Outubro 2017-1 | Revista O Meu Bebé

Outubro 2017-1

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  SAÚDE  

Um sono sem segredos

Entender melhor como funciona o sono da criança permite que os pais ajudem os seus filhos a adquirir hábitos regulares, em benefício da sua saúde. Respondemos às dúvidas mais frequentes.

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Porque é que os bebés dormem quase todo o dia?
Um recém-nascido dorme entre 15-16 horas por dia, mas apenas em média. As diferenças individuais são visíveis: algumas crianças dormem 12 horas e outras chegam às 20. Aos seis meses, a média desce para 12-14 horas de sono por dia. Ao atingir o primeiro ano, a criança dorme cerca de 12 horas. Esta variação deve-se quer a fatores de constituição da criança, quer à aquisição de hábitos familiares e culturais.
• Ao nascer, os bebés não distinguem o dia da noite e o seu sono está fragmentado e distribuído de modo mais ou menos uniforme ao longo das 24 horas. O primeiro sinal de um ritmo circadiano surge por volta da segunda ou terceira semana de vida, quando aparece um período de maior inquietação vespertina, com agitação e até um choro inconsolável: as chamadas “cólicas do lactente”.
Por volta das seis semanas, dá-se um aumento gradual dos períodos de sono noturno, que se consolida entre os dois a três meses. Na nossa cultura, na qual predomina o costume de pôr o bebé a dormir separado dos adultos logo a partir do nascimento, e em que se procura habituá-lo a dormir mais tempo durante a noite, a maioria dos bebés de seis meses dorme umas 4-6 horas seguidas por noite. Do mesmo modo, a partir dos quatro meses, muitos lactentes já têm um ritmo de sono-vigília previsível durante o dia e, por volta dos seis meses, a maioria dorme uma sesta de uma hora a meio da manhã, de duas horas depois do almoço e mais uma horinha ao fim da tarde. Trata-se, certamente, de um hábito relacionado com a influência da cultura de pertença, e que apresenta uma grande variabilidade em função da condição social e familiar.

Porque é que a criança se mexe tanto nos primeiros meses, dá pontapés e agita os braços enquanto dorme?
O movimento durante o sono dá-se durante a fase REM, fase que é mais prolongada no recém-nascido que no adulto. À medida que cresce, esta fase vai encurtando, e, do mesmo modo, vai reduzindo a atividade motora do bebé enquanto dorme.

 Obedecer a uma rotina de boas noites ajuda o bebé a dormir?
Seguir um pequeno ritual, uma sucessão de passos sempre idênticos, que se repetem todas as noites antes de adormecer, ajuda muitíssimo. Quer se trate do banho, dos mimos, do conto ou da canção de embalar, o importante é que se repita com regularidade, mas principalmente (como demonstram alguns estudos), que os pais pratiquem estas rotinas com convicção e envolvimento emocional. Devem ser um momento de intensa comunicação entre o bebé e o adulto, porque, caso contrário, perde a eficácia.

 Porque é que a maioria dos bebés acorda repetidamente ao longo da noite? É por causa de fome, ou qualquer outra coisa?
Os despertares noturnos estão relacionados com a natureza cíclica do sono e não com a fome. O sono é constituído por ciclos, que, nos recém-nascidos, duram 50-60 minutos e, nos adultos, cerca de 90 minutos. Cada ciclo abarca uma fase de sono ativo, na qual se dão os sonhos, e uma de sono tranquilo, sem sonhos. Os ciclos sucedem-se e reagrupam-se em períodos mais ou menos prolongados. Os despertares surgem no final de cada série de ciclos.
Nos primeiros dois meses, quando o bebé acorda costuma comer, uma vez que os ciclos do sono e os das mamadas são bastante coincidentes. Mais adiante, a reorganização dos ciclos de sono-vigília e de fome-saciedade pode acontecer de maneiras diferentes.
A partir dos quatro meses, entra em jogo outro fator. Para os lactentes, dormir transforma-se numa experiência de separação dos pais e, nos meses que se seguem, adormecer e voltar ao sono depois de acordar são situações que irão refletir as características da relação entre os pais e o seu filho. Todas as crianças com menos de um ano acordam várias vezes durante a noite. As crianças com mais facilidade em se separarem dos adultos são aquelas que mais facilmente voltam a dormir, sem pedir ajuda.
Por volta de um ano de idade, as crianças são expostas a uma série de novos estímulos que podem perturbar o seu descanso noturno. Muitas vezes começam a ir para a creche e passam grande parte do dia separadas dos pais. Nesta etapa, a criança sente a necessidade de ser tranquilizada pela presença da mamã e do papá, principalmente à noite: acorda para se certificar que os pais estão consigo.

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 Os recém-nascidos também sonham?
Estudos recentes parecem indicar que as crianças já sonham no útero materno. Observando os movimentos dos seus músculos oculares, os investigadores determinaram que, nos últimos meses de gravidez, os bebés alternam fases de sono tranquilo com fases REM, caracterizadas por movimentos rápidos dos olhos.
É precisamente na fase REM que sonhamos. No adulto, a fase REM constitui cerca de 20% do sono total, ao passo que, no feto, representa cerca de 50%. Por este motivo, considera-se que o feto e o recém-nascido também sonham. Mas, uma vez que o bebé não pode contar, ao acordar, aquilo com que sonhou, as características dos seus sonhos continuam a ser um segredo fascinante.
As emoções fortes e os estados de excitação vividos durante o dia estão na origem dos pesadelos das crianças. Por vezes, os sonhos desagradáveis refletem medos normais no crescimento, como o medo da separação. Outras vezes devem-se a episódios concretos que tenham chamado a atenção da criança. É importante a intervenção dos pais para tranquilizar o seu filho após um pesadelo.

 É verdade que o sono faz crescer as crianças?
Cientistas da Emory University, na Georgia (EUA) comprovaram que os aumentos repentinos do número de horas de sono na rotina diária da criança estão diretamente relacionados com saltos de crescimento, tanto de altura como de peso.
Existe a hipótese de que este fenómeno esteja relacionado com uma maior produção da hormona do crescimento durante o sono profundo. Não há nada de surpreendente neste facto, uma vez que, durante o sono, e de forma diferente nas fases REM e não-REM, ocorrem muitíssimos fenómenos, sobretudo de cariz hormonal, necessários ao desenvolvimento de todos os órgãos. Por este motivo, promover um sono de qualidade significa desenvolver o potencial de crescimento do seu filho.

 Praticar exercício durante o dia ajuda as crianças a dormir melhor à noite?
Quantas mais horas o seu filho dedicar ao exercício físico durante o dia, menos lhe vaserá difícil adormecer à noite. Pelo contrário, cada hora gasta em atividades sedentárias aumenta em três minutos o tempo necessário para que a criança se deixe levar pelo sono. Isto foi demonstrado por um estudo australiano e neozelandês, publicado na revista Archives of Disease in Childhood.
A atividade física diurna favorece um bom descanso noturno, mas convém evitar as brincadeiras demasiado excitantes ao fim da tarde. Caso contrário, a criança, cheia de adrenalina, terá dificuldade em relaxar. O melhor é dedicar a tarde à leitura, a jogos tranquilos e à troca de mimos.

 O sono favorece a aprendizagem?
As pequenas sestas diurnas desempenham um papel fundamental no processo de aprendizagem. Dormir e sonhar ajudam o cérebro em desenvolvimento da criança a guardar na memória aquilo que aprendeu ao longo do dia, bem como a organizar a informação adquirida.
• Entre outros, foi demonstrado por um estudo efetuado por um grupo de psicólogos da Universidade do Arizona (EUA) com bebés de 15 meses e que demonstrou uma maior capacidade de aprendizagem da linguagem por parte das crianças que dormem mais durante o dia.
• Por volta do primeiro ano, as crianças ainda não são capazes de permanecer acordadas todo o dia, de manhã à noite. Por sua vez, os mais velhinhos perdem progressivamente o hábito da sesta. É positivo que se dê à criança a possibilidade de dormir durante o dia, se assim o desejar, mas sem a obrigar se não sentir essa necessidade.

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  AMAMENTAÇÃO  

Qual a duração da mamada?

Os pediatras aconselham que se dê o peito a pedido, ou seja, sempre que o bebé demonstrar ter fome.

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É um instinto totalmente natural. A partir dos primeiros minutos de vida, quando ainda está na sala de parto, o recém-nascido procura o peito da sua mãe. E, nos dias seguintes, está “programado” para passar a maior parte do seu tempo agarrado a ele, a fim de estimular a subida do leite. Mais cedo ou mais tarde, ambos, mamã e bebé, encontram o seu próprio ritmo de sono e peito, mesmo que este seja variável.

NO INÍCIO, MUITA PACIÊNCIA
As primeiras vezes que o bebé mama são demoradas, não apenas porque deste modo a subida do leite se dá mais cedo, mas também para satisfazer uma necessidade afetiva primária. Para um recém-nascido, a mamã é o seu mundo, o seu tudo. Por isso quer estar sempre agarrado ao seu peito. Não se trata de um capricho e sim de uma necessidade básica, como a fome ou o sono, por exemplo. Graças ao rooming-in, a possibilidade de ter o bebé, depois do parto, no mesmo quarto que a mamã, o bebé não tem de se separar dela. Mesmo o simples facto de estarem juntos, pele com pele, estimula a produção de leite.

O recém-nascido tem tendência para mamar durante muito tempo, aproveitando para tomar pequenas quantidades de colostro, um valioso líquido rico em fatores imunitários, que o ajudam a enfrentar o mundo, e em substâncias nutritivas.

A DURAÇÃO É VARIÁVEL
A mamã costuma ter esperança de que, a dada altura, o ritmo das mamadas se regularize. Quem sabe, sonha com dar de mamar 20 minutos de três horas em três horas. Mas não é assim. Alguns bebés mamam 20 vezes por dia durante cinco minutos, enquanto outros o fazem umas seis vezes, mas durante meia-hora. Finalmente, encontra-se um ritmo, mas nunca é igual para cada caso. Depende muito do par formado por mamã-bebé e de outras variantes. Por exemplo, a duração da mamada pode estar relacionada com a estação do ano. Quando está calor, o bebé pede o peito com mais frequência porque tem sede, podendo mamar durante menos tempo.

AMAMENTAÇÃO A PEDIDO
A recomendação unânime de todos os pediatras é que a amamentação seja feita a pedido, ou seja, sem horários nem regras fixas (o que também é válido para a duração da mesma). Tudo se centra na questão de saber se a criança tem realmente fome ou se precisa de outra coisa qualquer.

Por exemplo, se acorda, começa a mexer-se e cerra os punhos ou aperta a mantinha? Isto é um pedido. Antes de lhe dar o peito, pode verificar se é a fralda que precisa de ser mudada ou pedir ao papá ou à avó que lhe peguem ao colo. Na melhor das hipóteses, estava provavelmente aborrecido e precisa de voltar a dormir. É claro que o bebé manifesta uma nítida preferência pela figura materna, pelo que muitas vezes procura o peito apenas para poder estar junto da mamã.

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A FASE DE CALIBRAÇÃO
O que pode fazer a mamã se o bebé quiser estar sempre ao peito? É provável que o bebé mame um bocadinho, adormeça e volte a começar assim que lhe tire o peito. Trata-se de um comportamento muito concreto, que ajuda a estimular o peito e a aumentar a produção de leite, e, para o conseguir, o bebé trata de “esvaziar” o peito o mais que pode. Em termos técnicos, este processo recebe o nome de “calibração” e pode voltar a acontecer mais adiante, quando as necessidades da criança se alteram e aumenta a procura. Isto não quer dizer que a mamã não tenha leite suficiente: é apenas uma fase passageira em que a produção é calibrada em função do aumento da procura. De facto, o bebé nunca deixa de “comunicar” com o peito da sua mamã. Basta deixá-lo que o faça.

STOP ÀS GRETAS
Se o bebé não agarra bem o peito, a pele pode ficar irritada e, em dois ou três dias, aparecem as gretas, pequenos cortes que formam crostas dolorosas. Estas gretas curam-se facilmente se se corrige a posição da boca e a sua inclinação em relação à auréola.

Para isso é necessário:
1. Pedir ajuda a uma assessora da Liga do Leite (http://www.llli.org/portugal.html) ou à sua enfermeira do Centro de Sáude.

2. Depois de dar de mamar, aplicar algumas gotas do seu leite sobre o mamilo e a auréola; deste modo favorece a cicatrização.
3. Deixar o peito ao ar sempre que possível, ou seja, sem sutiã nem discos de amamentação.
4. Evitar os produtos oleosos, difíceis de eliminar na mamada seguinte.

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  PERGUNTA SOBRE…  

Introduzir a fruta e as verduras

Como ultrapassar a desconfiança inicial do bebé face a estes alimentos? O que fazer para que os aceite bem e que goste de os comer? Vamos ver!…

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1 Quando é que se deve começar a dar frutas e verduras à criança?
A partir do momento em que se introduzem os primeiros alimentos diferentes do leite. A fruta é mais fácil pois o seu sabor doce é muito agradável para as crianças. Por este mesmo motivo, as verduras preferidas são as cenouras, a abóbora, as batatas e as curgetes. Pelo contrário, o seu filho é capaz de rejeitar outros vegetais por achar que são “demasiado amargos”. Nunca é demasiado cedo para começar: a partir do quarto mês da gravidez, o bebé já distingue os sabores no líquido amniótico. Por isso, a mamã pode-o ir habituando aos vegetais de sabor mais forte através da sua própria alimentação.

2 O que fazer quando ele já consegue exprimir as suas preferências e recusa estes alimentos?
Acima de tudo, dê o exemplo, já que a criança aprende por imitação: deve comer à mesa os mesmos pratos que os adultos. Também resulta envolvê-la na preparação das refeições, permitindo-lhe mexer, provar, amassar e brincar. Sirva-lhe os vegetais no início da refeição, quando o apetite está mais aguçado, e deixe-a brincar com as cores e as consistências de que mais gosta, como o crocante da cenoura e do funcho crus.

3 E se rejeita algum alimento?
Nunca force o seu filho, nem negoceie (por exemplo: “só comes a sobremesa se acabares as hortaliças”). Se o fizer, está a convencer o seu filho sobre a natureza punitiva das frutas e das verduras. É preferível usar o efeito da repetição, servindo-lhe o mesmo prato passados uns dias. Pode, eventualmente, cozinhá-lo de outra forma: a fruta convertida em gelado, ou então um puré com as verduras menos apreciadas. Para terminar, é importante escolher frutas e verduras da época: isto vai permitir que varie os alimentos ao longo do ano, que conheça novos sabores e que usufrua de todas as suas vitaminas.

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  BEM-ESTAR  

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A gravidez é uma experiência única, que proporciona emoções inesquecíveis, mas que, por vezes, gera um pouco de ansiedade. Como viver os nove meses com tranquilidade? Oferecemos-lhe seis conselhos para cultivar o bem-estar psicofísico e o vínculo com o bebé que cresce dentro de si.

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Informe-se sem medo
O conselho para as futuras mães é de não desistirem de procurar informação, respostas e, sobretudo, apoio. Por esta razão, é importante que o ginecologista e o enfermeiro que seguem a gravidez estejam dispostos e preparados para ouvir as dúvidas e oferecer respostas completas, a fim de construir com a futura mãe uma relação que não seja de tipo “diretivo”, mas sim baseada no apoio e na empatia. Para viver uma gravidez tranquila, a informação é um elemento fundamental, porque permite evitar uma excessiva ansiedade. Se a futura mãe dispõe de informação correta com base em provas científicas, também se resolve o problema do excesso de medicação, que caracteriza, com demasiada frequência, a gravidez e o parto. Um exemplo? A mulher deve estar consciente de que, quando a gravidez decorre de maneira correta, são suficientes duas ou, no máximo, três ecografias. O mesmo se aplica a outras análises e exames, cujo número e frequência dependerão das condições de saúde da mãe e do bebé.

Mais qualidade na mesa
A gravidez pode transformar-se no momento ideal para eleger os alimentos em função da qualidade, dando preferência a uma alimentação ecológica certificada, e concretamente, a frutas e legumes da época e cereais integrais. No que respeita às necessidades nutricionais, durante a gravidez, aumenta a necessidade de calorias, proteínas e minerais, como o cálcio e o ferro. No entanto, isto não significa que as quantidades devam aumentar exageradamente em relação aos hábitos anteriores, principalmente se a futura mãe já tinha uma alimentação equilibrada. Basta acrescentar um iogurte ou um copo de leite, mais uma porção extra de proteínas e carboidratos. Para que o aumento de peso seja harmonioso e regular, é importante espaçar as refeições ao longo do dia (comendo algo a meio da manhã e a meio da tarde), para manter constante a glicemia, ou seja, o nível de glucose no sangue, e evitar a sensação de fraqueza ou cansaço típicos da gravidez. Em conclusão, é aconselhável comer com tranquilidade, degustando e saboreando os alimentos.

Diminua o ritmo
A gravidez é um percurso a dois, uma experiência que a mulher e a criança vivem juntas. No entanto, para conhecer o bebé que cresce dentro de si, é preferível que diminua o ritmo e que se conceda espaços e tempos que permitam alcançar um nível de consciência claro, bem como abandonar a racionalidade e mergulhar no mundo do imaginário, lugar de encontro privilegiado para mãe e filho. Deste modo, a mulher pode preparar-se para o momento do nascimento com uma atitude serena e confiante, sabendo que, durante o parto, uma vez mais, trabalhará junto com o seu bebé, de mútuo acordo.

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Relaxe com música
A música relaxa e repousa o corpo e a mente, estimula o bom humor e favorece o contacto com o bebé que cresce no ventre materno. De facto, a voz da mãe é uma espécie de carinho para a criança, e a carga afetiva que esta lhe transmite falando ou cantando é a base do seu vínculo e da sua compreensão. Confiante e embalado pela voz materna, o pequeno começa a conhecer o mundo e guarda na sua memória sons e melodias que escutou nas últimas semanas de gravidez. Depois de nascer, mostrará preferência por estas melodias. Os efeitos relaxantes da música e do canto também ajudam a mulher na sala de partos, estimulando o sistema endócrino a segregar as endorfinas (substâncias anti-stress, que podem agir como “analgésico” natural durante a dilatação. Igualmente as vocalizações livres e cada vez mais intensas permitem libertar tensões e, ao mesmo tempo, recarregar graças à energia criada pelas vibrações do som. É aconselhável escutar adagios e allegros de Mozart e Vivaldi, músicas que se harmonizam com os nossos ritmos fisiológicos, como o bater do coração e a respiração.

Confie nas suas sensações
É frequente que as futuras mães sejam “bombardeadas” com histórias relacionadas com o parto, vindas de mulheres que já foram mães, e que fornecem detalhes e pormenores da sua experiência, além de opiniões e conselhos, sem ouvir a mãe que vai dar à luz. A consequência é que a futura mãe corre o risco de não se ouvir a si mesma, pensando que deve aprender com as outras e questionando-se sobre se o seu parto será como o da sua amiga, da sua irmã, ou da sua tia. Ao fazer isto, concentra-se no exterior quando o ideal seria que se escutasse a si mesma e ao seu bebé. A futura mãe deve confiar nas suas próprias sensações, bem como respeitar o seu “imaginário”, sabendo que a sua gravidez e o seu parto serão únicos e diferentes de todos os outros. Também deve cultivar a fantasia, encontrando tempo para dedicar a si mesma, relaxar e dar rédea solta aos pensamentos, sonhos e fantasias sobre o seu futuro como mãe e o bebé que vai nascer.

Cuidado com as costas
É importante dedicar às costas uma atenção especial desde o início da gravidez. Há que ter cuidado com a postura adotada e, se a futura mãe trabalha sentada num escritório, por exemplo, é melhor que utilize uma cadeira giratória e regulável em altura, que se adapte à superfície de trabalho, de modo a que mantenha sempre as costas retas. Do mesmo modo, quando tiver de se inclinar para apanhar algum objeto, não deve dobrar as costas e, sim, as pernas. Caso não existam contraindicações médicas, é aconselhável ter uma atividade física moderada, que ajude a futura mãe a manter-se tonificada e em forma. São especialmente indicados os passeios ao ar livre, os exercícios de ginástica suave e as atividades aquáticas: quando a mãe se submerge na água, alivia o peso do corpo e pode mover-se sem qualquer esforço. A atividade física, ao ser agradável e suave, favorece o contacto com o bebé visto que representa uma ocasião ideal para que a mulher se dedique a si mesma, concentrando-se no seu corpo e, em consequência, no seu bebé.

 

OBRIGADO POR LER
O MEU BEBÉ

Irá receber o seguinte número da revista
na próxima semana

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