

XNUTRIÇÃOX
Food therapy
As doenças sazonais debilitam o organismo dos mais novos. Para evitar recaídas é indispensável prestar um pouco mais de atenção ao que come, durante e imediatamente após a doença.

GRIPE
A gripe mais vulgar costuma manifestar-se por um mal-estar generalizado e febre alta, mesmo que não haja vómitos ou diarreia. O seu filho fica abatido, por vezes sonolento, e sem apetite.
• No início da doença não há qualquer problema se ele deixar de comer alimentos sólidos por um dia (é até mesmo recomendável): isto permite que o organismo poupe as energias que iria gastar na digestão.
• Quando há febre, o mais importante é que beba muitas vezes, mesmo que em pequenas quantidades. Deste modo, poderá recuperar os líquidos perdidos com a transpiração (que aumenta) e a respiração (que se torna mais acelerada).
• O ideal é que lhe dê bebidas levemente açucaradas, para compensar a acetona que costuma acompanhar a febre.
• Sumos e sopas com muito caldo são a escolha perfeita.
• Assim que passar a fase aguda inicial, pouco a pouco, a alimentação deve voltar a ser reforçada com alimentos sólidos, em porções reduzidas e sem forçar a criança.
• A massa e o arroz são fontes energéticas fundamentais. Podem preparar-se cozidos, com um pouco de azeite e queijo, ou temperados com um condimento leve para verduras.
• Durante a convalescença, a fruta fresca (por exemplo, cortada em forma de macedónia) e a verdura (cozida ou em puré) são muito importantes porque fornecem ao organismo os fatores vitamínicos, tão úteis para reforçar as defesas.
• O peixe branco (linguado, pescada, tamboril, etc), cozido ou ao vapor, proporciona ao organismo as proteínas e o ferro necessários à sua recuperação.
• A carne (vitela ou frango) e o fiambre são também alimentos proteicos e com muito valor energético.

TOSSE
Quando a tosse é contínua, torna-se muito incómoda: não só porque deixa a criança irritada, mas porque também pode causar dores musculares no tórax, dores de cabeça e, durante os ataques mais violentos, pode até provocar vómitos.
• É melhor deixar o seu filho comer quando e o que quiser. Obrigá-lo a comer só vai acrescentar tensão à doença, já de si tão desagradável.
• Convém que divida as refeições ao longo do dia, comendo pouco de cada vez e com frequência, ao invés de acumular tudo ao almoço e ao jantar, já que um estômago cheio é mais afetado pelas contrações provocadas pela tosse e corre o risco de ter vómitos ou de fazer mal a digestão.
• Alguns legumes e condimentos exercem uma ação direta no sistema respiratório, descongestionando as mucosas e combatendo os gérmenes diretamente. É o caso, por exemplo, das cebolas e dos alhos, considerados os melhores alimentos “antitússicos”.

RESFRIADO
Quando a criança está constipada, mostra-se nervosa, cansada (o nariz tapado não a deixa descansar em condições) e tem pouco apetite. Além disso, não sente o sabor dos alimentos e custa-lhe engolir.
O que pode ser feito nestes casos?
• Administrar líquidos com frequência, pois beber muito vai contribuir para fluidificar o muco nasal e para prevenir as complicações mais comuns. Com o nariz tapado, a criança respira pela boca; as mucosas da cavidade nasal secam e cria-se o ambiente perfeito para o desenvolvimento de gérmenes oportunistas.
• Dê-lhe sopas, sobretudo caldo de galinha, em vez de pratos secos. A medicina popular aconselha-o desde sempre e investigações recentes vieram confirmar que o caldo de galinha contém umas substâncias especiais que regulam a secreção do muco. Estas, junto com a cisteína (um aminoácido dotado de propriedades mucolíticas, também presente no caldo de galinha), são responsáveis pela sua eficácia em bloquear as manifestações típicas do resfriado.
• Deve escolher alimentos pouco consistentes, que não exijam uma mastigação prolongada, já que as dificuldades respiratórias a tornam mais cansativa: queijo fresco, omelete, croquetes…
• Se o resfriado vem acompanhado de dor de garganta, os gelados podem ser um alimento muito útil pois aliviam os incómodos das mucosas irritadas.

VÓMITOS E DIARREIA
Por vezes, a gripe manifesta-se através de vómitos intensos ou diarreia. Nestes casos, encher o estômago não é a melhor ideia…
• No caso da gripe gastrointestinal, o principal objetivo consiste em evitar a desidratação da criança; durante as fases mais intensas pode dar-lhe, com frequência, água fresca levemente açucarada, em pequenos goles ou com uma colherzinha. Se a diarreia for persistente, beber água de arroz resulta muito bem. Esta é obtida fervendo 25-40 gramas de arroz num litro de água durante meia-hora. Depois, retira-se o arroz e bebe-se apenas o líquido, repartido em copinhos ao longo do dia. Cabe ao pediatra decidir se é conveniente tomar algum medicamento que restaure a hidratação, de acordo com a evolução da doença.
• Assim que os vómitos e a diarreia passam, a criança costuma recuperar o apetite rapidamente. Para a satisfazer, basta dar-lhe alimentos fáceis de digerir.
• O pão torrado é um bom alimento. Para os maiorzinhos, é ideal com um pouco de compota ou mel.
• Para recuperar energias e manter a fome à distância, as massas e o arroz pouco condimentado são alimentos perfeitos. Pelo contrário, deve evitar molhos picantes porque são muito agressivos.
• No que diz respeito à fruta, o melhor é prescindir das laranjas e outros cítricos durante uns dias. Por outro lado, recomenda-se a banana pois exerce uma ação protetora na mucosa do estômago.
• Depois de uma gripe com vómitos e diarreia, talvez seja difícil digerir verduras cruas. Neste caso, é preferível comê-las cozidas e que não sejam demasiado fibrosas, como, por exemplo, as curgetes e as batatas cozidas.
• O peixe cozido ou cozinhado ao vapor é uma opção excelente, tal como as carnes brancas (frango, peru ou coelho), porque são fáceis de digerir devido às suas fibras musculares muito finas.
XSAÚDEX Dermatite da fralda O contacto com as fezes e a urina pode irritar bastante a pele delicada do bebé. Vejamos como protegê-la. O QUE É COMO SE MANIFESTA COMO ATUAR QUANDO IR AO MÉDICO O QUE NÃO FAZER

Trata-se de uma inflamação da pele do bebé na zona abrangida pela fralda. Esta irritação é mais frequente a partir dos seis meses.
• Com o desmame, as fezes são mais ácidas e a urina mais concentrada, também porque o bebé passa a ingerir menos líquidos. O resultado é que a pele fica avermelhada e o pequeno sente um ardor muito desagradável. Por vezes, a dermatite da fralda pode-se manifestar ao mesmo tempo que a dentição. Isto acontece porque, em certas alturas, o nascer dos dentes é acompanhado por uma redução das defesas do organismo, o que pode deixar a pele mais vulnerável. Noutros casos, a vermelhidão da pele pode ser causada por uma intolerância a um qualquer material de que a fralda é composta. Por este motivo, há que escolher fraldas de boa qualidade.
• A dermatite da fralda é fácil de reconhecer porque afeta precisamente a zona abrangida pela fralda. O avermelhado da pele é uniforme e esta fica muito lisa. Em alguns casos, apresenta manchas vermelhas em relevo, em cujas margens se podem ver pequenas pústulas. São causadas por um fungo, a Candida albicans, o mesmo fungo responsável pelo muguet, que, em alguns casos, se desenvolve na boca do bebé. A pele afetada pelo fungo torna-se mais delicada e, por isso, é mais fácil que se forme um eritema. Para ter a certeza que se trata de uma dermatite, deve esticar a pele situada entre os dedos polegar e índice: se a vermelhidão desaparece, no espaço compreendido entre os dedos, é porque se trata de uma dermatite da fralda.
• Em primeiro lugar, deixe que a pele transpire o mais possível, tirando a fralda ao bebé durante algumas horas por dia. Para dormir, pode pôr uma capa, sobre o colchão do berço, num tecido especial que o proteja.
• Se o rabinho estiver muito inflamado até mesmo a água pode piorar a situação, ela pode contribuir para eliminar a película hidrolipídica que protege a pele. É preferível não insistir demasiado na água e alternar com um óleo específico para crianças. Não use produtos agressivos, apenas sabonetes indicados para bebés.
• Depois de lavar o rabinho e os genitais, seque a pele muito bem, caso contrário a humidade poderia prejudicá-la ainda mais. Seque-a delicadamente, com leves toques em toda a área, usando uma toalha de linho ou algodão. Também pode completar a operação com um secador, utilizando o ar morno e a uma distância de cerca de 30 centímetros.
• Para reduzir a inflamação, pode aplicar um creme à base de óxido de zinco em cada muda de fralda, aplicando-o na zona avermelhada: funciona como uma barreira protetora contra os gérmenes e os ácidos das fezes e da urina. Há, também, pomadas que contêm inibidores das enzimas irritantes produzidas pelas fezes.
A dermatite da fralda, principalmente quando está muito acentuada, pode ter a aparência de uma pequena queimadura, com perda da camada superior da pele. Neste caso, há que dirigir-se ao pediatra que indicará o melhor tratamento. Em casos muito raros, esta forma de dermatite pode ser um sintoma de outras infeções ou doenças; se este problema se repete com alguma frequência, deve, também, consultar o pediatra.
Se reparar que a vermelhidão aparece depois de o bebé ter comido determinados alimentos, peça conselho ao médico: será, talvez, necessário alterar a sua alimentação (por exemplo, porque pode ser demasiado rica em açúcares ou proteínas).
• Quando a vermelhidão não desaparece, evite a tentação de usar pomadas antibióticas ou com cortisona, aconselhadas por amigas ou familiares, e procure o pediatra, que identificará a causa da inflamação.
• Quando lavar o bebé, não esfregue as zonas irritadas com esponjas ou luvas de banho e utilize água corrente morna.
• Nunca use sabonetes agressivos, que possam alterar o pH natural da pele, ou qualquer tipo de leites de limpeza ou hidratantes que não sejam adequados para o bebé.
• Não lhe ponha fraldas demasiado apertadas, porque o roçar da fralda é uma das principais causas da irritação. Pelo contrário, o ideal é usar fraldas de última geração que contêm substâncias especiais que “capturam” a água da urina e que têm uma medida superior à normal, para evitar o roçar com a pele e assegurar uma maior capacidade de absorção.
XBELEZAX Bonita da cabeça aos pés O melasma gestacional (manchas escuras), as estrias, os problemas de circulação e a comichão provocada pela transpiração. Saiba tudo o que pode fazer para desfrutar dos benefícios do verão e evitar más recordações… O PROBLEMA DAS MANCHAS O PRURIDO AUMENTA MÁXIMA HIDRATAÇÃO PERNAS INCHADAS

As mulheres de pele escura correm um risco maior de sofrer de melasma gestacional, já que são predispostas a produzir mais melanina (o pigmento que defende a pele das irradiações excessivas). A isto vem juntar-se a ação de hormonas como a progesterona e os estrogénios que, ao aumentar de nível, estimulam a produção de melanina. Esta forma manchas mais escuras, principalmente no rosto: testa, bochechas, base do nariz e contorno dos lábios são as zonas mais afetadas. O sol não é o responsável direto, mas pode piorar a situação. Por isso, aconselha-se que use um filtro solar elevado ao longo de todas as férias, repondo-o a cada duas horas.
Durante a gravidez, transpira-se muito mais do que o normal. A “culpada” é a tiróide, que, neste período, trabalha o dobro e estimula as glândulas sudoríparas. Se permanecemos na cidade e o tempo está quente e húmido, a transpiração pode chegar a irritar a pele. O chamado “prurido gestacional” abarca diferentes tipos de dermatoses: as formas mais vulgares devem-se a uma especial reatividade cutânea (estimulada pelos estrogénios) a fatores que são facilmente tolerados em condições normais; é o caso do suor. Nestes casos, é conveniente aplicar cremes com óxido de zinco, que acalmam a comichão e absorvem as gotinhas que se formam sobre a pele. Também é aconselhável que use roupas macias e leves, em tecidos naturais.
Durante a gravidez, a pele é submetida a uma tensão progressiva e à ação das hormonas, o que debilita as fibras elásticas e o colagénio. A derme (a camada profunda da pele), submetida a essa tensão, adquire gretas e surgem estrias vermelhas e finas, que se tornarão esbranquiçadas após o parto. Podem ter relevo ou formar pequenos sulcos, e aparecem no abdómen, nos seios, nos glúteos e nos músculos, devido ao aumento de volume. Depois do duche, do banho de mar, ou da exposição ao sol, deve aplicar um creme hidratante com vitaminas C e E, que exercem uma ação antioxidante. Do mesmo modo, para manter um equilíbrio correto do pH da pele, é fundamental que beba muita água, principalmente durante o verão.
O aumento de volume do útero e as alterações hormonais dificultam a circulação sanguínea, causando inchaço e sensação de peso nas pernas. O calor também pode dilatar os vasos e causar varizes nas pessoas predispostas a isso. Para combater estes problemas, aplique todos os dias um creme hidratante em suaves massagens circulares. Este tratamento deve ser alternado com um produto refirmante, que estimule a tonificação dos tecidos e favoreça a micro circulação. Se sente as pernas inchadas ou pesadas, também pode aplicar um creme ou gel com propriedades calmantes e refrescantes, que proporcionam um alívio imediato.
XGRAVIDEZX O que é a listeria? A listeria é uma doença pouco frequente, mas a que deve estar atenta devido a eventuais danos que possa causar ao bebé, durante a gestação. Durante a gravidez, a probabilidade de contrair listeria aumenta, porque, neste período, ocorre um desajuste do sistema imunológico, o que faz com que a futura mamã fique especialmente vulnerável a infeções. A via de entrada da listeria dá-se através da ingestão de alimentos contaminados. MEDIDAS DE PREVENÇÃO OBRIGADO POR LER

• A sintomatologia apresentada pela grávida costuma ser de carácter ligeiro, podendo aparecer um quadro pseudo gripal pouco específico, distúrbios gastrointestinais e febre. No entanto, esta infeção também pode desenvolver-se sem que se manifeste qualquer sintoma. Entretanto, a nível fetal e neonatal, as suas repercussões podem ser graves dependendo das condições em que se encontram tanto a mãe, como o bebé.
• Toda a mulher grávida que apresente um quadro febril, quer seja acompanhado por outros sintomas, ou não, deve acorrer às Urgências imediatamente, para ser examinada.
• Evitar as carnes processadas, bem como as salsichas tipo Frankfurt, sempre e desde que não tinham sido previamente cozinhadas.
• Não é recomendável consumir queijos moles, tipo Brie, Camembert, feta ou queijo azul. Pelo contrário, os queijos duros ou semiduros, como a mozzarella, e os de barrar, podem ser consumidos sem problemas.
• Quanto aos lacticínios, em geral, só devem ser consumidos os pasteurizados.
• São desaconselháveis os patês que não tenham sido previamente enlatados e esterilizados.
• Deve-se evitar a ingestão de todos os fumados (salmão, bacalhau, etc.) que exijam refrigeração, bem como peixe e marisco cru.
• É preferível não consumir saladas preparadas: substitua-as por saladas caseiras, pois pode ter a certeza de que estão bem lavadas.
• As carnes cruas devem ser cozinhadas a altas temperaturas, antes de serem servidas; além disso, assegure-se de que os pratos pré-cozinhados e os restos de outras refeições são bem aquecidos.
• É importante lavar bem os utensílios de cozinha e as bancadas onde prepara os alimentos.
• Não deve misturar os alimentos crus com os que já estão prontos a ser consumidos, de modo a evitar uma contaminação cruzada.
• Lave sempre bem as mãos antes de mexer em alimentos.
O MEU BEBÉ
Irá receber o seguinte número da revista
na próxima semana

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