Fevereiro 2018-1 | Revista O Meu Bebé

Fevereiro 2018-1

Fevereiro 2018-1

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 GRAVIDEZ 

A sua gravidez: semana a semana

A gravidez é uma maravilhosa “viagem a dois” que dura 40 semanas, 280 dias cheios de transformações físicas que conduzem ao nascimento de uma mamã e do seu filho. Explicamos-lhe, semana a semana, como evolui a gravidez.

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COMO SE ALTERA A SI MESMA E A ELE

1ª-2ª SEMANA
Estas duas semanas, na realidade, não existem. Constituem uma etapa que os ginecologistas utilizam para calcular a data do parto. Uma vez que costuma ser difícil calcular o dia exato da conceção, os médicos preferem partir de uma data “certa”, a do início da menstruação que antecede a conceção, e que indica, precisamente, o primeiro dia da primeira semana de gestação.
BEBÉ. Ainda não está lá…
MAMÃ. O seu corpo prepara-se para a conceção. Nos ovários, amadurece um óvulo pronto para receber o espermatozoide que o fecundará.

3ª SEMANA
BEBÉ. O óvulo, que saiu dos ovários em direção às trompas de Falópio, encontra-se com os espermatozoides: um deles consegue penetrar no seu interior, de modo a que os seus núcleos se fundam e, cerca de 30 horas depois, a célula começa a dividir-se. Seis dias mais tarde, uma bolinha composta por 12-16 células (mórula) entra no útero e “aninha-se” na parede do órgão. Para crescer, o embrião (que mede entre 0,1 e 0,2mm) precisa de se alimentar.
MAMÃ. Normalmente, por esta altura, ainda não sabe que está grávida. No entanto, no momento em que o embrião se aninha no útero, algumas mulheres apercebem-se de uma levíssima perda de sangue, que não é motivo para preocupação.

4ª SEMANA
BEBÉ. Está completamente “aninhado” na espessura da mucosa uterina (endométrio). Parte das suas células desprendem-se do embrião para formar o que virá a ser a placenta, que o irá alimentar até ao final da gestação. As restantes células servirão para “construir” o corpo do bebé e dividem-se em três camadas: a camada mais interior dará origem aos pulmões, ao fígado e ao sistema digestivo; a camada intermédia, aos ossos, músculos, rins, órgãos sexuais e coração, e a camada exterior originará a pele, o cabelo, os olhos e o sistema nervoso.
MAMÃ. Apercebe-se que o seu peito está mais rígido (começa a aumentar de volume) e sente-se um pouco cansada. No entanto, os sintomas são parecidos com os do período pelo que poucas mulheres se dão conta de que esperam um bebé. As que suspeitam disso, e fazem o teste de gravidez, obtêm a confirmação. A partir desta semana, já está presente na urina a hormona que assinala a gravidez em curso: a HCG ou gonadotrofina coriónica humana.

5ª SEMANA
BEBÉ. Até este momento era só um conjunto de células, mas, agora, o seu corpo começa a ganhar forma: esboça-se a cabeça e o tronco. Mede no total 1,5-2,5 mm, e o cérebro e os vasos sanguíneos já começam a esboçar-se. O mérito é dos genes “arquitetos” (Hox), que indicam às diferentes células qual é o seu lugar.
MAMÃ. O nível de hormonas no sangue é cada vez mais elevado. Contudo, muitas mulheres ainda não têm sintomas de gravidez, apesar de as paredes uterinas já estarem a alimentar o embrião. Uma coisa é certa: esta é a semana em que a futura mãe percebe que espera um filho, porque a menstruação não aparece.

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6ª SEMANA
BEBÉ. O seu coração (que é pouco mais que um tubinho) começa a bater. Já se desenham os olhos e as orelhas, ao passo que no seu corpo (que alcançará, no fim desta semana, os 4 mm) começam a aparecer os futuros braços e pernas. Um outro tipo de genes arquitetos (os Pax) indicam ao coração que se coloque à esquerda e guiam o esboço do fígado para a direita.
MAMÃ. Inicia-se a formação da placenta e o útero responde modificando os seus tecidos, a fim de a acolher.

7ª SEMANA
BEBÉ. Já tem nariz e boca e, no esboço das extremidades superiores, despontam as mãos, semelhantes a duas pás, pois ainda não têm dedos. O bebé já tem cordão umbilical e mede o dobro que na semana anterior: cerca de 8 mm. O seu peso anda à volta de 0,8 gr. O sistema digestivo e os pulmões estão em formação.
MAMÃ. O colo do útero forma o chamado tampão mucoso, que será o órgão protetor da criança contra as “invasões” externas (vírus, bactérias, etc.). Algumas futuras mães têm uma perda de sangue que pode ser confundida com a menstruação. Deve-se à implantação, cada vez mais profunda, do embrião na parede uterina.

8ª SEMANA
BEBÉ. Desenvolvem-se os pés, também em forma de pá, e, ao mesmo tempo, surgem os dedos das mãos, ainda unidos. O bebé mede apenas 13 mm, mas já não parece um “feijão”: cabeça, olhos, braços e pernas dão-lhe, agora, a forma de um pequeno ser humano. O esboço dos órgãos sexuais começa a surgir, mas, nesta semana, meninos e meninas não se conseguem ainda distinguir. Começam a formar-se os primeiros ossos e até se pressentem os dentes no interior das gengivas.
MAMÃ. O útero já começou a aumentar (tem agora o tamanho de uma laranja) e as hormonas que circulam no sangue podem fazer aparecer furúnculos na pele, que poderá tornar-se mais oleosa.

9ª SEMANA
BEBÉ. Já consegue fazer movimentos espontâneos: se toca a parede do útero acidentalmente, retrai-se. Se for menino já tem testículos, apesar de ainda estarem no interior do organismo; se for menina, já tem ovários. Os dedos dos pés começam a desenvolver-se e o ânus abre-se.
MAMÃ. Algumas futuras mamãs apanham uma “estranha” constipação, provocada pela congestão das mucosas nasais e devida às alterações hormonais.

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10ª SEMANA
BEBÉ. Todos os órgãos vitais do bebé têm agora forma. Esta semana, o que mais cresce é o cérebro, que chega a produzir 250.000 novos neurónios a cada minuto. Os dedos separam-se e desaparece a minúscula cauda que tinha o embrião. Se for um menino começa a produzir testosterona, a hormona que permitirá o desenvolvimento do pénis.
MAMÃ. Nesta semana, a maioria das futuras mamãs começa a ostentar uma pequena barriga, devido à distensão do útero (mais acentuada se já for uma primeira gravidez). O volume de sangue que circula no organismo começa a aumentar e, no final da gestação, será de 40 a 50% mais do que no início.

11ª SEMANA
BEBÉ. Agora, o bebé já não é um embrião e sim um feto. O seu aspeto é muito parecido com o de um recém-nascido, mas em miniatura. No entanto, a cabeça ainda é tão grande como o tronco. Formam-se as unhas dos pés e das mãos, bem como a íris dos olhos. O bebé já se mexe no útero, mas a mãe ainda não se apercebe.
MAMÃ. Os enjoos começam a atenuar-se e a placenta já “funciona”. Começam os intercâmbios entre o feto e o útero (que já é do tamanho de uma toranja). Muitas futuras mães sentem, agora, mais apetite.

12ª SEMANA
BEBÉ. Os traços do rosto desenham-se e surge o queixo. O bebé começa a fazer xixi (bebe o líquido amniótico e, a seguir, elimina-o, num ciclo contínuo). Começa, igualmente, a segregar a bílis e o intestino principia a trabalhar e a mexer-se, simulando os movimentos digestivos (peristalse). O seu coraçãozinho bate mais rapidamente: umas 160 batidas por minuto.
MAMÃ. A partir desta semana, a futura mamã começa a sentir-se bem: o organismo já se adaptou à gravidez e as “tempestades hormonais” já não representam um problema para o metabolismo. A sensação de cansaço diminui.

13ª SEMANA
BEBÉ. O bebé já é capaz de levar o polegar à boca, se bem que ainda não consegue chuchá-lo. Efetivamente, os músculos da boca ainda não estão completamente desenvolvidos. O pâncreas segrega insulina e formam-se as vilosidades intestinais. Os genitais já estão totalmente diferenciados, embora numa ecografia ainda ser difícil distinguir se é menino ou menina.
MAMÃ. Começa o segundo trimestre da gravidez. Para as futuras mãe é, em geral, o período mais bonito: há poucos incómodos e já se “sente” o bebé. O sistema vascular uterino continua ativo e o líquido amniótico renova-se de três em três horas.

14ª SEMANA
BEBÉ. No início do segundo trimestre, o feto já tem os órgãos principais desenvolvidos e as suas proporções equilibram-se. Já mede cerca de dez centímetros. O corpo cresce mais depressa que a cabeça e as extremidades, principalmente os braços, alongam-se. O bebé já treina para respirar, apesar de que nos pulmões apenas entra líquido amniótico (a oxigenação propriamente dita é fornecida através do cordão umbilical).
MAMÃ. Entre o umbigo e a púbis pode aparecer a chamada linha alba, uma faixa de pele mais escura. As auréolas dos seios também aumentam.

15ª SEMANA
BEBÉ. A partir de agora o feto já consegue chuchar no polegar. Pesa 70 gr e o seu coração bombeia cerca de 25 litros de sangue por dia. O sistema muscular desenvolve-se e o bebé já é capaz de fazer grandes movimentos com os braços.
MAMÃ. O seu coração bombeia cerca de 20% mais de sangue que antes da gravidez, para que o bebé possa obter o oxigénio necessário.

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16ª SEMANA
BEBÉ. As pernas já são mais compridas que os braços e o feto mexe-as constantemente. Começam a ser visíveis as expressões do seu rosto (franze os olhos, torce os lábios, etc.), o pescoço alonga-se e a cabeça já se pode virar para a esquerda e para a direita. Se é uma menina, formam-se os óvulos nos seus ovários.
MAMÃ. Nesta semana algumas mulheres “notam” os movimentos do feto pela primeira vez, como se se tratasse de um bater de asas. Isto sucede, principalmente, se não se trata de uma primeira gravidez e se a mulher for de constituição magra.

17ª SEMANA
BEBÉ. Debaixo fa pele, começa a formar-se um pouco de gordura cuja função será a de manter o bebé aquecido até ao nascimento. A partir deste momento, já pode ouvir sons como o bater do coração e ruídos internos da mãe, bem como alguns sons do exterior.
MAMÃ. As veias do peito são, agora, evidentes; o aumento vascular é precisamente o que origina o aumento do volume mamário.

18ª SEMANA
BEBÉ. Mede mais de 20 cm e começam a formar-se as impressões digitais. Alguns estudos demonstraram que, a partir desta semana, o bebé “vê” a luz: embora tenha os olhos fechados, retrai-se quando se aponta um feixe de luz à barriga da mãe. Nos intestinos começa a acumular-se o mecónio e, ser for um menino, é o momento em que a próstata se começa a desenvolver.
MAMÃ. O aumento do tamanho do útero, que pressiona a bexiga, obriga-a a urinar mais vezes e as hormonas da gravidez relaxam as paredes intestinais, causando prisão de ventre.

19ª SEMANA
BEBÉ. A pele reveste-se do vérnix caseoso, uma espécie de “creme” que protege a pele do bebé do contacto com o líquido amniótico. Desenvolve-se, igualmente, uma fina lanugem que ajuda o vérnix a permanecer na pele. Há já um esboço dos dentes definitivos, em formação no interior das gengivas, sob os dentes de leite, que já estavam formados.
MAMÃ. A maioria das mamãs já sente os movimentos do feto esta semana e, a partir de agora, pode também sentir um movimento muito “típico”, uma série de leves sobressaltos: o bebé tem soluços dentro da sua barriga!

20ª SEMANA
BEBÉ. Começa a ter um ritmo próprio de sono e vigília (que, muitas vezes, não coincide com o nosso habitual). Já mede 25 cm e pesa mais de 260 gr. Se for menina o útero já se está a formar.
MAMÃ. Nesta semana, acontece algo curioso a muitas mulheres: o umbigo “sai” da barriga e fica pontiagudo. O estômago está comprimido pelo que diminui de tamanho e é necessário fracionar mais as refeições ao longo do dia. Por isso, aconselha-se comer pouco e com frequência.

21ª SEMANA
BEBÉ. O ritmo de crescimento do bebé abranda um pouco, mas, nesta semana, dá-se um grande aumento do volume cardíaco. Entretanto, as pernas ficam em proporção com o resto do corpo que o bebé terá, quando nascer.
MAMÃ. Os ligamentos que existem entre os ossos começam a relaxar e a pressão exercida pelo útero, sobre as veias abdominais, pode provocar inchaço nas pernas e nos pés.

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22ª SEMANA
BEBÉ. Os terminais nervosos das pontas dos dedos acabam de se desenvolver e o bebé pode sentir através do tato. E fá-lo constantemente, tocando-se na cara, nos braços, nas pernas. Se for um menino, os testículos começam a baixar do abdómen em direção ao escroto. Se for uma menina, forma-se a vagina.
MAMÃ. O acréscimo do fluxo sanguíneo no útero afeta a vagina e os genitais externos. Isto pode causar um aumento do desejo sexual.

23ª SEMANA
BEBÉ. Pela primeira vez, depositam-se os pigmentos da pele, que deixa de ser completamente transparente, tornando-se mais ou menos escura. A lanugem também escurece. O bebé tem, neste momento, meio quilo de peso.
MAMÃ. Começa a sentir algumas contrações uterinas, mas não são dolorosas. O que acontece é que, ainda que faltem quatro meses para o parto, o útero já se está a preparar.

24ª SEMANA
BEBÉ. O bebé continua a aumentar de peso devido ao crescimento da massa muscular e, principalmente, dos ossos. Os pulmões iniciam a produção do surfactante, a substância que impede os alvéolos de entrar em colapso quando o ar é expirado.
MAMÃ. Respirar é, agora, um pouco cansativo, uma vez que os pulmões já não se conseguem expandir ao máximo. No entanto o oxigénio circula perfeitamente pelo corpo, ajudado pelas hormonas da gravidez, que fluidificam o sangue.

25ª SEMANA
BEBÉ. Prossegue a ossificação (os ossos são mais “duros”) e o desenvolvimento do ouvido já está completo: o bebé ouve as vozes, além dos ruídos fortes.
MAMÃ. O útero já é tão grande como uma bola de râguebi e começa a pressionar os ossos da pélvis, que, tal como as costas, podem começar a sentir algumas dores.

26ª SEMANA
BEBÉ. Abre os olhos pela primeira vez. Agora, o bebé pode finalmente “ver” o que se passa à sua volta. Descobriu-se, de facto, que o ambiente uterino não é completamente escuro: uma luz suave consegue penetrar através da pele da barriga da mãe.
MAMÃ. O fundo do útero já se encontra uns 7-8 cm acima do umbigo. Precisa, agora, de consumir mais 250 a 300 calorias por dia.

27ª SEMANA
BEBÉ. O seu peso pode chegar aos 900 gramos e o corpo é, no seu conjunto, semelhante (exceto no tamanho) ao que será no momento em que nasce. No entanto, os pulmões, o fígado e o sistema imunitário estão ainda em maturação.
MAMÃ. Começa o terceiro trimestre. O aumento de peso é mais rápido do que até aqui. E não só devido ao crescimento do feto, da placenta e do líquido amniótico: nas ancas e no peito acumula-se um pouco de gordura, que lhe dará mais apoio para segurar o bebé e se preparar para a amamentação.

28ª SEMANA
BEBÉ. Já pesa mais de um quilo e mede 30 cm. Cerca de 2 a 3% do seu corpo é composto por depósitos de gordura e os pulmões já podem respirar.
MAMÃ. O seu peito começa a produzir o colostro, um líquido denso e amarelado, rico em anticorpos e proteínas, que será o alimento do seu filho nos primeiros dias de vida.

29ª SEMANA
BEBÉ. A cabeça atinge a proporção que terá ao nascer. O feto já é capaz de regular a sua temperatura corporal, se bem que ainda não o faça na perfeição. Neste período, faz 500 ml de xixi por dia.
MAMÃ. A partir desta semana notará que os movimentos do seu bebé mudam de intensidade, uma vez que o espaço disponível no útero começa a ser pouco.

30ª SEMANA
BEBÉ. A pele perde a lanugem que a recobria. Pesa agora 1400 gr e mede cerca de 37 cm.
MAMÃ. Poderá notar que a prisão de ventre piora.

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31ª SEMANA
BEBÉ. A pele começa a adquirir um tom rosado e a íris abre e fecha, conforme a intensidade da luz. O bebé pesa agora um quilo e meio.
MAMÃ. A hormona relaxina circula no sangue, abrandando os ligamentos da pélvis para facilitar o parto, o que faz com que se adote uma estranha forma de caminhar, semelhante a um pato.

32ª SEMANA
BEBÉ. Nesta semana o pequeno mede 42 a 43 cm. Se for um rapaz, os testículos, que já tinham iniciado a sua descida, chegam ao escroto.
MAMÃ. O útero situa-se a uns 12 cm acima do umbigo. O estômago, cada vez mais comprimido, irrita-se facilmente e pode sofrer, com frequência, incómodos ardores e acidez gástrica.

33ª SEMANA
BEBÉ. Dorme a maior parte do tempo e já tem períodos REM do sono (a fase dos sonhos). Nesta semana, aumentará uns 2 cm de altura.
MAMÃ. O bebé já é suficientemente grande para que distinga com que parte do corpo dá os pontapés. Se a mãe tocar na barriga, já consegue saber onde ele tem o joelho ou o cotovelo.

34ª SEMANA
BEBÉ. As unhas da mão chegam às pontas dos dedos e o peso do bebé já ultrapassa os dois quilos. Quando está acordado tem os olhos abertos e fecha-os enquanto dorme.
MAMÃ. As contrações uterinas de preparação tornam-se mais frequentes, mas não são dolorosas. Dormir com tranquilidade é cada vez mais difícil, não só pelo incómodo da barriga, mas também pela preocupação em relação ao parto.

35ª SEMANA
BEBÉ. Aumenta imenso de peso, chegando a pesar 2,5 quilos. Nos braços e ombros, principalmente, acumula-se um pouco de gordura.
MAMÃ. O colo do útero começa a alisar-se. Durante esta semana, a maioria dos bebés põe-se de cabeça para baixo, preparando-se para o parto.

36ª SEMANA
BEBÉ. O bebé ganha gordura, também, em volta dos cotovelos e dos joelhos.
MAMÃ. Muitas mães notam um aumento do apetite, uma vez que o alongamento do colo do útero faz com que o bebé desça um pouco, diminuindo a pressão sobre o estômago.

37ª SEMANA
BEBÉ. Os seus movimentos são mais coordenados e o bebé continua a ganhar peso. Nesta semana aumentará quase 50 gr por dia!¡gana casi 50 gramos al día!
MAMÁ. É provável que as perdas vaginais de muco aumentem, tanto em quantidade como em consistência. O tampão mucoso pode conter “fiozinhos” de sangue

38ª SEMANA
BEBÉ. Nos seus intestinos, acumula-se muito mecónio (as primeiras fezes), constituído por células mortas, lanugem e cabelo, que o bebé ingeriu junto com o líquido amniótico. O mecónio será expelido nas primeiras horas de vida.
MAMÃ. Algumas futuras mamãs sentem cãibras desde a vagina até às pernas. Esta sensação é causada pela pressão da cabeça do bebé sobre os terminais nervosos da pélvis.

39ª SEMANA
BEBÉ. O bebé pesa cerca de 3,2 quilos (16% dos quais se devem a gordura) e tem os pequenos punhos fechados. O cordão umbilical mede cerca de 50 cm.
MAMÃ. A necessidade de aliviar a bexiga é cada vez mais frequente. Algumas mulheres podem ter contrações dolorosas, mas irregulares. Não se trata, ainda, da dilatação propriamente dita, apenas de uma fase preparatória.

40ª SEMANA
BEBÉ. Já está preparado para nascer. Pesa cerca de 3,5 quilos e o seu corpo está totalmente “maduro” para a vida exterior. Chegou o momento em que o bebé envia o sinal que põe em andamento as contrações uterinas da dilatação.
MAMÃ. É agora: as contrações tornam-se cada vez mais rítmicas e dolorosas. E, a seguir, o choro do bebé! Finalmente, depois de 280 dias, a mãe e o bebé podem conhecer-se e iniciar uma nova aventura juntos!

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Dar o peito após una cesariana: OK!

O bebé deve ser posto ao peito imediatamente, mesmo que o parto não seja vaginal.

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Dar o peito ao bebé logo a seguir a uma cesariana é totalmente possível. Não existe qualquer diferença em relação ao parto normal. No entanto, o êxito da amamentação depende, em larga medida, da qualidade da assistência fornecida pelo hospital. Uma mamã que sofreu uma intervenção cirúrgica precisa apenas de mais cuidados, e não de ser separada do seu bebé.

TODAS AS MAMÃS TÊM LEITE
– A nível fisiológico não muda nada. Com o nascimento do bebé e a expulsão da placenta, as hormonas da gravidez diminuem drasticamente e a prolactina entra em cena. O processo que torna possível a subida do leite em poucos dias é igual, quer tenha dado à luz de forma natural, quer tenha sido por cesariana. Então, porque é que tantas mamãs por cesariana se queixam das dificuldades encontradas? Se não tiver uma pessoa junto de si nas primeiras horas, a mamã vê-se obrigada a chamar alguém e, muitas vezes, desiste de pedir ajuda.
– Além disso, alguns hospitais preferem manter o recém-nascido no berçário, em vez de o deixar no quarto com a mamã. No entanto, deste modo está-se a impedir o contacto pele com pele e a amamentação a demanda, tão importante nas primeiras horas de vida.

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HÁ QUE ESCOLHER O HOSPITAL ADEQUADO
– No momento de escolher o hospital onde vai dar à luz, deve certificar-se de que o centro hospitalar aplica as mesmas regras para todas as mamãs, começando pelo rooming-in, quer dizer, o facto de o bebé permanecer na mesma divisão que a mamã durante todo o tempo. No caso de uma cesariana, isto é particularmente importante, não só para não saltar tomas, mas também para restabelecer o contacto íntimo, que foi interrompido de forma brusca. O pessoal médico deve dar o mesmo tipo de apoio a todas as mamãs, em parte porque, hoje em dia, a cesariana é praticada com técnicas que permitem pôr-se em pé em poucas horas.
Pelo menos nas primeiras 12 horas, é aconselhável ter alguém perto de si a quem recorrer. Essa pessoa poderá ajudá-la a tirar o bebé do bercinho ou então a encontrar a posição mais confortável para dar o peito.

A MELHOR POSIÇÃO PARA DAR DE MAMAR
– Nas primeiras 24-48 horas, o maior obstáculo à amamentação é o tubo colocado na mãe para a administração de analgésicos, apesar de, muitas vezes, estar colocado no braço esquerdo de modo a permitir liberdade de movimentos. O facto de estar entubada e de cama torna a amamentação um pouco incómoda, mas não impossível. O bebé pode ficar atravessado sobre o peito, de modo a não tocar na ferida da intervenção com os pezinhos. Ou então pode pô-lo ligeiramente de lado, apoiado numa almofada segura pelo lado interior do braço livre. Assim que a mamã conseguir ficar sentada, deixa de haver qualquer problema. Baste pedir ajuda às enfermeiras em caso da mínima dúvida.
– Por vezes, as pequenas dificuldades iniciais, quando o bebé começa a mamar, podem expor a mamã a um risco acrescido de desenvolver gretas (pequenas lesões no mamilo), e torna-se necessário corrigir a posição da boca do bebé o mais rápido possível. E se tudo corre mal e se começa com o pé esquerdo?… Basta que dê o peito com maior frequência, sempre que possa, e a quantidade de leite aumentará. A produção funciona a pedido: quanto mais amamenta, mais leite vai ter.

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A lactância começa no bloco operatório
Em alguns hospitais, a mamã começa a dar o peito quando a cirurgia ainda nem terminou.
– Assim que o bebé é retirado, pode ser deitado sobre o peito da mãe, tal como acontece no parto normal. Deste modo, inclusive nas cesarianas, pode desfrutar de todas as vantagens do contacto pele com pele. Depois, ao longo das duas horas de observação pós-parto, a mamã, o papá e o bebé não se voltam a separar. Isto é o que se passa nos hospitais “amigos dos bebés”. Também os medicamentos administrados depois de uma cesariana (analgésicos e antibióticos) são compatíveis com o aleitamento materno.

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Está com febre
Explicamos-lhe o que se entende por febre e o que fazer se a temperatura for elevada e o bebé se encontra mal.

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Nem sempre que aumenta a temperatura se pode pensar que uma criança está doente. Tirando o período em que são recém-nascidos, as crianças têm uma temperatura corporal superior à dos adultos, provavelmente devido à sua maior superfície corporal relativa e ao seu nível mais alto de metabolismo. O esforço físico pode aumentar a temperatura de forma visível, podendo também modificar-se devido às variações ambientais, às alterações emocionais, ou, até, pela ingestão de alimentos ricos em proteínas.
• Não há um limite exato para a temperatura corporal, mas considera-se que o valor de base é de 37,5ºC no reto.

O QUE FAZER
Pode-se baixar a temperatura com ou sem medicamentos, considerando que a febre não é perigosa para a criança se não ultrapassar os 41ºC, o que é bastante raro (hipertermia). É lógico que pensemos que uma criança com febre alta esteja mal (ainda que nem sempre esse seja o caso), e este vai ser o ponto de referência para tratar, ou não, a febre.

• Se a criança tem febre e, ao mesmo tempo, se sente mal, há algumas medidas que pode tomar: dar-lhe água e outros líquidos, em pequenas quantidades e com frequência; a criança mais crescida já o pede por si mesma, mas com um bebé há que estar atenta, dando-lhe água muitas vezes ou o peito; destapar a criança, evitando que esteja demasiado agasalhada, o excesso de roupa pode interferir no processo de baixar a febre.
Também resulta molhá-lo com água morna, com uma esponja, principalmente nos antebraços, pernas e frente do corpo. As fricções com colónia ou com álcool são muito perigosas, já que causam uma descida da glucose no sangue, o que pode conduzir ao coma.
• Se a temperatura continua alta e a criança se sente mal, pode metê-la na banheira com uma pequena quantidade de água morna (entre os 29,5ºC e os 32,1ºC), evitando que fique fria, uma vez que o arrefecimento brusco da pele pode provocar calafrios e tremores e a temperatura terá tendência a subir.
Existem inúmeros antipiréticos mas o seu uso deve ser sempre pautado pelas indicações do pediatra, que devem ser seguidas com rigor.

AS CAUSAS SÃO MÚLTIPLAS
A febre não é um perigo em si, exceto em determinadas circunstâncias, mas não deixa de ser um aviso de que algo está errado no organismo da criança. As causas da febre podem ser variadas. Ainda que o mais provável seja uma infeção (que não será necessariamente mais grave só porque a temperatura é mais alta), existem outras doenças capazes de provocar a febre. Por isso, se a criança não apresenta um quadro claro e identificado, tente averiguar a sua causa, o mais rápido possível, consultando o pediatra.

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XMOCHILAX

Perto do coração
Transportar o bebé junto a si é uma prática ancestral, e voltou a ser moda nos últimos anos. Vamos conhecer as diferentes formas de levar o bebé e todos os seus benefícios.

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Desde tempos remotos que povos de todo o mundo adotaram a solução de transportar as crianças atadas aos seus próprios corpos. Graças a este sistema, as mãos ficavam livres para se dedicarem a outras tarefas, enquanto as crianças desfrutavam do calor libertado pelo corpo dos seus pais. Hoje em dia, a prática de levar o bebé “preso” a si tornou-se numa moda e são muitos os pais que optam por este meio de transporte, mais próximo, acolhedor e funcional.

OS BENEFÍCIOS DOS PORTA-BEBÉS
1.
Proporciona ao bebé um contacto físico direto com a pessoa que cuida dele, o que tem um efeito muito tranquilizador. Na verdade, há inúmeros estudos que demonstram que os recém-nascidos transportados ao colo choram muito menos.
2. Dentro do porta-bebés, a criança sente-se segura: envolto num tecido acolhedor e encostado à mamã ou ao papá, o bebé apercebe-se do odor, da voz e do bater do seu coração, e sente-se protegido.
3. Uma vez que está em contacto com o bebé, o adulto deteta de imediato as suas necessidades e é capaz de as satisfazer com mais rapidez.
4. Tudo fica mais fácil para os pais: com as mãos livres podem prosseguir com as suas obrigações quotidianas, acompanhados pelo seu bebé.

Os diferentes modos para transportar o bebé junto a si

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O SLING
O sling (ou lenço) consiste num pedaço de tecido de comprimento variável que envolve o bebé e que é enrolado à volta do corpo da mamã, permitindo ser ajustado de um modo simples à posição desejada, através de nós. Trata-se de um porta-bebés muito versátil, já que pode ser usado em múltiplas posições (inclusive a posição de berço), em função das necessidades ou do crescimento do bebé. Este lenço permite uma maior proximidade física, de modo que o corpo do bebé vai sempre “colado” ao do adulto, o que vem reforçar o vínculo afetivo entre ambos.
Uma variante do sling é o lenço, a tiracolo e com anilhas, cujos extremos são unidos mediante uma argola, que pode ser ajustada à posição desejada, ou o pouch, um tecido cortado e cosido em forma de bolsa, disponível em vários tamanhos, de acordo com o portador, que ocupa pouco espaço e que é muito fácil de utilizar. Todos estes modelos podem ser usados desde o nascimento e até aos 15k, aproximadamente.

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A MOCHILA
As mochilas porta-bebés são uma das opções mais utilizadas no momento de começar a levar o bebé consigo. O seu design ergonómico respeita a fisiologia do bebé e do portador. A maioria dos modelos costuma incluir alças acolchoadas e cinturões extra-largos que permitem distribuir comodamente o peso do bebé, pelos ombros e pelas ancas. Algumas têm também um suporte lombar ajustável, o que proporciona um apoio confortável e estabilidade para as costas. Em geral, as mochilas costumam ser muito fáceis de usar, graças a um sistema de ajuste rápido e intuitivo, e permitem o transporte do bebé até quatro posições: virado para os pais, de frente para o caminho, sobre a anca ou às costas.
As mochilas ergonómicas respeitam a posição natural do bebé e incluem acolchoados reforçados nas costas e na zona da cabecinha. Alguns modelos contam com uma posição especial, ou uma alça integrada, para recém-nascidos, de modo a poder transportar o bebé na posição adequada desde o nascimento.

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MEI TAI
O Mei Tai é um porta-bebés de origem oriental que permite que o bebé adote uma posição natural e adequada ao seu desenvolvimento. É semelhante a uma mochila ergonómica, mas o ajuste é feito através de simples nós: consiste num retângulo de tecido com quatro bandas largas, que se atam aos ombros e à cintura. Estas bandas podem ser acolchoadas, tal como a parte superior dos porta-bebés, nas zonas onde o bebé apoia a cabecinha. Alguns modelos permitem duas posições, à frente e nas costas, como uma mochila, e noutros modelos pode, também, colocar o bebé sentado na anca. Com o Mei Tai, o peso do bebé fica bem distribuído pelas ancas e ombros, o que se torna muito cómodo para o portador, que pode tranportar o bebé mesmo durante trajetos longos.

Este tipo de porta-bebés costuma ser homologado para uma utilização a partir do nascimento e até o bebé atingir, aproximadamente, os 14k.

OBRIGADO POR LER
O MEU BEBÉ

Irá receber o seguinte número da revista
na próxima semana

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