XDESENVOLVIMENTOX
Super orinais
Utilizar o bacio é uma façanha que as crianças enfrentam de modos diferentes. Oferecemos-lhe alguns truques que as ajudarão a familiarizar-se com este novo objeto.
1 QUANDO É O MELHOR MOMENTO
Por volta dos 20 meses é a idade em que a criança desenvolve as condições necessárias; quando o controle dos esfíncteres anais e vesicais coincide com a maturidade da musculatura voluntária. Há, também, outros indicadores de que o momento chegou: se a criança é capaz de subir e descer escadas, se consegue empilhar pelo menos três cubos, se sabe pegar num lápis, ou se consegue pegar em objetos pequenos. A princípio, o bacio vai-lhe parecer um brinquedo, um objeto desconhecido para explorar, até se converter num hábito e o pequeno ganhe a consciência, pouco a pouco, de que pode controlar o estímulo.
2 COMO NOS DEVEMOS COMPORTAR
Há que levar em conta os aspetos psicológicos desta nova conquista. A capacidade de controle do cocó e do xixi também depende da sensação intensa de prazer que a criança sente na fase de expulsão e retenção. Esta é a etapa em que, pela primeira vez, tem consciência de que se está a produzir uma atividade interna no seu corpo, e sente-se orgulhosa dos seus produtos e da sua capacidade em controlá-los. Ao longo deste processo, a atitude do adulto será determinante, devendo mostrar-se paciente e equilibrado. Nada de excessos nem triunfalismos perante a tão aguardada produção, e nem mostrar nojo perante o cocó.
3 UM CONSELHO MUITO IMPORTANTE
O controlo absoluto dos esfíncteres, sem falhas nem regressões, acontece por volta dos cinco, seis anos, quando se consegue atingir definitivamente o último passo, a autonomia noturna da fralda. Durante a noite, uma hormona anti-diurética ajuda o nosso organismo a não sentir o estímulo da urina. Por isso, a maior parte das vezes que encontramos xixi na cama, é o da manhã, quando a criança acaba de acordar. Para facilitar o êxito desta última etapa, é conveniente que se ponha a criança no potinho, assim que acorda.
O EXPLORADOR
Sara, 21 meses
Sentada no bacio, toca-se na vulva.
Fá-lo porque…
Os seus órgãos genitais são uma parte do corpo que, antes do desaparecimento da fralda, não podia explorar livremente e que agora tem a possibilidade de conhecer melhor.
Solução
Não há porque se escandalizar com esta curiosidade. O importante é não participar do jogo com risinhos e aplausos. Se o fizesse, a situação iria adquirir um significado bem mais misterioso que o da simples exploração.
O ARTISTA
Lídia, 20 meses
Quando faz cocó no pote, quer mexer-lhe como se fosse algo para brincar.
Fá-lo porque…
A época do controle dos esfíncteres coincide com a do seu desejo de criar e manipular as coisas. Para ela, o cocó é matéria de brincadeira, uma espécie de plasticina.
Solução
É importante distrair a criança dessa intenção, mas sem a assustar nem lhe ralhar, oferecendo-lhe, ao mesmo tempo, outros materiais para brincar. As reprimendas poderiam inibir a sua fase natural de experimentação criativa.
O QUE CHEGA ATRASADO
Denis, 22 meses
Quando pede o bacio, é demasiado tarde: já fez xixi por si abaixo.
Fá-lo porque…
Quando se começa a introduzir o uso do pote, a criança apercebe-se do estímulo quando já está a fazer cocó ou xixi. Ainda não aprendeu a modular os tempos e as suas indicações chegam atrasadas.
Solução
Paciência, na próxima vez chegará a tempo. Entretanto, será melhor pô-lo no bacio logo depois de comer e assim que acorda, quando é mais provável que sinta vontade.
O COMUNITÁRIO
Marcos, 23 meses
Pede a companhia da mamã durante uma sessão interminável, muitas vezes sem qualquer resultado.
Fá-lo porque…
Isto pode querer dizer que ainda não chegou o momento certo para começar a usar o bacio. O seu desenvolvimento físico e psicológico ainda é algo prematuro para este feito.
Solução
Pode propor-lhe o bacio como se fosse um jogo. A criança irá saber quando o deve utilizar para a sua função. Neste caso, deve deixá-lo a “fazer” sozinho. As crianças também têm o seu pudor quanto à realização de atos corporais tão íntimos.
O MEDROSO
Rebeca, 25 meses
Quer usar a sanita, mas, quando a sentamos, começa a ter medo
Fá-lo porque…
O medo é a consciência de um perigo e, na verdade, uma criança tão pequena pode correr o risco de escorregar e cair dentro da sanita, esse “buraco” tão grande que tanto a assusta.
Solução
Dê-lhe as condições necessárias para controlar o perigo, tranquilizando-a com a sua presença ou colocando sobre o assento um outro mais reduzido, para que o orifício não seja tão amplo.
XPERGUNTA SOBRE…X Dermatite da fralda 1 Quais são os passos a dar para combater a dermatite da fralda com sucesso? 2 Porque é que, uma vez curada, volta a aparecer passado algum tempo? 3 Afeta mais umas crianças do que outras?
A irritação da pele do rabinho, conhecida como dermatite da fralda, é muito comum durante os primeiros meses de vida do bebé. Vejamos como tratá-la devidamente.sempre com um creme específico.
Para tratar a irritação e a vermelhidão da pele de modo eficaz, lave a zona com água morna, sem esfregar, e, depois, seque-a com uma toalha suave, com todo o cuidado. Se a dermatite for ligeira, o problema pode ser solucionado mediante a aplicação de uma pomada à base de óxido de zinco. Por outro lado, se a irritação persiste, é provável que se deva à presença de fungos que deverão ser erradicados com recurso a um fungicida, prescrito pelo pediatra. Também ajuda mudar a fralda com frequência, evitando que a pele esteja muito tempo em contacto com fezes ou urina.
A dermatite da fralda é causada pela exposição contínua à humidade da fralda, à urina e às fezes. Esta irritação aumenta nas situações em que a composição destas últimas se modifica. Por isso, pode voltar a aparecer em certas ocasiões, por exemplo, coincidindo com a dentição e o consequente aumento da salivação, já que a deglutição da saliva modifica as características das fezes.
Sim. A irritação da zona da fralda é mais frequente em bebés que, como os atópicos, por, exemplo, têm uma pele de constituição mais sensível. Nestes casos, o tratamento a seguir baseia-se em combater as eventuais infeções associadas à dermatite. Vale a pena recordar que se deve proteger a pele da zona da fralda com uma solução de água enriquecida com óxido de zinco, aplicada a cada muda de fralda.
XNUTRIÇÃOX As frutas do sol Fresca, doce e aromática, a fruta típica do verão é uma verdadeira festa de sabores e cores, capaz de seduzir até os paladares mais difíceis. Para além de que a fruta é um autêntico tesouro para a saúde. MIRTILOS
—————————- MORANGO
—————————- FRAMBOESA
—————————- PÊSSEGO
—————————- AMEIXA
—————————- CEREJA
—————————- ALPERCE
—————————- MELÃO
—————————- MELANCIA
A cor escura desta fruta silvestre deve-se à presença de antocianinas, pigmentos que exercem uma ação positiva no organismo, uma vez que melhoram a sensibilidade da retina e contribuem para aliviar problemas de circulação (varizes, fragilidade capilar, hemorroides, etc.). Durante o verão, é fácil encontrar mirtilos frescos e o seu sumo é outra opção muito apetitosa e refrescante.
O morango contém mais vitamina C do que a laranja. Contém também ácido elágico, uma substância que desempenha uma função antitumoral e realiza uma importante atividade antibacteriana e antiviral. No entanto, algumas crianças, geralmente as mais pequenas, podem manifestar alergia a esta fruta. Ao comprar morangos, escolha-os carnudos, vermelho-brilhante e com o pé bem verde.
Contém muita fibra e uma boa quantidade de sais minerais. Graças à elevada presença de antocianinas na sua pele considera-se que esta fruta é um eficaz anti-inflamatório e protetor dos capilares sanguíneos. Pelo seu conteúdo em ácido salicílico (que também se encontra na aspirina) esta fruta serve para ajudar a combater a febre e a gripe. Tenha cuidado ao armazená-las, as framboesas são muito delicadas e esmagam-se com facilidade.
O pêssego possui um elevado conteúdo em água, o que o transforma numa das frutas mais refrescantes. A sua ligeira acidez confere-lhe propriedades estimulantes das secreções gástricas, o que facilita a sua digestão. Também possui uma correta proporção de vitaminas e sais minerais. São preferíveis os mais pequenos e de polpa amarela, já que têm mais vitamina A.
Contém uma boa quantidade de açúcares, fibra, muita água e zero gorduras, como tal, é uma fruta extremamente tonificante e depurativa. As suas maiores virtudes para a saúde resultam de uma elevada quantidade de pigmentos antioxidantes e da capacidade de funcionar como regulador das funções intestinais. As mais saudáveis são as ameixas vermelhas, que devem ser maduras, sumarentas e de polpa mole, pois são mais digestivas.
Contém vitamina A, B e C em abundância, e também uma boa quantidade de flavonoides, úteis no combate aos radicais livres. Os seus abundantes ácidos orgânicos contribuem para manter o equilíbrio ácido-base no interior do corpo. Para garantir a sua qualidade, as cerejas devem ser duras, estar inteiras, ter um aspeto fresco e estar limpas. Também devem conservar o caule.
Tem um elevado conteúdo em vitamina A, em forma de betacaroteno, ideal para proteger a pele dos raios solares e favorecer um bronzeado natural. Esta fruta possui muito potássio e é considerada uma boa forma de remineralizar o organismo e combater o cansaço. Os alperces mais nutritivos têm uma polpa sumarenta, não farinhenta e os seus caroços separam-se facilmente.
O seu grande conteúdo em potássio (mais do que a banana) torna-o num bom tonificante muscular e ajuda a remineralizar o organismo. Além disso, melão é rico em vitamina A, B e C, e fornece adenosina, um composto que contribui para manter a fluidez do sangue. As melhores variedades são aquelas que têm polpa amarela, como o melão cantaloupe, que é mais doce e tem mais vitaminas do que o de polpa branca.
A melancia contém cerca de 95% de água, como tal é uma das frutas mais refrescantes. Apesar do seu doce sabor, tem um baixo teor de açúcar (menos de 4g por cada 100g de fruta) e é pouco calórica. Possui uma elevada quantidade de citrulina, um aminoácido útil na divisão celular, na cicatrização das feridas e na eliminação de amónio do organismo.
XAMAMENTAÇÃOX 10 regras para dar o peito no verão Nos dias de calor, tudo custa mais a fazer, até mesmo dar de mamar ao bebé. Ajudamo-la a enfrentar este momento com serenidade. 1 DÊ-LHE O PEITO NO LUGAR MAIS FRESCO DA CASA, mantendo ligado um aparelho que faça circular o ar de modo uniforme e não apenas frontal. Além de refrescar a mamã e o bebé, evitará que se criem correntes de ar que possam causar danos (como torcicolos e dores musculares). Se optar por um ventilador de pé, deve colocá-lo a um mínimo de dois metros de distância: pelo contrário, se é um modelo rebatível, o ideal é orientá-lo para cima. 2 LEMBRE-SE QUE O BEBÉ VAI QUERER MAMAR COM MAIS FREQUÊNCIA NOS DIAS PARTICULARMENTE ABAFADOS. No entanto, a maioria das vezes, fará tomas muito breves. Não há problema: dê-lhe só a quantidade que lhe apetece, já que é o seu modo de matar a sede: as tomas rápidas permitem-lhe obter a primeira parte do leite, de composição mais aquosa. O alimento hidrata o seu organismo e a toma requer menos esforço para o bebé. 3 TENTE BEBER ALGO QUENTE ANTES DE AMAMENTAR (um copo de leite ou chá). É possível que, com o calor, coisas quentes sejam o que menos lhe apetece beber, mas,mesmo que não acredite, este hábito pode ajudá-la a sentir-se melhor uma vez que aumenta a sudação, favorecendo a descida da temperatura no organismo. A função do suor é, precisamente, a de criar uma fina película de água sobre a pele, que, ao evaporar, vai refrescar a superfície corporal. 4 BEBA MUITO, AO LONGO DO DIA, MESMO QUE NÃO TENHA SEDE, já que os líquidos são a matéria prima de que o organismo necessita para produzir leite. Quando está calor, perdemos parte destes líquidos através do suor. Por isso devemos beber um pouco mais do que o necessário, a fim de nos protegermos dos riscos da desidratação: cãibras, baixas de tensão, ansiedade e desmaios, por exemplo. 5 NOS DIAS ESPECIALMENTE ABAFADOS, ANTES DE DAR O PEITO AO BEBÉ, OFEREÇA-SE UM BANHO MORNO (a água deverá estar a uma temperatura de 37ºC). Isto vai permitir que o organismo se adapte à temperatura ambiente e ajudará a suportar o calor. Se, mesmo assim, sente calor durante a amamentação, aplique um pouco de gelo, envolto numa toalha, nas têmporas ou nos pulsos; o resultado é uma sensação de alívio imediato. 6 FAÇA COM QUE O BEBÉ ESTEJA O MENOS VESTIDO POSSÍVEL ENQUANTO MAMA. Basta a fralda e uma camisolinha de algodão. E não se preocupe se ele suar: a transpiração permite-lhe refrescar-se de modo natural, sem riscos. Para tornar ainda mais confortável o contacto e evitar transmitir-lhe demasiado calor, pode colocar uma toalha de linho entre a sua pele e a dele; este tecido natural absorve na perfeição o suor, pelo que proporciona uma sensação agradável de frescura à mamã e ao bebé. 7 PREPARE UMA GARRAFA DE ÁGUA MINERAL OU UM SUMO ANTES DE COMEÇAR A DAR DE MAMAR, PARA EVITAR TER DE SE LEVANTAR CASO TENHA SEDE A MEIO DA TOMA. Por outro lado, tente não comer gelados ou tomar bebidas demasiado frias: os líquidos à temperatura ambiente são absorvidos corretamente, mas os que estão demasiado gelados permanecem mais tempo no estômago e podem cair-lhe mal. 8 NOS DIAS EXAGERADAMENTE QUENTES PODE DAR-LHE O PEITO EM LOCAIS “INUSITADOS”. Por exemplo, à sombra de uma árvore no parque, ou então, se está na praia, na orla do mar, com os pés mergulhados na água. Se quiser, pode refrescar o seu filho passando as suas mãos molhadas nas suas pernas e pezinhos. Não se esqueça de levar um chapéu de palha, de abas largas, para se proteger do sol, a si e ao bebé. Do mesmo modo, para refrescar o seu filho, ponha-lhe um gorro de algodão molhado com água e bem escorrido. 9 ESCOLHA A POSIÇÃO MAIS CONFORTÁVEL PARA AMAMENTAR e lembre-se que, para além da tradicional, existem outras que podem ser perfeitas para o verão. Por exemplo, pode deitar-se de lado na cama ou então sentar-se numa espreguiçadeira, mantendo o bebé numa almofada, colocado à sua esquerda ou direita, e dar-lhe o peito do mesmo lado. 10 SE TEM AR CONDICIONADO EM CASA, NÃO SE ESQUEÇA QUE A TEMPERATURA DEVE ESTAR SITUADA EM CERCA DE 24º DE DIA E 26º À NOITE. Estas temperaturas são as ideais para o bem estar físico da mamã e do bebé. Nunca vire as saídas de ar diretamente para as pessoas, nem o tenha demasiado próximo (a distância ideal são dois ou três metros). É preferível que o aparelho esteja instalado numa zona alta, próxima do teto. OBRIGADO POR LER
O MEU BEBÉ
Irá receber o seguinte número da revista
na próxima semana
Comments are closed, but trackbacks and pingbacks are open.