Maio 2018-1 | Revista O Meu Bebé

Maio 2018-1

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XDESENVOLVIMENTOX

I love mamã

Propomos algumas brincadeiras muito divertidas para partilhar com o seu filho. E basta um quase nada para fazer do Dia da Mãe uma experiência inesquecível.

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Hoje é um dos dias mais bonitos desde que nasci. É o dia da minha mamã (e de todas as mamãs!) e quero celebrá-lo de uma maneira muito especial: brincando com ela! Nada me faz mais feliz que passar um bocado com a mamã: rio às gargalhadas quando me faz cócegas na barriguinha, quando imitamos o voo de um avião e tocamos o céu com as mãos, quando cantamos a minha música preferida – e ela faz de conta que se engana! – quando me sopra na barriga enquanto tomo banho… São momentos que vou recordar para sempre. Então, também ficou com vontade de os partilhar com o seu filho?

VAMOS TOCAR MARACAS
As crianças gostam muito de música, mas também gostam de barulheira… Pode conseguir ambas as coisas se arranjar uma série de tubos de cartão e os encher com diferentes quantidades de grãos de milho, para obter sons diferentes. O resultado é desastroso? Ainda será pior quando for ele a tentar!…

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APRENDER A VOAR COM A MAMÃ
Este jogo é um clássico: a mamã pega no filho por debaixo dos braços e, segurando-o de barriga para baixo, leva-o a fazer voos acrobáticos pela casa. Dois detalhes indispensáveis: a mamã deve imitar o ruído da hélice e tem de haver sempre alguma turbulência… para que a travessia seja mais emocionante!

BORBULHAS DE DIVERSÃO
Arranje um pequeno tubo de plástico, tipo palhinha, e, durante o banho, meta-o na água provocando uma pequena “tempestade” de borbulhas. Em seguida convide o seu filho a fazer o mesmo (o que vai ser difícil pois estas “palhaçadas” aquáticas o fazem rir à gargalhada). Depois, comece a segunda parte da brincadeira: a hidromassagem! Para isso, faça-lhe cóceguinhas com as borbulhas por todo o corpo.

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BRINCAR COM AS PALAVRAS
Quando a criança começa a dominar a linguagem, diverte-se trocando as palavras ou inventando novos termos. Porque não “obrigá-la” a tropeçar nelas com um trava-línguas? Comece primeiro por recitá-lo para dar o inevitável mau exemplo. Outro jogo de diversão garantida é escolher uma canção em voga e entoá-la, primeiro os dois juntos, e depois à vez. Ganha quem se enganar com mais “fantasia”.

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CÓCEGAS TODOS OS DIAS!
Imite com os dedos uma aranha a caminhar em direção ao bebé, entoando com ar dramático: “Lá vai a aranha Joaninha para picar… a barriguinha!” Nesse momento, faça muitas cócegas na barriguinha do seu filho, provocando-lhe o riso. Depois de alguns segundos de suspense, volte a aproximar-se do bebé mas, desta vez, tocando-lhe o braço ou o rabinho. O pequeno vai agradecer com um sobressalto de cada vez que lhe toque a parte do corpo descrita na canção.

FAZEMOS UM POUCO DE TEATRO?
Escolha algumas peúgas velhas e pinte nelas, com marcadores, as caras dos familiares, exagerando as suas características principais (o nariz grande da tia, a careca do avô…). Meta as mãos nas meias e reproduza algumas cenas quotidianas típicas e divertidas (por exemplo, quando o papá se aborrece porque, como é hábito, não sabe onde deixou o jornal). A criança vai reconhecer a situação e vai desatar a rir! E, se já é um pouco maior, de certeza que vai ter vontade de fazer ela mesma as imitações.

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XSAÚDEX

Tem diarreia

Oferecemos-lhe alguns conselhos para ajudar a combater este incómodo através da alimentação e evitar que a criança fique desidratada.

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A diarreia define-se pelo aumento do número de evacuações, com uma diminuição na sua consistência, acompanhado de qualquer outra manifestação de transtorno intestinal sob forma de cólicas, que deixam o bebé inquieto, a chorar e com falta de apetite. Os vómitos são relativamente frequentes, o que indicia um problema gástrico. Nesse caso, falamos de uma gastroenterite.

• As causas da diarreia podem ser variadas e com diferentes níveis de gravidade, ainda que, por ordem de frequência, a primeira seja a infeção viral, dada a facilidade de contágio, principalmente nas creches e infantários; a segunda causa é um distúrbio da digestão, um fenómeno acidental; finalmente, também pode ser responsabilidade de bactérias, se bem que, neste caso, o quadro costume ser acompanhado de febres altas, defecações com sangue e pus. O mais habitual é que se trate de processos limitados pelo próprio organismo e que se curarão espontaneamente em poucos dias.

A DIETA ADEQUADA
• No caso dos bebés amamentados não se recomenda, nem é necessário, interromper as tomas diárias no peito. Se, além disso, o bebé tem uma alimentação complementar, há que saber que ainda não se conhece bem até que ponto são digestivos os alimentos usados para a diarreia aguda, mesmo sendo tradicional que se use o arroz, a cenoura, a maçã, banana e limão.
Geralmente, não é preciso forçar uma dieta adstringente, que tende a causar prisão de ventre e, muitas vezes, só contribui para que a diarreia se prolongue. O que deve ser feito é eliminar da dieta, por um par de dias, os alimentos laxantes.

• Se o lactente toma leite de fórmula, é recomendável que o retire durante 24 horas, ou mais, caso se verifique que a diarreia não passa. O motivo é que, com a diarreia, elimina-se a mucosa intestinal e perdem-se, assim, as enzimas que digerem a lactose. Isto produz uma intolerância passageira ao leite. Se o bebé já for maiorzinho, pode substituir o leite de fórmula por iogurte, que é muito mais fácil de digerir.

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DESIDRATAÇÃO: O PROBLEMA MAIS SÉRIO
Com os cocós mais moles e frequentes, o bebé perde água e eletrólitos (cloro, sódio, potássio, etc.), o que afeta rapidamente o seu estado geral, podendo chegar à desidratação. Hoje em dia, esta situação diminuiu bastante graças à educação sanitária das famílias, proporcionada pelos seus pediatras.

É importante estar consciente de um sinal precoce de desidratação: a secura das mucosas, manifestada na língua do bebé, que adquire uma textura tipo “lixa”, como a língua de um gato. O pediatra indicará a solução de reidratação indicada para cada bebé. Quando a criança começar a comer com normalidade, deixa de ser necessário administrar estas soluções de reidratação oral, já que o pequeno vai recomeçar a ingerir os eletrólitos, perdidos com a diarreia, através dos alimentos.

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XSAÚDEX

Problemas “íntimos” das crianças

Os problemas que afetam os genitais são mais frequentes nos meninos que nas meninas. Vamos ver porquê e quais são as principais anomalias.

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Partamos de uma premissa: apesar de meninos e meninas terem cromossomas diferentes, no princípio da gestação o embrião de ambos apresenta genitais idênticos. No caso dos meninos, para chegar à diferenciação é necessário que as células dos testículos produzam a hormona masculina (testosterona).

• Isto acontece se estas células forem estimuladas corretamente pela hipófise, uma glândula que é ativada, por sua vez, pelo hipotálamo. Para finalizar, é preciso que a “mensagem” hormonal seja captada pelos órgãos que têm de se desenvolver, o que pressupõe a presença de uma série de células capazes de a receber.

• Ao mesmo tempo, outras células dos testículos, também comandadas pela hipófise, ocupam-se da produção de uma substância inibidora da formação dos órgãos internos femininos (o útero, as trompas, e a parte superior da vagina). É só no final deste processo que se completa a transformação dos genitais masculinos.

• Se algo falha neste mecanismo complexo, o bebé pode apresentar anomalias nos genitais, mais ou menos graves, que necessitarão de uma atenta avaliação e, inclusive, uma eventual correção cirúrgica. Estes problemas costumam exigir uma abordagem multidisciplinar, que prevê a atuação do endocrinologista, do geneticista e do laboratório de análises.

• OS PROBLEMAS MAIS COMUNS •

CRIPTORQUIA OU TESTÍCULO ESCONDIDO
O termo criptorquia refere-se a um testículo que não se pode palpar na sua localização normal, ou seja, na bolsa do escroto.
Há duas situações possíveis: em 80% dos casos, consegue-se palpar o testículo ao longo do trajeto normal da descida inguinal, ou mais acima (neste caso, a denominação mais correta para o problema seria “testículo que ainda não desceu”); e, nos restantes 20%, trata-se de uma verdadeira criptorquia, na qual o testículo não é palpável, logo, está realmente escondido.
A incidência da criptorquia, em todas as suas formas, varia entre 1 a 2% e é mais frequente nos bebés prematuros, uma vez que a descida destes órgãos para a bolsa do escroto se dá nas últimas semanas de gestação. O problema pode afetar um testículo ou ambos.
Se o testículo simplesmente não desceu, é preferível esperar até que o bebé cumpra cinco ou seis meses, período durante o qual, em alguns (poucos) casos, o testículo consegue alcançar o seu lugar de modo espontâneo.
Se não for o caso, a criança terá de ser operada, uma intervenção denominada orquidopexia e que consiste numa pequena incisão inguinal para conduzir o testículo ao seu lugar definitivo. É uma cirurgia de breve duração, praticada com anestesia geral. Normalmente, a criança pode voltar para casa no mesmo dia. A operação não deve ser adiada para lá dos dois anos de idade porque um menino, quando pequeno, não se ressente do trauma psicológico e porque, com a idade, aumenta o risco de reduzir a fertilidade.
Ainda menos eficaz, um outro método para fazer descer o testículo é o tratamento médico hormonal à base de gonadotropinas (que reproduzem a ação das gonadotropinas hipofisárias) ou de um produto sintético administrado por via de um spray nasal, em vez de ter de recorrer a injeções intramusculares.
O tratamento hormonal pode ter bons resultados durante o período pós-operatório: um testículo oculto costuma ser “imaturo”, no sentido em que as células que constituem os precursores dos espermatozóides estão ainda como que “bloqueadas” numa fase infantil. O tratamento médico consegue reativar o processo evolutivo normal, estabelecendo uma melhoria na fertilidade.
Não devemos confundir a criptorquia com o testículo ectópico (“fora de sítio”). Neste caso, o testículo não desce, apenas se desvia do seu caminho: não segue a via do canal inguinal e posiciona-se fora do seu lugar (por exemplo, na parede muscular abdominal, no períneo ou ao lado do pénis). É reconduzido ao seu lugar mediante uma intervenção parecida com a orquidopexia.

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VARICOCELO
O varicocelo acontece a 15% dos homens, com uma maior incidência no período da adolescência. Seja quando for, um especialista pode dar-se conta, logo na infância, de que o menino apresenta uma predisposição a desenvolver este transtorno. Vejamos de que se trata.

• As veias do testículo dilatam-se, como sucede com as varizes, formando um emaranhado evidente na parte superior do escroto, que costuma ser maior que o normal.

• Não se deve adiar a correção do varicocelo para além da adolescência, já que este é uma das causas para a infertilidade masculina. Há várias técnicas para corrigir este problema, ainda que a finalidade de todas seja interromper o fluxo de sangue venoso invertido, que é o que causa a dilatação do plexo venoso que rodeia o testículo. Na idade pediátrica é preferível recorrer à cirurgia: mediante uma pequena incisão inguinal, conectam-se as veias de forma seletiva.

• A cirurgia demora entre 20 a 30 minutos, e o paciente tem alta no mesmo dia. No entanto, há que ter em conta que o varicocelo se pode reproduzir, dependendo do método utilizado.

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A FIMOSE
É um problema frequente e não deve ser considerada patológica: o anel do prepúcio (a pele que envolve a extremidade do pénis) é mais apertado e, por isso, a parte final do pénis fica fechada, exceto no ponto por onde sai a urina.

• Na maioria dos casos trata-se de um falso problema: durante a gestação, a glande e o prepúcio são uma estrutura única, não existe uma zona de separação entre a superfície externa de um e a interna do outro. A separação, que se dá através de um mecanismo natural, inicia-se no final da gestação e pode completar-se até mesmo passados alguns anos do nascimento, por efeito da descamação da pele.

• Por este motivo, qualquer manobra direta para retrair o prepúcio constitui um erro. Se isto não for feito, o desprendimento normal ocorre em cerca de 95% dos casos.

• Só em 1% dos casos é que o responsável pela fimose é a balanite xerótica obliterante, uma doença da pele de causas ainda desconhecidas, que provoca a inflamação crónica da glande e do prepúcio. Neste caso, a fimose é muito densa, com um anel prepucial cicatrizado duro e esbranquiçado. A única solução é a circuncisão, aconselhada a partir dos cinco anos de modo a evitar operar casos que se possam resolver de forma espontânea. Hoje em dia, para evitar os transtornos de uma operação cirúrgica, faz-se, antes, um tratamento local com um creme corticoide. Este tratamento resolve cerca da metade dos casos.

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O TESTÍCULO RETRÁTIL
Fala-se deste problema quando ambos os testículos estão num local mais elevado que o normal, ainda que possam ser reconduzidos, manualmente, à bolsa escrotal. A retratibilidade costuma resolver-se de forma espontânea.

• Se o testículo não pode ser palpado, na metade dos casos está presente na cavidade abdominal; na outra metade, está ausente porque durante a última fase da gestação sucedeu algo que comprometeu a sua vitalidade. Em ambos os casos, há que definir a verdadeira condição: não se pode deixar um testículo na cavidade abdominal já que, com o tempo, virá a perder a sua função.

• Este problema pode ser solucionado através de uma cirurgia ou por laparoscopia. Se o testículo está presente, tenta-se reconduzi-lo ao seu lugar normal. E se já não está ativo, extrai-se o seu resíduo. A falta de um testículo não compromete a futura fertilidade e permite uma vida sexual normal.

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HIPOSPADIA: UM FENÓMENO A AUMENTAR
Neste tipo de problema, o orifício por onde sai a urina não está situado no extremo da glande, como seria normal, mas mais acima ou mais abaixo, dependendo da gravidade da malformação: ao longo do pénis, entre o pénis e o escroto, ao nível do escroto, ou por baixo deste. Normalmente, a este problema junta-se uma curvatura do pénis para a frente ou para baixo. A malformação pode ser de diferentes naturezas: pode ser um problema meramente estético ou uma disfunção funcional, que torna mais difícil o ato de urinar normalmente.

• Para resolver este problema, intervém-se cirurgicamente, de preferência entre os seis meses e um ano de vida, mas sempre antes de se iniciar o período fálico do “desenvolvimento sexual” (2-5 anos). Trata-se de uma operação muito delicada, que deve ser realizada num centro hospitalar especializado.

• A incidência de hipospadia tem vindo a aumentar. para isso contribuem todas as substâncias químicas que, ingeridas, inaladas, ou absorvidas durante as fases iniciais da gravidez, podem alterar o complexo equilíbrio hormonal com consequências para a formação dos órgãos genitais masculinos.

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XTESTX

O que sabe a respeito de gémeos
Os casos de gravidez “dupla” são cada vez mais numerosos. Responda às nossas perguntas e descobrirá algumas curiosidades…

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1. A proporção de partos gemelares é de:
a) Um parto para cada 80 partos únicos.
b) Um parto para cada 160 partos únicos.
c) Um parto para cada 240 partos únicos.

2. Dois gémeos muito parecidos são:
a) Gémeos monozigóticos.

b) Gémeos dizigóticos.
c) Gémeos siameses.

3. O termo “siamês” deriva:
a) Do latim “sumus”, “somos”.

b) De uma raça de gatos oriental que tem camadas numerosas.
c) De um famoso par de irmãos tailandeses.

4. O recurso à cesariana é:
a)
Sempre obrigatório.

b) Não é obrigatório.
c) Avaliado caso a caso.

5. O bebé “mais velho” é:
a) O que nasce primeiro.

b) O que nasce em segundo lugar.
c) Nenhum dos dois.

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1.a – UM PARTO A CADA 80 PARTOS ÚNICOS
A probabilidade de gestações gemelares é de um para cada 80 partos singulares. Nesse caso, dois terços são dizigóticos, e um terço, monozigóticos. Por outro lado, são mais raras as gravidezes múltiplas – três gémeos, quatro gémeos e até mesmo cinco gémeos – que ocorrem, respetivamente, uma vez a cada 8000, 730.000 e 65 milhões de nascimentos.

Há vários estudos que afirmam que a probabilidade de uma gestação dizigótica é influenciada por vários fatores, em primeiro lugar o genético. De facto, existe uma tendência hereditária para a gravidez múltipla que se transmite mais entre as mulheres que entre os homens. Outro fator a ter uma grande influência é o meio ambiente. Está, por exemplo, comprovado que o número crescente de gravidezes dizigóticas, registadas nos últimos anos, está relacionado, em parte, com o consumo de alguns medicamentos usados pelas técnicas de fecundação assistida, para estimular a ovulação em mulheres que têm dificuldade em conceber de forma natural.

2.a – GÉMEOS MONOZIGÓTICOS
Dois bebés iguais em todos os aspetos são gémeos monozigóticos. A sua semelhança deve-se ao facto de derivarem de uma única célula ovular, fecundada por um só espermatozóide, que, a dado momento, se desdobra em dois embriões idênticos. Se a divisão se dá antes dos três primeiros dias a partir da fecundação (18-26% dos casos), cada bebé terá uma placenta e uma bolsa amniótica próprias. Pelo contrário, se a separação ocorre entre o terceiro e o sétimo dia após a fecundação (60-70% dos casos), ambos os fetos partilham uma única placenta, mas terão bolsas amnióticas separadas. Se a separação ocorre entre o 8º e o 13º dia, terão uma única placenta e uma única bolsa (1-2% dos casos). A partir do 14º dia dá-se o caso especial dos gémeos siameses. Procedentes de um único óvulo fecundado, estas crianças são geneticamente idênticas e, por isso, são do mesmo sexo. Pelo contrário, os gémeos dizigóticos não são geneticamente iguais (pelo que podem nem ser parecidos), e podem ser de sexos diferentes. Estes bebés nascem da fecundação de dois óvulos por parte de dois espermatozóides, até mesmo provenientes de duas relações sexuais distintas dentro do mesmo ciclo menstrual. Neste caso, cada criança terá a sua placenta e a sua bolsa amniótica. Entre estes dois gémeos não idênticos existe o mesmo tipo de relação que existe entre irmãos ou irmãs comuns. No entanto, mesmo no caso de gémeos monozigóticos, podem-se sempre encontrar pequenas diferenças, por exemplo, nas impressões digitais. Do mesmo modo, pode existir a chamada “lateralidade em espelho”, ou seja, uma criança pode ser destra e a outra, canhota.

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3.c – DE UM FAMOSOS PARA DE IRMÃOS TAILANDESES
Um caso possível, mas felizmente bastante raro, é o dos gémeos siameses, uma circunstância que ocorre uma vez a cada 120.000 nascimentos. Nesta situação, os corpos das crianças têm dois pontos de união (no tronco, nos braços, na cabeça ou nas pernas), mais ou menos amplos, que, hoje em dia, se conseguem separar em alguns casos, graças às técnicas modernas de cirurgia. Esta anomalia ocorre porque o zigoto se dividiu tardiamente, para lá do 14º dia a partir da fecundação. O termo “siamês” faz referência a um célebre par de gémeos unidos, Chang (que significa “esquerdo”) e Eng (“direito”) Bunker, dois irmãos nascidos no Sião (atual Tailândia) em 1811, unidos no tórax por uma linha de cartilagem. A natureza não foi simpática para eles, no entanto os dois irmãos viveram felizmente unidos durante 63 anos sem que nada lhes faltasse. Deram a volta ao mundo trabalhando num circo, e tornaram-se bastante famosos. Depois, estabeleceram-se nos Estados Unidos, casaram com duas irmãs, Adelaide e Sarah Anne Yates, com as quais trouxeram ao mundo um total de 21 filhos. As mulheres viviam em casas separadas com os seus respetivos filhos, e os gémeos passavam três dias com uma família e outros três com a outra, alternadamente.

4.c – É AVALIADO CASO A CASO
A cesariana não é obrigatória em caso de gravidez gemelar. Pode-se tentar o parto vaginal, com resultados positivos, se há duas bolsas amnióticas e duas placentas, e se ambos os bebés estão em posição cefálica. No entanto, em 60% dos casos, um dos bebés está em posição podálica, o que dificulta muito o parto fisiológico. Por isso, prefere-se recorrer a uma cesariana programada, mesmo no caso de apenas um dos bebés estar em posição podálica ou atravessado no canal de parto, mas também nos casos de gémeos que partilham a mesma bolsa ou uma única placenta, e na presença de uma complicação ou de uma gravidez plurigemelar.

5.a – O PRIMERO A NASCER
Antigamente dizia-se que o mais velho era o que nascia em segundo lugar, com base na suposição de que teria sido o primeiro a ser concebido. Esta teoria carece de fundamento, principalmente no caso de gémeos monozigóticos. Nos certificados de nascimento, o bebé que nasce primeiro é registado como sendo o primogénito. Os gémeos podem vir ao mundo com alguns minutos de diferença, ou até de algumas horas. Por ironia do acaso, Tariq e Tarrance Griffing, do Michigan, não só não nasceram no mesmo dia, como também não nasceram no mesmo ano: Tarrance nasceu às 23:51 de 31 de dezembro de 2008, e Tariq, às 00:17 do 1º de janeiro de 2009.

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O MEU BEBÉ

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na próxima semana

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