
DESENVOLVIMENTO
Brincadeiras que o fazem feliz
Propomos-lhe brincadeiras e jogos simples que irão despertar o sorriso do seu bebé e, ao mesmo tempo, transmitir-lhe bem-estar, confiança e… muita diversão!

UMA CANÇÃO DE EMBALAR FEITA DE VENTO E FOLHAS
Desde os primeiros meses pode começar a educar o seu filho no respeito pelo ambiente. Como? Com uma canção de embalar “ecológica”. Para o aproximar dos sons “verdes” ponha-lhe música suave, inspirada na natureza: o som da água a correr, do vento, o canto dos pássaros e o ruido das folhas. São melodias muito relaxantes e fáceis de encontrar em CD e que, certamente, a criança irá adorar, já que a acalmam e lhe dão serenidade e bem-estar. Em alternativa, também pode fabricar em casa pequenos instrumentos para que o bebé conheça alguns sons naturais. Um clássico: o chocalho. Para fazer um artesanal só precisa de uma cabacinha seca. Quando a agitar, as sementes produzirão o som da típica maraca da América do Sul. Também consegue o mesmo resultado cortando um pedaço de cana de bambu e enchendo-o com pedrinhas. Depois de tapar os dois extremos com rolhas, terá um chocalho de notas suaves. No entanto, é preciso ter cuidado: as pedrinhas e sementes não devem sair, já que a criança as poderia levar à boca, o que é perigoso.
O AVIÃOZINHO
Levante a criança, mantendo-a esticada de barriga para baixo e percorra a casa imitando um “avião”. O som é muito importante: acompanhe as “manobras” fazendo o ruído do motor. De vez em quando, crie o efeito “poços de ar”: a criança sentirá um arrepio provocado pela sensação de estar a cair. Se estiver na praia, aproveite para improvisar a “versão náutica”. Levante o seu filho da mesma maneira e ajude-o a fazer movimentos dentro de água, como se fosse um pequeno barco a vapor. Solte-o e volte a pegar-lhe rapidamente para que ele tente flutuar: é um excelente exercício para treinar as suas capacidades aquáticas.
O QUE VAMOS CONSTRUIR HOJE?
Coloque a criança num tapete, no chão, junto aos objetos que lhe irá apresentar como estímulo. Os recipientes, encaixados ou empilhados, transformam-se rapidamente em cidades, castelos, arranha-céus, comboios, etc. Quando brincar com ela, não lhe “imponha” a sua vontade e respeite o seu ritmo. Faça-lhe sentir a sua presença, mas sem invadir os seus espaços de iniciativa, embora deva ficar com ela, para lhe transmitir confiança, tranquilidade e apoio. Aplauda tanto os êxitos como os fracassos (por exemplo, quando se desmorona uma torre). Esta diversão também é recomendada para crianças mais velhinhas, entre os 3 e os 4 anos.

A MINHA AMIGA FLOR
Não é importante se ainda não aprendeu a andar. Neste caso, a criança subirá a bordo da sua cadeira de passeio e serão os adultos a levá-la a descobrir a Natureza. Ensinar as crianças a observar as plantas como seres vivos é fantástico. Explique-lhe a história destes amigos especiais, que têm corpo em forma de caule e ramos cobertos de folhas e flores coloridas. Se lhes der algumas explicações – “este é um girassol, esta é uma papoila” – o seu filho começará a familiarizar-se com o ambiente, e, se para além das explicações, puder juntar um pormenor interessante, o jogo está feito.
TU ATIRAS, EU APANHO
Por volta dos 6-8 meses, a criança começa a descobrir que as suas ações têm consequências naquilo que sucede à sua volta, o que coincide com a etapa em que atira ao chão todos os objetos que lhe passam pelas mãos. Como tal, para entrar neste jogo não é preciso escolher o “momento ideal”. Agache-se para apanhar o chocalho, a colher ou o boneco, que a criança atirou ao chão e devolva-lhos. Muito provavelmente, ele voltará a lançar o objeto pelo puro prazer de ver a sua “resposta” e assim estabelece uma comunicação consigo.
Para que a ação não se torne repetitiva e perca o interesse, é muito importante saber quando parar (quando a criança se concentrar noutro objeto, por exemplo).
SAÚDE Os primeiros dentinhos Esta é uma etapa importante no crescimento da criança. Explicamos-lhe quando nascem os dentes e quais as precauções necessárias para os manter saudáveis. Quando nascem os primeiros dentes? Porque é que nalgumas crianças os dentes demoram mais a nascer? É bom lavar a boca da criança antes do aparecimento dos dentes e enquanto estão a crescer? O que se pode fazer para aliviar o desconforto da criança? Dos dentes de leite aos definitivos É recomendável dar flúor ao bebé para prevenir as cáries? Se os dentes de leite nascerem tortos, significa que os dentes definitivos também nascerão assim?

– Os dentes começam a aparecer por volta dos seis meses. Os primeiros a sair são os incisivos, superiores e inferiores.
– Normalmente, os dentes aparecem aos pares: primeiro, os dois incisivos centrais inferiores; depois, os superiores, num ritmo aproximado de dois dentes por mês.
– No total, a criança terá 20 dentes de leite, dez em cada arcada dental, e a dentição estará completa quando fizer dois anos.
– Não existem regras exatas em relação aos tempos da dentição. A média de idade em que nascem os primeiros dentes anda à volta dos seis meses, porém, a saída pode adiantar-se ou atrasar-se.
– A idade em que nascem os dentes está geneticamente determinada, pelo que, em princípio, não se deve preocupar no caso de verificar uma variação em relação à média habitual.
– Não há nada a fazer para acelerar o seu crescimento. Se demoram a nascer, apenas é necessário esperar com paciência e tranquilidade. Normalmente quando os primeiros dentes demoram, recuperam o tempo perdido nascendo todos ao mesmo tempo ou num curto período de tempo.
– Antes do nascimento dos dentes, os pais podem limpar a boca ao bebé passando uma gaze molhada em água e bicarbonato pelas gengivas. Esta medida previne o muguet, uma infeção nas mucosas da boca, muito comum nos mais pequenos, devido à proliferação de um fungo chamado Candida albicans. O bicarbonato gera condições desfavoráveis à presença da Candida. Esta mesma técnica pode também ser utilizada para lavar os primeiros dentes, que ainda estão em fase de crescimento.
– Como alternativa à gaze húmida pode utilizar um dedal próprio de borracha, que se encontra à venda nas farmácias. Durante o primeiro ano de vida, é mais fácil usar um dedal do que uma escova de dentes. A introdução da escova de dentes deve ser ditada pelo bom senso.
– Na farmácia, pode encontrar pomadas de ação levemente anestésica e que se aplicam nas gengivas. Também existem mordedores de borracha com texturas especiais, que servem para massajar as gengivas e aliviam o incómodo da criança quando os morde.
– Um dos remédios a que as mães habitualmente mais recorrem, e que não dá os resultados esperados, é o de aplicar substâncias doces sobre as gengivas. Para além de ser inútil, o açúcar favorece a proliferação de bactérias. Pelo contrário, uma massagem nas gengivas com uma gaze molhada pode aliviar o bebé.
– O desenvolvimento das protuberâncias que darão lugar aos primeiros dentes da criança, chamados “dentes de leite” ou “decíduos”, surge entre as 6 e as 8 semanas da gravidez. As coroas dos dentes definitivos, situadas debaixo das coroas dos dentes de leite, desenvolvem-se por volta das 20 semanas.
– Os dentes de leite também possuem raiz, mas estas são destruídas com o crescimento dos dentes definitivos, o que provoca precisamente a queda dos primeiros.
– Os dentes de leite são mais pequenos e estão cobertos por uma capa de esmalte mais fina. São 20: cada arcada possui dois incisivos centrais, dois laterais, dois caninos e quatro molares. Normalmente os primeiros dentes a nascer são os incisivos, seguidos dos primeiros dois pares de molares. Depois vêm os caninos e os dois últimos pares de molares.
– A utilidade de administrar um suplemento de flúor deve ser avaliada caso a caso e tendo em conta a alimentação da criança e a concentração de flúor na água da zona onde vive.
– Se optar por este tipo de tratamento, será necessário administrar flúor à mãe durante a gravidez e mais tarde ao bebé. A quantidade aconselhada para a futura mãe é de 1mg por dia, que deverá começar a tomar a partir do terceiro mês de gravidez. Para a criança, desde o nascimento até aos três anos, o tratamento é de 0,25mg por dia, aumentando até 0,50mg diários entre os três e os seis anos.
– De qualquer modo, o tratamento com flúor inclui o uso diário de uma pequena quantidade de dentífrico com flúor, específico para crianças dos três aos seis anos. A partir dos 6 anos é recomendável usar um dentífrico com flúor para adultos.
– Os dentes de leite nascem tortos com muita frequência e, mais tarde, endireitam-se por si mesmos. De qualquer forma, ainda que se mantenham tortos, não há motivo de preocupação, já que estes não têm nenhuma relação com os dentes definitivos.
SAÚDE Proteja-lhe os olhos A luz intensa, o calor ou o ar condicionado podem causar alguns problemas nos olhos do bebé. Explicamos-lhe como os pode evitar. É um dado adquirido que a pele da criança deve ser protegida. No entanto, os olhos da criança também devem ser corretamente protegidos das radiações solares. Trata-se de uma importante medida de prevenção, já que hoje em dia sabemos que a exposição solar provoca danos na estrutura do olho que, com o tempo, podem causar graves patologias na retina e no cristalino. Óculos de sol, também para o bebé Poucas precauções Secura e vermelhidão frequentes Óculos de sol: escolha os mais adequados

Atualmente, estão à venda modelos de óculos de sol para bebés de poucos meses e que não são apenas um capricho.
• Os óculos de sol, para além de protegerem contra a ação dos raios ultravioleta, impedem a entrada de corpos estranhos nos olhos (num dia de vento, por exemplo) e criam uma barreira protetora contra a poluição.
• No entanto, algumas crianças detestam usar óculos e tentam tirá-los sempre que os pais lhos põem. Os modelos de óculos para os mais pequenos têm uma fita elástica que os mantém na posição correta, porém, cada criança pode ter uma reação diferente relativamente aos óculos: algumas habituam-se imediatamente e gostam de os usar, enquanto que outras não os suportam.
• Se a criança entender os óculos como uma obrigação, o melhor é não insistir muito e protegê-la do excesso de luz de outra maneira. Pode, por exemplo, colocar um guarda-sol no carrinho de passeio, ou então pôr-lhe um boné com pala.
• Tal como os dermatologistas, os oftalmologistas também aconselham evitar a luz do sol durante as horas centrais do dia (entre as 11h e as 16h), principalmente na praia, onde o reflexo dos raios na água aumenta a luminosidade. Se fizer uma excursão de alta montanha, também deve proteger os olhos do seu filho do reflexo da luz sobre a neve.
• E se a criança usar óculos de correção? Neste caso já estará habituada a usar óculos, pelo que não terá dificuldade em colocar-lhe os de sol. Para evitar o incómodo de alternar dois óculos diferentes, pode escolher um modelo com lentes fotocromáticas, que escurecem progressivamente à medida que a luz aumenta, combinando a função protetora e a correção necessária.
A luz intensa dos dias de verão, o calor ou o ar condicionado de casa podem provocar facilmente problemas de secura e vermelhidão nos olhitos das crianças.
• Como aliviar este desconforto? Normalmente, pode recorrer às tradicionais “lágrimas artificiais”, que lubrificam o olho, eliminam os possíveis corpos estranhos e não possuem contraindicações.
• Se o incómodo persistir e notar que a criança esfrega os olhos muitas vezes e lacrimeja quando está ao sol, é conveniente consultar o especialista, já que poderia tratar-se de uma conjuntivite alérgica.
• É aconselhável comprar os óculos de sol numa ótica, já que estes estabelecimentos garantem que os óculos têm um filtro protetor de raios ultravioleta e que não são simplesmente lentes coloridas. De igual modo, a marcação “CE” é também uma garantia e indica que o produto cumpre a norma europeia especifica que lhe está associada.
• Um bom especialista saberá aconselhá-los sobre a armação mais adequada para a criança, mas é importante que se adapte ao tamanho da cara. Os óculos para crianças são normalmente feitos em borracha e com materiais atóxicos, para evitar o risco caso a criança os ponha na boca. Estes óculos não têm protetores de nariz e possuem hastes elásticas que não exercem pressão. Geralmente, as lentes são castanhas, com uma taxa de absorção de luz de entre 70% a 80%, já que as crianças podem não gostar de lentes demasiado escuras.
ESCOLA DE PAIS Ajude-o a dormir Pode acontecer que, nalgumas noites, a criança tenha mais dificuldade para adormecer, mas existem pequenos rituais que a ajudarão a dormir com mais facilidade. 1 BANHO 2 MASSAGEM 3 JANTAR 4 DORMIR OBRIGADO POR LER

O ritual de deitar a criança deve ser iniciado com um banho quentinho (37ºC) já que este tem um efeito relaxante em quase todas as crianças.
• O melhor momento para lhe dar banho é entre as 19h e as 20h. Se puder, adicione umas gotas de óleo essencial de alfazema ou camomila na água do banho.
Depois do banho, pode dar uma boa massagem ao bebé.
• Esfregue as suas mãos com algumas gotas de óleo e acaricie-lhe as costas, fazendo movimentos suaves e circulares, desde o pescoço até ao rabinho e das mãos até aos ombros. Depois, vire-o de barriga para cima e dê-lhe uma pequena massagem na cara com os polegares.
Depois de uma relaxante massagem chega o momento do jantar.
• A última refeição do dia deve ser tomada num ambiente tranquilo e sem televisão. A criança também agradecerá que lhe sussurrem palavras ternas.
A separação noturna da mãe pode angustiar a criança.
• Se assim for, a mãe pode permanecer uns minutos ao seu lado, com mimos, abraços, falando com ela ou contando-lhe uma história, o que lhe dará tranquilidade e segurança e o ajudará a adormecer.
O MEU BEBÉ
Irá receber o seguinte número da revista
na próxima semana

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