Junho 2018-3 | Revista O Meu Bebé

Junho 2018-3

Junho 2018-3

Portada3

ANUNCIO-PACT_205-x-270-mm

XNUTRIÇÃOX

Food therapy
As doenças sazonais debilitam o organismo dos mais novos. Para evitar recaídas é indispensável prestar um pouco mais de atenção ao que come, durante e imediatamente após a doença.

naranja_55165360

GRIPE
A gripe mais vulgar costuma manifestar-se por um mal-estar generalizado e febre alta, mesmo que não haja vómitos ou diarreia. O seu filho fica abatido, por vezes sonolento, e sem apetite.
No início da doença não há qualquer problema se ele deixar de comer alimentos sólidos por um dia (é até mesmo recomendável): isto permite que o organismo poupe as energias que iria gastar na digestão.
Quando há febre, o mais importante é que beba muitas vezes, mesmo que em pequenas quantidades. Deste modo, poderá recuperar os líquidos perdidos com a transpiração (que aumenta) e a respiração (que se torna mais acelerada).
O ideal é que lhe dê bebidas levemente açucaradas, para compensar a acetona que costuma acompanhar a febre.
Sumos e sopas com muito caldo são a escolha perfeita.
Assim que passar a fase aguda inicial, pouco a pouco, a alimentação deve voltar a ser reforçada com alimentos sólidos, em porções reduzidas e sem forçar a criança.

A massa e o arroz são fontes energéticas fundamentais. Podem preparar-se cozidos, com um pouco de azeite e queijo, ou temperados com um condimento leve para verduras.
Durante a convalescença, a fruta fresca (por exemplo, cortada em forma de macedónia) e a verdura (cozida ou em puré) são muito importantes porque fornecem ao organismo os fatores vitamínicos, tão úteis para reforçar as defesas.
O peixe branco (linguado, pescada, tamboril, etc), cozido ou ao vapor, proporciona ao organismo as proteínas e o ferro necessários à sua recuperação.
A carne (vitela ou frango) e o fiambre são também alimentos proteicos e com muito valor energético.

cebolla_216613948

TOSSE
Quando a tosse é contínua, torna-se muito incómoda: não só porque deixa a criança irritada, mas porque também pode causar dores musculares no tórax, dores de cabeça e, durante os ataques mais violentos, pode até provocar vómitos.
É melhor deixar o seu filho comer quando e o que quiser. Obrigá-lo a comer só vai acrescentar tensão à doença, já de si tão desagradável.
Convém que divida as refeições ao longo do dia, comendo pouco de cada vez e com frequência, ao invés de acumular tudo ao almoço e ao jantar, já que um estômago cheio é mais afetado pelas contrações provocadas pela tosse e corre o risco de ter vómitos ou de fazer mal a digestão.
Alguns legumes e condimentos exercem uma ação direta no sistema respiratório, descongestionando as mucosas e combatendo os gérmenes diretamente. É o caso, por exemplo, das cebolas e dos alhos, considerados os melhores alimentos “antitússicos”.

caldo_59790631

RESFRIADO
Quando a criança está constipada, mostra-se nervosa, cansada (o nariz tapado não a deixa descansar em condições) e tem pouco apetite. Além disso, não sente o sabor dos alimentos e custa-lhe engolir.
O que pode ser feito nestes casos?
Administrar líquidos com frequência, pois beber muito vai contribuir para fluidificar o muco nasal e para prevenir as complicações mais comuns. Com o nariz tapado, a criança respira pela boca; as mucosas da cavidade nasal secam e cria-se o ambiente perfeito para o desenvolvimento de gérmenes oportunistas.
Dê-lhe sopas, sobretudo caldo de galinha, em vez de pratos secos. A medicina popular aconselha-o desde sempre e investigações recentes vieram confirmar que o caldo de galinha contém umas substâncias especiais que regulam a secreção do muco. Estas, junto com a cisteína (um aminoácido dotado de propriedades mucolíticas, também presente no caldo de galinha), são responsáveis pela sua eficácia em bloquear as manifestações típicas do resfriado.
Deve escolher alimentos pouco consistentes, que não exijam uma mastigação prolongada, já que as dificuldades respiratórias a tornam mais cansativa: queijo fresco, omelete, croquetes…
Se o resfriado vem acompanhado de dor de garganta, os gelados podem ser um alimento muito útil pois aliviam os incómodos das mucosas irritadas.

arroz_26425117

VÓMITOS E DIARREIA
Por vezes, a gripe manifesta-se através de vómitos intensos ou diarreia. Nestes casos, encher o estômago não é a melhor ideia…
No caso da gripe gastrointestinal, o principal objetivo consiste em evitar a desidratação da criança; durante as fases mais intensas pode dar-lhe, com frequência, água fresca levemente açucarada, em pequenos goles ou com uma colherzinha. Se a diarreia for persistente, beber água de arroz resulta muito bem. Esta é obtida fervendo 25-40 gramas de arroz num litro de água durante meia-hora. Depois, retira-se o arroz e bebe-se apenas o líquido, repartido em copinhos ao longo do dia. Cabe ao pediatra decidir se é conveniente tomar algum medicamento que restaure a hidratação, de acordo com a evolução da doença.
Assim que os vómitos e a diarreia passam, a criança costuma recuperar o apetite rapidamente. Para a satisfazer, basta dar-lhe alimentos fáceis de digerir.
O pão torrado é um bom alimento. Para os maiorzinhos, é ideal com um pouco de compota ou mel.
Para recuperar energias e manter a fome à distância, as massas e o arroz pouco condimentado são alimentos perfeitos. Pelo contrário, deve evitar molhos picantes porque são muito agressivos.
No que diz respeito à fruta, o melhor é prescindir das laranjas e outros cítricos durante uns dias. Por outro lado, recomenda-se a banana pois exerce uma ação protetora na mucosa do estômago.
Depois de uma gripe com vómitos e diarreia, talvez seja difícil digerir verduras cruas. Neste caso, é preferível comê-las cozidas e que não sejam demasiado fibrosas, como, por exemplo, as curgetes e as batatas cozidas.
O peixe cozido ou cozinhado ao vapor é uma opção excelente, tal como as carnes brancas (frango, peru ou coelho), porque são fáceis de digerir devido às suas fibras musculares muito finas.

ler mais

XSAÚDEX

Dermatite da fralda

O contacto com as fezes e a urina pode irritar bastante a pele delicada do bebé. Vejamos como protegê-la.

cambio-pañal

O QUE É
Trata-se de uma inflamação da pele do bebé na zona abrangida pela fralda. Esta irritação é mais frequente a partir dos seis meses.
Com o desmame, as fezes são mais ácidas e a urina mais concentrada, também porque o bebé passa a ingerir menos líquidos. O resultado é que a pele fica avermelhada e o pequeno sente um ardor muito desagradável. Por vezes, a dermatite da fralda pode-se manifestar ao mesmo tempo que a dentição. Isto acontece porque, em certas alturas, o nascer dos dentes é acompanhado por uma redução das defesas do organismo, o que pode deixar a pele mais vulnerável. Noutros casos, a vermelhidão da pele pode ser causada por uma intolerância a um qualquer material de que a fralda é composta. Por este motivo, há que escolher fraldas de boa qualidade.

COMO SE MANIFESTA
A dermatite da fralda é fácil de reconhecer porque afeta precisamente a zona abrangida pela fralda. O avermelhado da pele é uniforme e esta fica muito lisa. Em alguns casos, apresenta manchas vermelhas em relevo, em cujas margens se podem ver pequenas pústulas. São causadas por um fungo, a Candida albicans, o mesmo fungo responsável pelo muguet, que, em alguns casos, se desenvolve na boca do bebé. A pele afetada pelo fungo torna-se mais delicada e, por isso, é mais fácil que se forme um eritema. Para ter a certeza que se trata de uma dermatite, deve esticar a pele situada entre os dedos polegar e índice: se a vermelhidão desaparece, no espaço compreendido entre os dedos, é porque se trata de uma dermatite da fralda.

panal-luxacion_78364489

COMO ATUAR
Em primeiro lugar, deixe que a pele transpire o mais possível, tirando a fralda ao bebé durante algumas horas por dia. Para dormir, pode pôr uma capa, sobre o colchão do berço, num tecido especial que o proteja.
Se o rabinho estiver muito inflamado até mesmo a água pode piorar a situação, ela pode contribuir para eliminar a película hidrolipídica que protege a pele. É preferível não insistir demasiado na água e alternar com um óleo específico para crianças. Não use produtos agressivos, apenas sabonetes indicados para bebés.
Depois de lavar o rabinho e os genitais, seque a pele muito bem, caso contrário a humidade poderia prejudicá-la ainda mais. Seque-a delicadamente, com leves toques em toda a área, usando uma toalha de linho ou algodão. Também pode completar a operação com um secador, utilizando o ar morno e a uma distância de cerca de 30 centímetros.
Para reduzir a inflamação, pode aplicar um creme à base de óxido de zinco em cada muda de fralda, aplicando-o na zona avermelhada: funciona como uma barreira protetora contra os gérmenes e os ácidos das fezes e da urina. Há, também, pomadas que contêm inibidores das enzimas irritantes produzidas pelas fezes.

QUANDO IR AO MÉDICO
A dermatite da fralda, principalmente quando está muito acentuada, pode ter a aparência de uma pequena queimadura, com perda da camada superior da pele. Neste caso, há que dirigir-se ao pediatra que indicará o melhor tratamento. Em casos muito raros, esta forma de dermatite pode ser um sintoma de outras infeções ou doenças; se este problema se repete com alguma frequência, deve, também, consultar o pediatra.
Se reparar que a vermelhidão aparece depois de o bebé ter comido determinados alimentos, peça conselho ao médico: será, talvez, necessário alterar a sua alimentação (por exemplo, porque pode ser demasiado rica em açúcares ou proteínas).

cambio-panal_118466263

O QUE NÃO FAZER
Quando a vermelhidão não desaparece, evite a tentação de usar pomadas antibióticas ou com cortisona, aconselhadas por amigas ou familiares, e procure o pediatra, que identificará a causa da inflamação.
Quando lavar o bebé, não esfregue as zonas irritadas com esponjas ou luvas de banho e utilize água corrente morna.
Nunca use sabonetes agressivos, que possam alterar o pH natural da pele, ou qualquer tipo de leites de limpeza ou hidratantes que não sejam adequados para o bebé.
Não lhe ponha fraldas demasiado apertadas, porque o roçar da fralda é uma das principais causas da irritação. Pelo contrário, o ideal é usar fraldas de última geração que contêm substâncias especiais que “capturam” a água da urina e que têm uma medida superior à normal, para evitar o roçar com a pele e assegurar uma maior capacidade de absorção.

ler mais

XBELEZAX

Bonita da cabeça aos pés

O melasma gestacional (manchas escuras), as estrias, os problemas de circulação e a comichão provocada pela transpiração. Saiba tudo o que pode fazer para desfrutar dos benefícios do verão e evitar más recordações…

belleza_57398119preñada

O PROBLEMA DAS MANCHAS
As mulheres de pele escura correm um risco maior de sofrer de melasma gestacional, já que são predispostas a produzir mais melanina (o pigmento que defende a pele das irradiações excessivas). A isto vem juntar-se a ação de hormonas como a progesterona e os estrogénios que, ao aumentar de nível, estimulam a produção de melanina. Esta forma manchas mais escuras, principalmente no rosto: testa, bochechas, base do nariz e contorno dos lábios são as zonas mais afetadas. O sol não é o responsável direto, mas pode piorar a situação. Por isso, aconselha-se que use um filtro solar elevado ao longo de todas as férias, repondo-o a cada duas horas.

O PRURIDO AUMENTA
Durante a gravidez, transpira-se muito mais do que o normal. A “culpada” é a tiróide, que, neste período, trabalha o dobro e estimula as glândulas sudoríparas. Se permanecemos na cidade e o tempo está quente e húmido, a transpiração pode chegar a irritar a pele. O chamado “prurido gestacional” abarca diferentes tipos de dermatoses: as formas mais vulgares devem-se a uma especial reatividade cutânea (estimulada pelos estrogénios) a fatores que são facilmente tolerados em condições normais; é o caso do suor. Nestes casos, é conveniente aplicar cremes com óxido de zinco, que acalmam a comichão e absorvem as gotinhas que se formam sobre a pele. Também é aconselhável que use roupas macias e leves, em tecidos naturais.

crema-estrias_203828380

MÁXIMA HIDRATAÇÃO
Durante a gravidez, a pele é submetida a uma tensão progressiva e à ação das hormonas, o que debilita as fibras elásticas e o colagénio. A derme (a camada profunda da pele), submetida a essa tensão, adquire gretas e surgem estrias vermelhas e finas, que se tornarão esbranquiçadas após o parto. Podem ter relevo ou formar pequenos sulcos, e aparecem no abdómen, nos seios, nos glúteos e nos músculos, devido ao aumento de volume. Depois do duche, do banho de mar, ou da exposição ao sol, deve aplicar um creme hidratante com vitaminas C e E, que exercem uma ação antioxidante. Do mesmo modo, para manter um equilíbrio correto do pH da pele, é fundamental que beba muita água, principalmente durante o verão.

PERNAS INCHADAS
O aumento de volume do útero e as alterações hormonais dificultam a circulação sanguínea, causando inchaço e sensação de peso nas pernas. O calor também pode dilatar os vasos e causar varizes nas pessoas predispostas a isso. Para combater estes problemas, aplique todos os dias um creme hidratante em suaves massagens circulares. Este tratamento deve ser alternado com um produto refirmante, que estimule a tonificação dos tecidos e favoreça a micro circulação. Se sente as pernas inchadas ou pesadas, também pode aplicar um creme ou gel com propriedades calmantes e refrescantes, que proporcionam um alívio imediato.

ler mais

XGRAVIDEZX

O que é a listeria?

A listeria é uma doença pouco frequente, mas a que deve estar atenta devido a eventuais danos que possa causar ao bebé, durante a gestação.

cocinar_190751234

Durante a gravidez, a probabilidade de contrair listeria aumenta, porque, neste período, ocorre um desajuste do sistema imunológico, o que faz com que a futura mamã fique especialmente vulnerável a infeções. A via de entrada da listeria dá-se através da ingestão de alimentos contaminados.
A sintomatologia apresentada pela grávida costuma ser de carácter ligeiro, podendo aparecer um quadro pseudo gripal pouco específico, distúrbios gastrointestinais e febre. No entanto, esta infeção também pode desenvolver-se sem que se manifeste qualquer sintoma. Entretanto, a nível fetal e neonatal, as suas repercussões podem ser graves dependendo das condições em que se encontram tanto a mãe, como o bebé.
Toda a mulher grávida que apresente um quadro febril, quer seja acompanhado por outros sintomas, ou não, deve acorrer às Urgências imediatamente, para ser examinada.

lavar-manos_184542413

MEDIDAS DE PREVENÇÃO
Evitar as carnes processadas, bem como as salsichas tipo Frankfurt, sempre e desde que não tinham sido previamente cozinhadas.
Não é recomendável consumir queijos moles, tipo Brie, Camembert, feta ou queijo azul. Pelo contrário, os queijos duros ou semiduros, como a mozzarella, e os de barrar, podem ser consumidos sem problemas.
Quanto aos lacticínios, em geral, só devem ser consumidos os pasteurizados.
São desaconselháveis os patês que não tenham sido previamente enlatados e esterilizados.
Deve-se evitar a ingestão de todos os fumados (salmão, bacalhau, etc.) que exijam refrigeração, bem como peixe e marisco cru.
É preferível não consumir saladas preparadas: substitua-as por saladas caseiras, pois pode ter a certeza de que estão bem lavadas.
As carnes cruas devem ser cozinhadas a altas temperaturas, antes de serem servidas; além disso, assegure-se de que os pratos pré-cozinhados e os restos de outras refeições são bem aquecidos.
É importante lavar bem os utensílios de cozinha e as bancadas onde prepara os alimentos.
Não deve misturar os alimentos crus com os que já estão prontos a ser consumidos, de modo a evitar uma contaminação cruzada.
Lave sempre bem as mãos antes de mexer em alimentos.

OBRIGADO POR LER
O MEU BEBÉ

Irá receber o seguinte número da revista
na próxima semana

Comments are closed, but trackbacks and pingbacks are open.