
XSAÚDEX
Apresentamos-lhe o recém-nascido
O seu bebé acaba de nascer e não tem aquele tom rosado ou tem uma pele com leves imperfeições? Não se preocupe: são anomalias totalmente naturais, que se resolvem em pouco tempo.

O QUE FAZER SE TEM…
… UMA COR AMARELADA
Como se manifesta
24-48 horas depois do nascimento, a pele do bebé adquire uma tonalidade amarelada que se estende, inclusive, à esclerótica (a zona branca dos olhos).
Causas
Trata-se de icterícia fisiológica, um processo natural que acontece porque o organismo do bebé está a destruir os glóbulos vermelhos fetais, para os substituir por novas células, adequadas à vida fora do útero materno. Como consequência deste processo, é libertada a bilirrubina, um pigmento que se acumula no sangue e que confere à pele uma característica cor amarelada.
O que fazer
Se o nível da bilirrubina não ultrapassar certos valores não é preciso tomar qualquer medida, porque, normalmente, a icterícia vai-se resolver ao longo das duas primeiras semanas de vida. Pelo contrário, se o seu nível for suficientemente alto para se tornar perigoso para o organismo do bebé, a bilirrubina é desativada através de fototerapia. São “banhos de luz” específicos, administrados em berços especiais, com lâmpadas que emitem raios de um comprimento de onda determinado, de modo a transformar a bilirrubina em substâncias inócuas e facilmente elimináveis através da urina. Este tratamento é efetuado em todos os serviços de neonatologia ou pediatria, antes de dar alta ao recém-nascido.
… A CABECINHA IRREGULAR
Como se manifesta
A cabeça do bebé, em vez de ter uma forma arredondada e regular, apresenta-se alargada e com protuberâncias ou então em forma de “pera”. Nalguns casos, por baixo da pele, podem notar-se acumulações de sangue de tamanhos variáveis.
Causas
A irregularidade da forma da cabeça e os eventuais hematomas são causados pela passagem através do canal do parto. Os ossos do crânio estão estruturados para garantir a elasticidade e a adaptabilidade necessárias durante a dilatação, a fim de permitir a saída da cabeça do bebé. No entanto, a camada mais superficial da cabeça pode sofrer um leve traumatismo, que se manifesta pela formação de hematomas. Por outro lado, a forma em “pera” pode ser causada pelo uso de ventosas, um instrumento utilizado em 5-10% dos partos, para facilitar a saída do bebé pela última parte do canal de parto.
O que fazer
Não é necessária qualquer intervenção e não há qualquer motivo para preocupações. O cérebro do bebé está bem protegido e não sofreu lesões. A cabeça voltará a adquirir a sua forma normal em poucos dias e os hematomas reabsorvem-se por si mesmos, na maioria dos casos rapidamente, e, noutros, uns meses mais tarde.

… OS PÉS, AS MÃOS E OS LÁBIOS AZULADOS
Como se manifesta
Assim que nasce, o bebé tem os pés, as mãozinhas e a zona que rodeia os lábios de uma cor azulada.
Causas
Este aspeto da pele é o efeito de uma circulação periférica mais lenta. Este fenómeno é causado pela vasoconstrição derivada de uma termorregulação difícil durante as primeiras horas de vida. Isto provoca uma leve redução da quantidade do oxigénio que chega às extremidades.
O que fazer
Não é preciso fazer nada. No decorrer de algumas horas, a circulação vai-se ativar corretamente e a pele vai adquirir o tom rosado normal. Só é preciso ter a precaução, acautelada em todos os centros de neonatologia, de manter o bebé quente, com uma temperatura ambiental de cerca de 22º.
… OS OLHOS SEMPRE A LACRIMEJAR
Como se manifesta
Os olhos do bebé não estão inchados nem avermelhados, mas lacrimejam continuamente, mesmo quando o bebé não está a chorar.
Causas
Provavelmente, este incómodo deve-se ao estreitamento dos canais lacrimo-nasais, que permitem a drenagem das lágrimas em direção ao nariz. No entanto, em alguns bebés, estes canais não se abrem imediatamente após o nascimento devido a um desenvolvimento incompleto. De qualquer modo, em geral, a obstrução resolve-se por si mesma nos primeiros meses de vida.
O que fazer
Deve consultar o pediatra, que irá avaliar se o seu filho tem algum problema. Neste caso, basta efetuar suaves massagens para facilitar a abertura dos canais lacrimais. As massagens devem ser feitas duas a três vezes ao dia, exercendo uma suave pressão com os dedos na base do nariz, sem deslocar o dedo, através de um movimento oscilatório desde o nariz até ao olho.
É igualmente importante manter-lhe o narizinho bem limpo, utilizando uma solução fisiológica a fim de evitar a proliferação de bactérias.
XPERGUNTA SOBRE…X A prisão de ventre Trata-se de um problema que preocupa muito os pais, mas, na verdade, só afeta a cerca de 3% dos bebés. Esclarecemos as dúvidas mais frequentes sobre este tema. 1 Como se verifica se o bebé sofre de obstipação e que medidas é preciso tomar? 2 É verdade que os bebés que se alimentam com leite materno não têm prisão de ventre?xiste informação suficiente a este respeito? 3 A transição para a alimentação complementar pode fazer com que o problema surja? Também é importante dar-lhe água oligomineral, entre refeições.

O bebé pode sofrer de prisão de ventre se bebe leite de fórmula e faz uma única deposição de fezes semanal, ou então se estas são muito duras e a expulsão se faz com esforço e, inclusive, com dor. Nestes casos pode-se ajudar o bebé recorrendo a uma massagem estimulante depois de mamar. Espalhe um pouco de óleo de amêndoas doces nas mãos e exerça uma pequena pressão com os polegares na barriga do bebé, traçando um arco imaginário desde o lado direito da virilha até à esquerda, passando por cima do umbigo. No fim da massagem, basta fletir as suas perninhas até ao abdómen, duas ou três vezes, para provocar a saída dos gases.
Sem dúvida! O leite materno é rico em gorduras e açúcares (como a lactose), que atuam como laxantes suaves e naturais. Além disso, este alimento contém substâncias capazes de ativar no organismo hormonas (como a gastrina, a insulina e a colecistocinina), cuja função é a de favorecer os movimentos do intestino. Deste modo, o trânsito intestinal funciona corretamente, sem atrasos nem “prisões” repentinas.
É possível, já que o intestino do bebé estava habituado a alimentos líquidos. Para facilitar a função intestinal pode fazer purés com uma maior quantidade de frutas ou legumes ricos em fibras (curgete, aipo, acelgas, pera, ameixas, etc.), dar-lhe cremes de tapioca e milho, em vez de arroz, e temperar o puré com azeite virgem, que exerce uma função lubrificante. Também é importante dar-lhe água mineral entre as refeições.
XTESTX Tem vontade de…? Quando nasce um bebé, é natural que o desejo e a paixão passem para um segundo plano. Como recuperar a intimidade do casal? Comece por responder às perguntas deste teste e depois… uma coisa leva à outra! 1. Ultimamente, as vossas relações íntimas são do tipo: 2. No fim do dia, nada melhor que… 3. À noite, enquanto o bebé dorme, o casal pode finalmente… 4. O seu desejo está adormecido, mas se ele a “despe com os olhos”… 5. Para recuperar a cumplicidade de casal que tinham antes, seria preciso… 6. Vê-o a aproximar-se e acha-o tão sedutor como antes. Entretanto pensa: 7. O que é que lhe “atira à cara” com mais frequência? 8. Desde que o bebé chegou a sua sensibilidade erótica… 9. Para voltar a sentir-se feminina seria preciso… 10. A pergunta que mais se coloca acerca do seu companheiro é: Porque é que… 11. Um pouco de sexo até fazemos, mas… A. Sexo KO B. Sexo OK C. Sexo… UAU!

A > O que fez hoje o bebé? –Vá para a pergunta 2-
B > Amanhã, quem faz o quê? –Vá para a pergunta 3-
A > Uma boa noite de sono –Pergunta 4-
B > Um longo banho –Pergunta 5-
A > Pôr a conversa em dia interrupções –Pergunta 5-
B > Fazer “travessuras” no sofá –Pergunta 6-
A > Deixa-o continuar sem mover um músculo –Pergunta 7-
B > Congela, também, o seu desejo dizendo “Agora não!” –Pergunta 9-
A > Aquecer com novas fantasias –Pergunta 7-
B > Experimentar novas posições –Pergunta 8-
A > Quantas mulheres andam atrás dele enquanto estou com o bebé? –Pergunta 8-
B > O quanto consegue excitá-lo quando lhe apetece… –Pergunta 11-
A > Dás mais importância ao trabalho que a nós os dois –Pergunta 9-
B > Já não me dizes coisas bonitas… –Pergunta 10-
A > Está adormecida –Pergunta 10-
B > Acentuou-se –Pergunta 11-
A > Um fim de semana romântico com ele –PERFIL B-
B > Um milagre! –PERFIL A-
A > … já não me trata como a uma princesa? –PERFIL A-
B > … me trata como se eu fosse de porcelana? –PERFIL C-
A > Podíamos fazer muito mais! –PERFIL C-
B > Nunca temos tempo para o fazer em condições! –PERFIL B-
Ai, ai, ai… Tem de arranjar tempo e vontade para poder usufruir de mais momentos íntimos com o seu companheiro! Mas, como superar o cansaço? O que fazer se os cuidados com o bebé absorvem todo o seu tempo e energia? Tenha cuidado; quanto mais o tempo passa, mais complicado se torna reacender a chama mágica da paixão. Contudo, se está a ler estas linhas, ainda nada está tudo perdido. O que pode fazer? Comece com uns beijos, uns abraços envolventes e muito carinho. É algo que pode fazer mesmo que esteja cansada e é uma boa maneira de recomeçar.
Eis um casal a quem nunca faltou vontade de fazer amor e que sabe aproveitar as pausas que o bebé lhes concede. É certo que a qualidade dos vossos encontros pode melhorar, porque ainda falta a segurança de saber que não vão ser interrompidos na melhor parte… De qualquer modo, podem usar a vossa imaginação para reacender o desejo. Como? Escutem a vossa música preferida, em vez de ficar hipnotizados em frente à televisão; escrevam mensagens picantes um ao outro, e não apenas listas de compras, e acariciem-se, mesmo quando estejam vestidos. Não há nada mais excitante que a impossibilidade de satisfazer o desejo de imediato!
Alguma vez lhe pensou que ter um filho pudesse despertar a vossa sensualidade e tornar-vos ainda mais apaixonados que antes? O facto de cultivarem um projeto tão importante veio unir-vos muito mais, e a vossa sexualidade ficou a ganhar com isso. Agora que estão totalmente compenetrados, é também o melhor momento para expressar o vosso lado mais transgressor. Podem deixar o bebé ao cuidado dos avós ou de amigos de confiança e passar uma noite fora para brincar aos amantes, sem ter de pensar que o bebé está no quarto ao lado.
XGRAVIDEZX O bebé cresce bem dentro da barriga?… Hoje em dia, felizmente, a medicina põe ao dispor das futuras mamãs uma série de exames que podem tranquilizar mesmo as mais apreensivas. Até às 20 semanas de gravidez, quase todos os bebés se desenvolvem mais ou menos da mesma forma no ventre materno, graças a uma replicação celular constante e muito intensa. No entanto, na segunda metade da gestação, cada feto desenvolve um crescimento individual, condicionado principalmente pelo peso materno e pelos fatores étnicos e de constituição, até atingir as últimas semanas, altura em que o crescimento abranda e o bebé se prepara para nascer. De que forma é calculado o seu peso dentro da barriga e quanto virá a pesar ao nascer? Como saber se o bebé está a crescer bem? SERÁ UM BEBÉ GRANDE OU PEQUENO? COMO SABEMOS SE ESTÁ TUDO BEM? E SE O BEBÉ CRESCE POUCO? O QUE ACONTECE SE FOR UMA GRAVIDEZ DE GÉMEOS? EM QUE PERÍODO É QUE O FETO SE DESENVOLVE MAIS? QUAL É A DIFERENÇA ENTRE MENINOS E MENINAS? QUAL É A INFLUÊNCIA DA ALIMENTAÇÃO DA MÃE? O STRESS PODE TER INFLUÊNCIA?

Em condições fisiológicas normais, o crescimento fetal é determinado pelo peso com que a futura mamã inicia a gestação e pelo seu aumento no decorrer dos nove meses. A condição ideal para que o bebé se desenvolva da melhor maneira é que, no princípio da gravidez, a mulher tenha um peso normal, e que aumente entre 10 a 13 quilos ao longo de todo o processo. Se a gestante tiver um peso inferior ao normal, no início da gravidez, o seu regime alimentar deve ser corrigido, para que acumule as “reservas” suficientes para garantir as necessidades de crescimento do feto. Caso contrário, aumenta a probabilidade de dar à luz um bebé com menos de três quilos.
Pelo contrário, as mulheres que partem com excesso de peso devem moderar o consumo diário de calorias, de modo a controlar um aumento de peso total que possa causar a formação de um bebé macrossómico (de tamanho superior ao habitual).
O crescimento do feto também é influenciado por fatores genéticos: se ambos os progenitores são magros, dificilmente terão um bebé gordinho; no caso de ambos os pais serem de constituição robusta, será improvável que o bebé nasça com pouco peso. E o que acontece quando a mamã e o papá têm diferentes constituições físicas? Na maioria dos casos irá prevalecer a constituição materna.
Normalmente, começa-se a controlar o peso da criança a partir das 20 semanas de gestação. Exceto em caso de patologias graves ou malformações fetais, até às 18-19 semanas todas as crianças se desenvolvem de modo uniforme, enquanto que, a partir daí, podem notar-se diferenças no crescimento. Para o avaliar, a ecografia é o principal instrumento. Este exame tem em conta alguns parâmetros: o diâmetro biparietal (desde a protuberância do osso parietal esquerdo até ao direito, o que corresponde ao ponto de maior largura da cabeça), a circunferência craniana, o diâmetro da circunferência abdominal, e o comprimento do fémur e do úmero.
Estes dados são processados no computador do ecógrafo, o que permite calcular o peso aproximado do feto e compará-lo com o peso de referência para essa semana de gestação, de acordo com o que é estabelecido nas tabelas de crescimento expressas em percentis (idênticas às que o pediatra irá aplicar nos primeiros meses de vida da criança). O ideal é que o peso do feto se situe entre os percentis 30 a 70, ainda que também se considere normal a faixa entre os 10 e os 90. No entanto, apesar de se encontrar dentro dos valores normais, o que conta não é tanto o valor em si, mas a variação no tempo. Por exemplo, um bebé pode situar-se no percentil 20 apenas porque é de constituição franzina, mas, se no decurso da gravidez acompanhar a sua curva de nascimento, considera-se que tudo corre bem. No entanto, se em poucas semanas desce do 40 ao 20 isto pode significar que algo está errado.
O que se passa quando, a dada altura da gravidez, se dá uma diminuição do crescimento fetal? Um eventual atraso do crescimento está relacionado, principalmente, com uma insuficiência da placenta, que surge quando o órgão não consegue assegurar as transferências adequadas entre mãe e filho. Regra geral, os problemas de insuficiência da placenta ocorrem a partir do momento de formação da mesma, uma vez que estão relacionados com um implante defeituoso, apesar de que os seus efeitos só se tornem visíveis na segunda parte da gravidez. Por vezes, a diminuição do crescimento está relacionada com patologias maternas, como a trombofilia (uma coagulação excessiva do sangue devida a causas genéticas) e a hipertensão, sobretudo se origina uma pré-eclâmpsia, patologia grave da gestação que altera o funcionamento da placenta. Menos frequentemente, o problema pode surgir no decurso dos nove meses. É o caso da placenta prévia, quando o órgão se situa nas proximidades de um segmento uterino inferior: na verdade, o tecido da parte inferior do útero é menos rico em vasos sanguíneos e, por esse motivo, é menos adequado para acolher a placenta, logo esta poderia não funcionar plenamente. Do mesmo modo, podem dar-se pequenos desprendimentos da placenta que, mesmo cicatrizando, poderiam reduzir bastante a superfície de transferência entre a mãe e o bebé. Não podemos esquecer também alguns maus hábitos, como o tabaco, que deveria ser eliminado por completo, inclusive antes do início da gravidez, uma vez que causa vasoconstrição e danifica os vasos placentários. Se ocorre um subdesenvolvimento fetal, a intervenção médica vai depender de cada caso, mas o mais eficaz será monitorizar o crescimento, de modo a determinar o momento mais oportuno para que o bebé nasça, uma vez que, caso permaneça no útero, não há garantia de um fornecimento suficiente de nutrição e de oxigénio. E o descanso, poderá ajudar? Sim, sem dúvida, é recomendável levar uma vida mais tranquila, mas não está provado cientificamente que o descanso, por si só, resolva o problema.
Ter dois fetos no ventre implica necessariamente uma redução do crescimento em relação a um feto único, ainda que tudo corra bem e cada criança se desenvolva na sua bolsa amniótica e seja alimentada pela sua placenta (gravidez biamniótica e bicoriónica). Até às 23-24 semanas, os gémeos crescem tal como os fetos únicos, uma vez que há espaço e alimento suficientes para dois. O desenvolvimento abranda um pouco por volta das 38 semanas, altura em que os gémeos pesam, normalmente, 2,8-2,9 quilos, cerca de 15% menos do que o peso de um só bebé, que se situa nos 3,2-3,3 quilos. Não existem curvas de crescimento específicas, mas, em geral, o que seria um percentil 20 para um só bebé, transforma-se no 50 no caso de um gémeo. Normalmente, ambos crescem do mesmo modo, apesar de haver muitas vezes uma diferença de peso na ordem dos 12-15%. As regiões uterinas nas quais a placenta se fixa não têm a mesma capacidade de proporcionar alimento e oxigénio. Isto significa que, quando há um único feto no útero, a placenta costuma instalar-se no melhor local, a partir do qual poderá fazer as transferências ideais com o organismo materno. Quando há duas placentas, uma delas pode alojar-se num local menos favorável e, por esse motivo, um dos bebés poderá crescer menos. Caso a diferença de peso entre ambos ultrapasse os 20%, é aconselhável fazer exames complementares para verificar o funcionamento da placenta. Mais problemática, apesar de rara, é a circunstância em que os gémeos partilham a mesma placenta (monocoriónicos). Neste caso pode dar-se uma troca anómala de sangue entre os dois fetos, em que um deles absorva mais e aumente mais de peso, em detrimento do outro, que aumenta menos.
O crescimento do bebé é mais evidente na segunda metade da gestação, mas é no primeiro trimestre que o seu desenvolvimento é realmente “tumultuoso”, com uma replicação celular muito rápida, que o leva de um minúsculo grão a uma criança já formada com 20 cm de comprimento, a partir da segunda metade da gravidez.
O maior aumento de peso dá-se entre as 33 e 36 semanas, quando o feto aumenta uma média de 200 gramas por semana, para depois abrandar no último período.
Nenhuma: o crescimento não varia em função do género. Isto está demonstrado pelo fato de os percentis de referência serem os mesmos para rapazes e raparigas, apesar de, em média, no final da gestação haver uma diferença de peso da ordem dos 200-300 gramas, ao passo que a diferença de tamanho é mínima.
Uma alimentação variada e equilibrada é fundamental para um desenvolvimento correto do bebé. No entanto, isto não significa que haja alimentos que possam “fazer crescer”. Se o peso materno é normal à partida, para um correto desenvolvimento do bebé é suficiente que a mãe consuma diariamente os principais nutrientes (carboidratos, proteínas, gorduras e oligoelementos), aumentando o consumo de calorias em cerca de 200-300 kcal por dia. Comer mais dando preferência a alimentos ricos em açúcares e gorduras, não faz com que a criança cresça melhor, apenas serve para que aumente excessivamente de peso. É importante recordar que um bebé roliço não é forçosamente um bebé mais saudável. Pelo contrário: sabe-se que os bebés que nascem mais gordinhos são mais frágeis. Isto acontece porque o seu metabolismo se habituou a determinados níveis de açúcar e a adaptação à vida fora do útero pode assim ser mais difícil, chegando a causar crises hipoglicémicas nos casos mais graves. Do mesmo modo, uma alimentação demasiado rica vai submeter o metabolismo da futura mãe a um esforço excessivo, o que poderia acarretar patologias como a diabetes gestacional ou a hipertensão.
Sim, com efeito. Um stress psíquico crónico pode levar a futura mãe a não se alimentar corretamente, a tal ponto que origine um atraso no crescimento fetal. Por outro lado, se se trata de stress agudo, por exemplo, como consequência de um acontecimento especialmente traumático, como uma morte, podem ocorrer contrações uterinas, que poderiam causar um atraso no crescimento e, inclusive, desencadear um parto prematuro.
XAMAMENTAÇÃOX Perde peso: às vezes, é normal A perda fisiológica é um fenómeno comum a todos os recém-nascidos. Não há motivo para preocupação, uma vez que esse peso é recuperado nos primeiros dez dias de vida e apenas demonstra que o bebé goza de uma boa saúde. Nos primeiros três ou quatro dias de vida, o seu bebé perdeu algum peso? Não se preocupe, trata-se de um fenómeno absolutamente natural e comum a todos os recém-nascidos. É apenas o resultado da adaptação do bebé à vida fora do útero da sua mamã. CARACTERÍSTICAS DA PERDA FISIOLÓGICA SIM A MAMAR COM FREQUÊNCIA NÃO À PESAGEM DUPLA E AOS SUPLEMENTOS OBRIGADO POR LER

• Este fenómeno, definido como “perda fisiológica”, equivale a uma perda de cerca de 5 a 8% do peso do bebé ao nascer. Partindo do princípio que o recém-nascido pesa uma média de 3 a 3,5k, a perda de peso fisiológica oscila entre os 150 a 200 gramas. Em qualquer caso, esta diminuição do peso costuma ser superada no decorrer dos primeiros dez dias de vida, ao longo dos quais o bebé vai conseguir recuperar todo o peso perdido.
• A perda fisiológica é o resultado de uma série de fenómenos que ocorrem logo após o nascimento – principalmente a emissão da primeira urina e do mecónio, ou seja, as primeiras fezes do bebé, uma substância viscosa de um negro esverdeado que enche o último pedaço do intestino do bebé, desde a sua vida intrauterina.
• Depois de nascer, o bebé recupera os líquidos através da alimentação graças ao leite materno. No entanto, o alimento vindo da mãe não é abundante nesses primeiros dias. Virá a sê-lo depois da subida do leite, algo que sucede, em geral, três a cinco dias depois do parto. Ao mesmo tempo, no início, o bebé ainda não consegue mamar com força suficiente e o seu apetite ainda é escasso.
Uma vez que a perda fisiológica é um fenómeno absolutamente normal, e apenas demonstra que os rins e os intestinos do bebé funcionam corretamente, é muito importante vivê-la sem preocupação. Vejamos como atuar nos primeiros dias de vida:
• Dê o peito ao bebé o mais cedo possível. A sucção é o mecanismo natural que desencadeia a amamentação e que acelera a subida do leite. Como consequência, o bebé pode garantir todo o alimento de que precisa para recuperar o seu peso.
• Dê de mamar com frequência: quanto mais o bebé sugar, mais irá trabalhar o peito e estimular a produção de leite.
• Se for necessário, acorde o bebé e dê-lhe o peito de modo a manter intervalos frequentes entre as mamadas, principalmente no segundo e terceiro dia de vida, quando o bebé ainda se ressente do stress do nascimento. Mantenha também esta frequência ao longo da noite.
• A perda fisiológica pode levar a mãe a tomar decisões erradas, com medo de que o seu filho não esteja a ser bem alimentado.
• Não desvalorize as propriedades nutritivas do colostro (o primeiro alimento materno, que é um valioso concentrado de proteínas) e ponha o bebé ao peito de imediato, mesmo que apenas produza uma substância amarelada.
• Já em casa, evite pesar o bebé antes e depois de mamar: a pesagem dupla apenas vai gerar uma ansiedade inútil. O crescimento do bebé deve ser avaliado a partir de outros sinais: se faz, pelo menos, cinco xixis por dia e se adormece satisfeito depois de mamar.
• Não recorra a “ajudas” de leite de fórmula, pensando que a perda fisiológica indica que tem pouco leite ou de pouca qualidade: o leite materno é o alimento ideal para o bebé.
• De qualquer forma, se o bebé molha menos de cinco fraldas por dia ou chora de modo muito insistente e sem lágrimas, consulte o pediatra: estes sinais podem indicar uma ligeira desidratação e que o bebé vai continuar a perder peso.
O MEU BEBÉ
Irá receber o seguinte número da revista
na próxima semana

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