Hoje em dia, no mercado, encontram-se imensos modelos de sapatos, elegantes mas também confortáveis, indicados para a gravidez.


X NUTRIÇÃO X

Água, fonte de saúde

Sabe que agora o seu corpo precisa de uma maior quantidade de água? A água é a bebida mais saudável e a que permite hidratar-se da forma mais natural.

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> As alterações fisiológicas que ocorrem no seu organismo fazem com que as necessidades diárias de água aumentem. Os peritos recomendam aumentar em 0,3 litros a ingestão de água durante a gravidez, o que equivale a beber mais dois copos por dia (passar de 8 a 10 copos, cerca de 2,3 litros). É importante que vá distribuindo a ingestão de água ao longo do dia, de modo a proporcionar ao seu organismo e ao do bebé a quantidade de água necessária e de forma regular.

> A água mineral natural é a mais adequada, já que contém os minerais que o seu corpo necessita, em particular durante a gravidez. É preciso ter em atenção, não só a quantidade, mas também a qualidade do teor em sais minerais, bem como a sua composição.

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PORQUE TENHO DE BEBER MAIS?
> A água é fundamental para a nova vida que tem dentro de si: o líquido amniótico que envolve o bebé durante os nove meses da gestação, é composto por 99% de água, no início da gravidez. Do mesmo modo, o volume de sangue da mamã aumenta, pelo que se torna necessária uma hidratação correta de modo a assegurar a produção de sangue de que precisa.

> Mais à frente, durante a amamentação, a água que bebe será a que chega ao seu bebé, como componente principal do leite materno (88% da sua composição é água). Por isso, é aconselhável que aumente a ingestão de água em mais três copos por dia (perfazendo um total de 2,7l por dia), escolhendo uma água adequada, com um baixo teor de sódio e uma mineralização fraca.

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BENEFÍCIOS DURANTE A GRAVIDEZ
Durante a gravidez, pode aliviar alguns incómodos típicos desta fase bebendo mais líquidos.

> Problemas digestivos. Os enjoos e os vómitos originam perdas de líquidos que há que repor de modo a evitar a desidratação.

> Secura da pele. A pele pode ficar mais seca durante a gravidez. Por isso é tão importante beber água em quantidade suficiente.

> Dor de cabeça. Durante a gravidez, a desidratação pode causar dores de cabeça. Beber água com frequência vai aliviá-la.

> Prisão de ventre. Beber muita água ajuda a aliviar este problema e a melhorá-lo.

> Elasticidade dos tecidos. A água também ajuda a mãe do ponto de vista estético, já que conserva a elasticidade dos tecidos, evitando as estrias.

> Protege o feto. A água melhora os intercâmbios celulares, depura o sangue de toxinas e favorece um bom funcionamento do intestino, pelo que também protege o feto.

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TRUQUES PARA BEBER MAIS
Por vezes, mesmo que pense que não tem sede, isso não significa que esteja bem hidratada. De facto, muitas vezes, quando vem a vontade de beber, o organismo já está parcialmente desidratado. Por isso, é importante habituar-se a beber a pequenos intervalos. Em seguida, sugerimos-lhe alguns truques que a podem ajudar a beber mais para alcançar um nível correto de hidratação.

> No escritório. Tenha sempre uma garrafa de água em cima da secretária, ou num local de passagem em casa. Deste modo, sempre que a vir, vai-se lembrar que tem de beber.

> Na mala. Levar uma garrafa pequena de água na mala permite-lhe ter sempre líquidos ao alcance da mão.

> Praticando desporto. Quando fizer exercício, mesmo que seja moderado ou de baixa intensidade, lembre-se de manter a hidratação mais frequente para repor a água que perde com a transpiração. O mesmo se estiver em locais muito quentes, que fazem suar mais, ou depois de uma refeição farta.

> Relaxando. A meio da manhã ou da tarde, enquanto descansa tranquilamente no sofá, pode cultivar o hábito de tomar uma infusão suave, que a ajudará a relaxar e a hidratar-se.

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Sexo: 7 perguntas, 7 respostas

É normal que, no segundo trimestre, o seu desejo sexual aumente. Mas… pode ter relações sem problemas? Que precauções deve tomar? Respondemos às suas dúvidas!

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1 PODE-SE TER RELAÇÕES DURANTE A GRAVIDEZ?
> Se tudo está bem e o casal assim o deseja, nada impede que tenha relações sexuais,
mesmo até ao fim da gravidez. E mais, se a gravidez chegou ao fim e a dilatação não começa, normalmente aconselha-se fazer amor, dado que as prostaglandinas presentes no líquido seminal podem favorecer o arranque das contrações.

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2 PODE FAZER MAL AO BEBÉ?
> É um dos principais medos do casal, mas é completamente injustificado.
O bebé está submerso no líquido amniótico, bem protegido no interior do útero, pelo que não existe risco de o magoar ou esmagar. É evidente que, à medida que a gravidez progride, se torna impossível adotar a posição clássica do “missionário”. Mas, por vezes, esta é a ocasião perfeita para descobrir novas posições e formas de estar juntos, quem sabe, mais gratificantes para ambos.

3 É VERDADE QUE O DESEJO AUMENTA?
> Ao longo dos nove meses, a produção de estrogénios aumenta. Ao mesmo tempo, também se dá uma maior vasoconstrição a nível vaginal, e estes fatores atuam de forma positiva sobre o desejo sexual da futura mamã. Esta situação é vivida de modo particularmente intenso no segundo trimestre, quando o organismo já se habituou às modificações próprias da gestação, a mulher se sente melhor, e a barriga ainda não está demasiado grande. Também pode ser uma boa influência o facto de que, durante a gravidez, se ter relações sexuais à vontade, sem receio de engravidar.

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4 O QUE FAZER SE O PAPÁ SE SENTE INIBIDO?
> Alguns homens continuam a achar as suas mulheres lindas
e fascinantes, mesmo com a barriga. Outros, pelo contrário, ainda que continuem apaixonados pela companheira, sentem-se inibidos perante as transformações do seu corpo, ficam preocupados e cuidadosos, com medo de magoar ou incomodar o bebé. Mas o verdadeiro obstáculo é psicológico e está relacionado com o tabu que associa a maternidade a algo sagrado. O que pode ser feito nestes casos? Tentar atrair o seu companheiro com doçura, tranquilizando-o e envolvendo-o mais na gravidez.

5 QUANDO É PRECISA A ABSTINÊNCIA?
> Quando houver fatores de risco.
Por exemplo, se a futura mamã tem perdas de sangue ou contrações uterinas que possam fazer recear uma ameaça de aborto, ou um parto prematuro a partir da 24ª semana. Perante esta situação, o médico recomenda repouso, nada de esforços físicos, e a interrupção da atividade sexual.

Tudo isto se deve a dois motivos: por um lado, o coito estimula ligeiramente o colo do útero, o que deve ser evitado em caso de ameaça de aborto; por outro lado, o líquido seminal contém prostaglandinas, o que favorece as contrações. É uma quantidade mínima, sem qualquer consequência numa gravidez normal, mas, se há problemas, o melhor é não correr riscos.

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6 E EM CASO DE AMNIOCENTESE?
> Este tipo de exames, mais invasivos, acarretam um risco,
apesar de mínimo, de aborto espontâneo. Por isso, os especialistas recomendam que não haja relações sexuais nas 48 horas seguintes ao exame. Passado esse tempo, tudo volta ao normal e o casal pode continuar a ter relações sexuais sem problemas.

7 QUANDO SE PODE RETOMAR AS RELAÇÕES DEPOIS DO PARTO?
> Em geral, as relações são desaconselhadas durante os primeiros 40 dias após o parto.
Por vezes, há pontos de sutura que poderiam tornar a penetração dolorosa. Do mesmo modo, nos dias posteriores ao parto, o coito pode favorecer o aparecimento de infeções genitais. E, além das mudanças hormonais características do pós-parto, a mamã costuma estar tão absorvida pelo bebé que talvez não esteja disposta a ter contactos mais íntimos.

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Gengivite: como preveni-la?

Sangra das gengivas quando lava os dentes? Estão vermelhas, inflamadas e sensíveis ao tato? A gravidez predispõe a gengivites, mas tenha calma… este problema pode ser combatido com algumas medidas simples de higiene.

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A QUE SE DEVE
Sobre a mucosa que cobre a cavidade oral (a superfície interna da boca) e, em particular, sobre as gengivas, há alguns recetores que podem reagir ao aumento de estrogénios e da progesterona, as duas hormonas da gravidez.

> As mucosas ficam maiores e mais irrigadas de sangue que o normal, o que as deixa escuras e inchadas. Por vezes, basta lavar os dentes com a escova para as fazer sangrar.

> Além disso, a composição da saliva também muda: é mais rica em potássio, e o seu pH é mais ácido. Isto favorece a proliferação, na boca, das bactérias anaeróbicas (quer dizer, que vivem na ausência de oxigénio) e, por isso, gera a acumulação de placa, a verdadeira causa do problema. De facto, a gengivite não é mais do que uma infeção das gengivas provocada pela agressão das bactérias.

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> Também aumenta, na saliva, a quantidade de uma proteína, chamada mucina, que favorece a aderência, logo a agressividade, da placa bacteriana. O resultado é que mais de metade das grávidas sofre de gengivite.

> A gengivite pode aparecer por volta do segundo ou terceiro mês, e manter-se durante toda a gravidez. O sangramento costuma aumentar no oitavo mês e tende a resolver-se por si mesmo depois do parto. Este problema também é ajudado pela relativa “debilidade” do sistema imunitário, típica da gravidez. Trata-se de um mecanismo fisiológico que protege o feto de eventuais “crises de rejeição” por parte do organismo materno, sobretudo nos primeiros meses.

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UM CUIDADO EXTRA PARA OS DENTES
> A gravidez não é a responsável direta pelo risco de cáries,
que, apesar disso, pode aumentar devido a determinados comportamentos inadequados. A necessidade de comer pouco e frequentemente, por exemplo, pode implicar um aumento da quantidade de açúcares introduzidos através da alimentação. De facto, é mais fácil depenicar doces aqui e ali, que comer coisas saudáveis e equilibradas entre as refeições.

> Além disso, se a futura mamã tem enjoos, o simples uso da escova de dentes pode dar vontade de vomitar e, por isso, levá-la a diminuir a frequência da higiene dental. Como se, por si só, isto não fosse o bastante, acrescenta-se a subida dos sucos gástricos (a regurgitação é um problema típico da gravidez), que danificam o esmalte dentário e favorecem a agressão das bactérias da cárie. Por outro lado, a inflamação das gengivas, devida à ação das hormonas, favorece o estancamento de resíduos alimentares entre os espaços dos dentes.

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CONSELHOS ÚTEIS PARA A PREVENÇÃO
A gengivite e o aumento das cáries podem ser combatidos facilmente com alguns cuidados.

> É importante manter uma higiene oral rigorosa. Dado que a verdadeira causa destes problemas está relacionada com a presença de bactérias, a higiene é o suficiente para impedir a sua proliferação.

> Em primeiro lugar, é preciso lavar os dentes com uma frequência adequada e com o maior cuidado, utilizando escova e fio dental. A escova deve ser de cerdas artificiais de dureza média e a cabeça suficientemente grande (sem exagerar), de modo a chegar a todos os interstícios. Como aconselham os especialistas, os dentífricos devem conter flúor.

> É bom que vá ao dentista por volta do quarto mês de gravidez, mesmo que não tenha problemas. Trata-se de uma medida para prevenir as intervenções urgentes, que, na medida do possível, devem ser evitadas durante a gravidez. Também é conveniente que o dentista lhe faça uma limpeza da placa e do sarro. O melhor período para tal é o segundo trimestre, quando já não sente enjoos. Em caso de vómitos, deve lavar a boca após cada episódio com um elixir que contenha flúor.

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OBRIGADO POR NOS LER
Receberá o próximo número
da revista na semana que vem

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