Março 2018-3 | Revista O Meu Bebé

Março 2018-3

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As frases que nunca deve dizer

Alguns comentários e opiniões podem ter uma influência negativa na tranquilidade da nova mamã, que, pelo contrário, precisa de apoio e incentivo.

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TALVEZ NÃO TENHAS LEITE…
A maioria das futuras mamãs já ouviram esta frase, pelo menos, uma vez na vida. Trata-se de um comentário aparentemente inofensivo, mas que pode minar a confiança da mulher na sua capacidade para alimentar a criança que vai nascer. Porém, porque é que se fala da produção de leite como se fosse uma possibilidade, ao invés de uma certeza?!…

Somos precedidas por duas gerações de mães que, devido a erros na gestão da lactância, não puderam dar o peito aos seus bebés. Deste modo, difundiu-se a ideia de que o aleitamento materno é uma questão de sorte, e que algumas mulheres têm leite e outras não. É uma ideia muito consolidada porque as próprias mulheres, avós e tias – às quais foi dito que havia que seguir horários rígidos, bem como oferecer ao bebé infusões, água e complementos de fórmula artificiais – não sabem como “funciona” a lactância, de modo que, quando o neto chora, propõem à mamã a mesma solução que lhes propuseram há 20 ou 30 anos atrás: dar-lhe o biberão.

Na verdade, as mulheres que não podem dar o peito devido a um problema real são menos de uma em cada mil. Por isso, trata-se de uma exceção muito rara, e não de uma norma. No entanto, nem todas as mães, mesmo que o queiram, conseguem amamentar os seus bebés. Muitas perderam a confiança na sua capacidade para tal. No tempo das nossas mães, não só muitas mulheres fracassavam na amamentação, como também se deparavam com uma grande falta de informação quanto aos motivos para isso acontecer. Estas histórias de fracassos, quando passadas às futuras mamãs, perpetuaram a ideia de que dar o peito é uma probabilidade que depende da sorte, e não uma garantia.

Além disso, se a lactância não começa com o pé direito, transforma-se numa espécie de profecia que se torna realidade, e corre-se o risco de que a mamã se resigne sem procurar soluções. Às vezes, pode ser suficiente um atraso na subida do leite para desanimar a mãe e levá-la a desistir: “Se não tens leite, não tens; não há nada a fazer!”. Pelo contrário: se ultrapassar as dificuldades iniciais com a informação adequada e um pouco de motivação, pode, sim, dar o peito com toda a normalidade!

ELE PENSA QUE EU SOU UMA CHUPETA!!!
Uma vez que, normalmente, no decorrer das 24 horas, os bebés mamam muitas vezes, a mamã pode ser “acusada” de o estar a habituar mal, ou então pode ouvir dizer que está a dar o peito como se fosse uma chupeta. Na verdade, nada mais errado. Quando se recorre à chupeta, é esta que substitui o peito e não o inverso. Nas primeiras semanas posteriores ao nascimento, quando se dá a chupeta ou outros líquidos que não o leite, corremos o risco de interferir no bom andamento da lactância. A produção de leite baseia-se num mecanismo de oferta e procura: quanto mais o bebé mamar, mais leite será produzido pelo organismo materno. Se lhe oferece a chupeta, ao invés do peito, ele até pode aceitar para satisfazer a sua necessidade de chuchar, porém, ao fim do dia, poderá não ter ingerido o leite necessário. Dar o peito com frequência não significa viciar o bebé; a mamã é, na verdade, uma necessidade para ele.

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O MEU LEITE SERÁ NUTRITIVO? PARECE ÁGUA!…
A composição do leite materno é diferente da do leite de vaca. Contém muita água, cerca de 87%, porque deve responder à necessidade de líquidos do bebé. Do mesmo modo, uma vez que não é pasteurizado, tem uma consistência menos densa e é muito mais transparente, principalmente no início da toma. Se a mamã não sabe que isto é normal pode duvidar da qualidade do seu leite. Com efeito, décadas de investigação científica vieram demonstrar que o leite materno é perfeito e dá todas as garantias de uma nutrição adequada a qualquer bebé. Há muitos anos atrás, analisava-se o leite para comprovar as suas propriedades, mas, nesse tempo, não se sabia que a sua composição muda ao longo do dia, e até mesmo no decorrer da mesma toma. Por essa razão, a análise de uma única amostra não tem qualquer utilidade.

VAIS DAR-LHE DE MAMAR OUTRA VEZ? POIS SE ACABOU DE COMER!…
A frequência das tomas depende única e exclusivamente da vontade do bebé. Isto pode suscitar críticas por parte de pessoas que, habituadas à alimentação artificial, se surpreendem ao ver o bebé procurar o peito pouco depois de ter mamado. No peito, o bebé não procura apenas alimento, mas também água e fatores não nutritivos, como anticorpos, hormonas e enzimas necessárias ao seu crescimento e saúde. E, naturalmente, também recebe calor, contacto e carinho. Não é possível saber, com exatidão, o que precisa o bebé no momento em que procura o peito, pelo que não faz sentido fazê-lo esperar. É bom não esquecer que os bebés se regulam a si mesmos e que não existe qualquer risco de que peçam leite “a mais”.

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TENS A CERTEZA QUE O TEU LEITE É SUFICIENTE?
Quando se questiona se a mãe tem leite suficiente, entra-se num terreno delicado, uma vez que esta se sente fortemente responsabilizada a respeito do bem-estar do seu filho. Na verdade, esta dúvida raramente faz sentido, o que se entende facilmente se raciocinarmos em termos fisiológicos: se somos mamíferos e as mamas são glândulas, porque motivo deveriam funcionar apenas a 70% ou a 30%? As pessoas que questionam se o leite é suficiente fazem-no porque, a seu ver, o comportamento do bebé não é normal. Um exemplo é a frequência das tomas: se o bebé procura o peito antes das três horas “estabelecidas”, as pessoas que rodeiam a mamã “ligam” o alarme. Numa imensa maioria de casos, o medo de não ter leite suficiente carece de fundamento porque se baseia numa interpretação incorreta dos sinais emitidos pela criança. Pelo contrário, se existe realmente um problema, a solução não é desistir de amamentar e, sim, corrigir a gestão das tomas, uma vez que, com um pouco de ajuda e paciência, se podem e conseguem superar eventuais dificuldades.

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Quais são os seus medos?

Vejamos os conselhos dos especialistas para vencer os medos que todas as mamãs sentem, em relação ao parto.

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A gravidez corre sem problemas; o bebé cresce bem e está quase a nascer. Todos lhe dizem para estar sossegada, mas, por vezes, é invadida por pequenas dúvidas e preocupações, e pensa que talvez não seja tão fácil como dizem. E se o bebé tiver problemas de saúde, ou não consiga nascer rapidamente, ou sofra durante o parto? Não se deixe vencer pelo medo! Estes receios, e muitos outros, são normais e desaparecem quase de imediato assim que tiver o seu bebé nos braços. Nesse momento será verdadeiramente feliz.

SERÁ QUE VOU RECONHECER O INÍCIO DO PARTO?
Este receio leva muitas mamãs a correr para o hospital, ou clínica, antes do término da gestação.

Não tenha medo porque:
O parto, normalmente, é anunciado por sinais muito evidentes:
As contrações tornam-se regulares: duram cerca de 40 segundos, em intervalos de 5-10 minutos, e apresentam-se, no mínimo, durante duas horas.
A rotura da bolsa de águas, ou seja, do saco que contém o líquido amniótico, no qual o bebé está submerso.
A expulsão do tampão mucoso, a secreção viscosa que indica que o colo do útero se está a modificar.

CONSEGUIREI SUPORTAR AS CONTRAÇÕES?
Este é um dos receios mais frequentes das mamãs de primeira viagem, sobretudo aquelas que ouviram histórias alarmantes de parentes e amigas. De qualquer modo, cada mamã vive a dor de forma diferente. Por vezes, as mulheres que dão à luz antecipadamente sofrem menos que as que têm uma gestação prolongada porque não tiveram tempo suficiente para pensar na dor. Mas também não é garantido que um parto rápido seja menos doloroso. Neste caso, as contrações costumam ser mais fortes e seguidas. No entanto, também é verdade que um parto muito demorado enfraquece visivelmente a resistência física da mãe.

Não tenha medo porque:
Tanto a mãe como o médico podem fazer algo para aliviar o sofrimento.
Por exemplo, é muito útil frequentar um curso de educação maternal ou de preparação para o parto: sabendo antecipadamente as etapas do trabalho de parto, os medos podem ser controlados. Nestes cursos ensinam-se técnicas de relaxamento (treino autónomo respiratório, ioga, hipnose, etc.) que ajudam o corpo e a mente.
Antes do fim da gravidez, o obstetra informa a mamã sobre a possibilidade de enfrentar o parto sem sentir dor, mediante a administração das anestesias epidural ou espinal, que consistem na injeção de um líquido anestésico numa zona da coluna vertebral.

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SERÁ QUE VOU FAZER FORÇA DE FORMA CORRETA?
Este medo está relacionado com a preocupação de que o bebé sofra ao passar pela pélvis ou de que ocorram lacerações. Por vezes também inclui uma componente psicológica: o medo de fazer força pode estar relacionado com a vontade de fugir às responsabilidades.

Não tenha medo porque:
Os cursos de educação maternal ensinam a mulher a fazer força, inclusive através de simulações do parto.

O trabalho da parteira, na sala de partos, também consiste em oferecer apoio psicológico à mamã.
Por vezes, a episiotomia (incisão que é praticada nas últimas fases do período de expulsão) evita as lacerações espontâneas, mais difíceis de suturar. De qualquer modo, estas não afetam a saúde nem a vida sexual da mulher. Podem causar algum incómodo, mas apenas por pouco tempo.

CHEGAREI AO HOSPITAL A TEMPO?
Se a clínica ou o hospital escolhidos para dar à luz forem distantes de casa, a mulher pode recear não chegar a tempo e que o bebé nasça a caminho.

Não tenha medo porque:
Em geral, o parto dura entre seis a oito horas no caso do primeiro filho, e cerca de quatro horas nos seguintes. Por isso, é muito raro acontecer durante o trajeto de casa para o hospital.

E SE FOR PRECISO USAR A VENTOSA?
Algumas mães temem que o parto seja difícil e que o obstetra tenha de ajudar o bebé a nascer.
Além da ventosa (o fórceps já foi praticamente abandonado), uma técnica que causa muito medo às mães é a manobra de Kristeller. Trata-se de uma série de pressões exercidas sobre a barriga a fim de facilitar a descida do bebé para o canal do parto.

Não tenha medo porque:
Estas intervenções, que são necessárias quando a força da mãe é insuficiente, têm a função de encurtar o período de expulsão e aliviar a dor da mãe e o cansaço do bebé. Além disso, só podem ser efetuadas quando o bebé está em perfeitas condições de saúde. De outro modo teria de se recorrer a uma cesariana.

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TEREI DE FAZER UMA CESARIANA?
Um dos receios mais difundidos entre as futuras mamãs é a necessidade de uma intervenção de urgência, devido, por exemplo, a um desprendimento da placenta: no entanto, não há que ter medo porque o pessoal médico está sempre preparado para esta eventualidade.

Não tenha medo porque:
Esta operação foi-se aperfeiçoando ao longo dos anos e as técnicas atuais permitem uma extração imediata do bebé, uma rápida recuperação física da mamã e um dano estético mínimo. Se o que a preocupa é a anestesia, não esqueça que se costuma usar a epidural ou a espinal, que deixam a mamã acordada e que só adormecem os terminais nervosos, a dor da pélvis e das pernas.

E SE HOUVER UMA HEMORRAGIA?
É muito raro haver uma hemorragia durante o parto, mas pode acontecer:
Antes do início do trabalho, devido a uma placenta demasiado baixa ou a um desprendimento da mesma, ainda que corretamente posicionada.
Depois do parto, dentro das primeiras horas, se o útero tiver pouca tonicidade e, por conseguinte, dificuldades em se contrair.

Não tenha medo porque:
• O pessoal médico sabe lidar com estas emergências. Apesar de, no primeiro caso, ser necessário chegar depressa ao hospital, para preservar a saúde da mamã e do bebé, no segundo caso a mãe já está na sala de parto e a hemorragia pode ser controlada facilmente.

VOU CONSEGUIR AMÁ-LO DESDE O PRINCÍPIO?
Mesmo depois de uma gravidez e um parto tranquilos, é possível que a mãe se sinta um pouco distanciada do seu filho. Conhecer o seu bebé “real” é algo que requer um pouco de tempo. E, de facto, a mamã sente orgulho mas misturado com um pouco de medo. “Conseguirei ser uma boa mãe? Conseguirei compreender o meu filho e dar-lhe todo o meu amor?”, são questões que uma mãe recente costuma colocar a si mesma.

Não tenha medo porque:
Nas primeiras semanas após o parto, cerca de 80% das mães sentem-se melancólicas e incapazes de estar à altura das circunstâncias. No entanto, estes sentimentos são normais. Uma vez chegada a casa com o seu filho, dia após dia, com a ajuda do seu companheiro e dos seus entes queridos, a nova família encontrará depressa o equilíbrio. O mais importante é ter paciência e dedicar-se ao bebé sem demasiadas interferências externas, para aprender a conhecê-lo bem.

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E SE TIVER DE RECEBER UMA TRANSFUSÃO?
Neste caso, a mamã costuma ter medo de ser contagiada com sangue infetado:
A transfusão pode ser necessária no caso de um desprendimento da placenta, ao passo que é mais improvável ocorrer uma hemorragia depois do parto.

Não tenha medo porque:
A transfusão de sangue é necessária apenas num caso a cada mil, e o risco de contaminação é praticamente inexistente.

O MEU BEBÉ VAI NASCER SAUDÁVEL?
Apesar das ecografias e dos exames realizados durante a gravidez, a iminência do parto pode despertar na mamã o receio de que o bebé não seja saudável. Ela também pode temer que o nascimento faça o bebé sofrer.

Não tenha medo porque:
Não há nenhuma mãe que não se pergunte isto mesmo, a partir dos primeiros meses de gestação.
No entanto, as probabilidades de que tudo esteja bem são muito elevadas: em 98% dos casos o bebé nasce saudável e adapta-se rapidamente às novas condições de vida.
Durante as consultas mensais ao ginecologista, as ecografias, e, acima de tudo, o parto, a mulher tem de fazer frente à vergonha de se mostrar praticamente nua a uma série de pessoas que nunca viu antes: as que a observam e preparam para o parto, as que vêm a intervalos regulares controlar a dilatação do colo do útero, etc.

Além disso, quando chega o momento de fazer força, acrescenta-se o receio de não conseguir controlar-se. De facto, não é fácil fazer algo tão íntimo em público. No entanto, apesar da vergonha, trata-se de algo natural, com que o pessoal médico está habituado a lidar com toda a normalidade. Nestes momentos, tem de se lembrar que as pessoas que a assistem estão perfeitamente habituadas a ver mulheres nesta situação.

TAMBÉM OS PAIS PODEM SENTIR MEDO
Quais são os maiores motivos de preocupação para o papá?
Magoar o bebé durante as relações sexuais.
Ver a sua companheira sofrer durante o parto e não poder fazer nada para a ajudar.
Não estar à altura das novas responsabilidades.
Perder a juventude, entrando definitivamente para a lista dos novos pais.
Que a sua companheira o deixe em segundo plano, já que está muito ocupada a cuidar do bebé.
Ficar sem tempo para si.
• Ficar em segundo lugar no coração do filho, depois da mãe.

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XSAÚDEX

Costra láctea ou dermatite atópica

Explicamos como distinguir estes dois problemas, quais são os tratamentos adequados e os cuidados a ter com o bebé.

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Nos primeiros meses, muitos bebés apresentam uma alteração da pele da cabeça e de algumas zonas da face e do corpo bastante característica. São formações escamosas ou crostas, mais ou menos grossas, que, nalguns casos, aparecem mesmo nas pregas das extremidades, nas virilhas e atrás das orelhas. Estes sinais, que são normalmente apelidados de crosta láctea, podem traduzir diferentes alterações: as mais comuns são a dermatite seborreica e a dermatite atópica.

COMO RECONHECER O PROBLEMA
A dermatite seborreica, ou “crosta láctea”, manifesta-se nas primeiras semanas de vida do bebé. No couro cabeludo aparecem umas crostas gordurosas e amareladas, agrupadas em forma de placas. Pode estender-se à testa, às sobrancelhas, ao queixo e à zona da fralda. A dermatite seborreica não faz comichão nem provoca irritação e, normalmente, desaparece por si mesma ao fim do terceiro mês.
A característica principal da dermatite atópica é a comichão. A pele tem um aspecto seco, avermelhado e transpirado, com pequenas bolhas e crostas escamosas de cor amarelada. No caso dos lactentes, as zonas afetadas são o couro cabeludo, os cotovelos, as bochechas e os joelhos. É uma doença cutânea crónica e pode reaparecer depois de uma cura aparente.

QUAIS SÃO AS CAUSAS?

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As crostas devem-se a uma excessiva produção de sebo por parte das glândulas da pele. As causas ainda não são de todo claras, mas podemos excluir a lactância materna, o uso de leite de fórmula e outras alergias. Em alguns casos, a responsabilidade tem sido atribuída à imaturidade dos mecanismos que regulam o equilíbrio da pele, ou então a alterações hormonais do bebé.

DERMATITE ATÓPICA
É uma doença genética e, normalmente, a criança e os seus familiares têm, também, outras doenças alérgicas, como a asma brônquica e a rinoconjuntivite alérgica. Em certos casos, também podem ser alergias alimentares.

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HÁ QUE EVITAR…
Lavar as zonas afetadas pela dermatite com demasiada frequência. A água, combinada com produtos de limpeza agressivos, com perfumes e corantes, pode danificar ainda mais a barreira cutânea.
Usar as unhas para tirar as crostas. Deste modo aumenta o risco de infeção.
Vestir a criança com roupas de lã ou sintéticas, materiais que são mal tolerados por uma pele, já de si, irritada.
O contacto direto com animais (pelo de cão e gato), que poderia piorar a situação.

O QUE PODE FAZER
Se se trata de dermatite seborreica, nos casos de pouca importância, basta eliminar as escamas delicadamente, amolecendo-as com azeite ou óleo de amêndoas, e com a ajuda de um pente especial de dentes macios. Durante o banho, pode massajar as zonas afetadas e, no resto do corpo, aplicar um creme hidratante de efeito calmante. Nos casos mais sérios pode ser necessário usar cremes específicos, à base de cortisona.

• Se se trata de dermatite atópica, pelo contrário, deve aplicar um tratamento até curar a doença. Em qualquer caso, deve substituir os sabonetes e os champôs por óleos de banho com efeito calmante, sem perfume nem corantes, bem como manter as unhas da criança curtas e limpas. De facto, quando a criança se coça está a causar pequenas lesões que podem vir a infectar e a obrigar ao uso de antibióticos. Se a comichão for insuportável cabe ao pediatra receitar medicamentos para atenuá-la. Por último, uma vez que a dermatite atópica costuma vir associada a doenças como a rinite e a asma, convém manter o ambiente em volta da criança o mais limpo possível e livre de pó, devido à presença de ácaros.

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XPERGUNTA SOBRE…X

Dor de cabeça
Por vezes, as crianças têm dores de cabeça ou cefaleias, um sintoma associado a várias doenças. Vejamos que causas podem ter e o que fazer.

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1 Que fatores podem causar dor de cabeça a uma criança?
A dor de cabeça que afeta a criança é a mesma de que sofrem os adultos e pode ser hereditária. Existem diversos tipos de fatores desencadeadores que provocam uma contratura muscular involuntária e constante, o que dá origem à cefaleia. Estes fatores podem ser emocionais: falta de sono, problemas familiares, stress devido a exames, a perspetiva de uma viagem longa, ou o uso excessivo do computador. Também pode dever-se a traumatismos cranianos, exercício físico intenso, alterações do ritmo de vida, fadiga ou exposição excessiva ao sol. O consumo de certos alimentos, como o chocolate, a banana, o queijo, ou os frutos secos, também pode provocar dor de cabeça.

2 Em caso de cefaleia, quais são os sintomas alarmantes?
É aconselhável recorrer às Urgências quando a dor começa de repente e é muito intensa; ou quando surge associada a alterações do nível de consciência, a convulsões ou a febre com rigidez da nuca. Nos outros casos, não é necessário ir às Urgências, mas deve consultar o pediatra: por exemplo, se a dor for muito localizada, se é agravada por tosse ou espirros e se a intensidade da dor aumenta.

3 O que podemos fazer, em casa, para aliviar a dor?
Se a dor de cabeça não é forte, basta distrair a criança com outras coisas, deixar que descanse por uns minutos, ou fazer-lhe uma massagem à cabeça. Caso a cefaleia seja intensa, convém deixá-la descansar num local escuro e silencioso. A aplicação de uma compressa fria na testa também pode aliviar a dor. Se for preciso tomar um analgésico, este deve ser prescrito pelo pediatra e há que seguir à risca as suas indicações quanto às doses e horários.

OBRIGADO POR LER
O MEU BEBÉ

Irá receber o seguinte número da revista
na próxima semana

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