Agosto 2017-1 | Revista O Meu Bebé

Agosto 2017-1

Agosto 2017-1

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  SAÚDE  

Férias: um guia de A a Z

Oferecemos-lhe conselhos dos especialistas para que o seu filho tenha um verão relaxado, seguro e cheio de aventuras, na companhia do papá e da mamã.

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ÃMAMENTAÇÃO
Os bebés que são amamentados têm tendência a mamar com mais frequência no verão, para compensar a perda de líquidos devida a mais transpiração.
• A mamã que dá o peito de forma exclusiva deve adaptar-se às solicitações do bebé, uma vez que o leite é a sua única fonte de hidratação. Regra geral, não se deve administrar outros líquidos ao bebé para alem do leite materno, a não ser que o calor seja muito intenso e o bebé pareça desidratado. Neste caso os pais podem dar-lhe um pouco de água, entre mamadas, mas sem exagerar, de modo a não alterar a sua perceção de fome e saciedade.

AUTONOMIA
As férias são uma ocasião excelente para descobrir e experimentar. As novidades são oportunidades magníficas para que a criança cresça e adquira mais autonomia, sempre que os pais as saibam dosear com precaução.
• Demasiadas mudanças ao mesmo tempo podem confundir e irritar a criança. É preferível avançar passo a passo e observar a sua reação. Por exemplo, uns dias depois do início das férias, quando a criança já estiver ambientada, pode sugerir-lhe que passe meia hora ou uma hora por dia com os animadores infantis do hotel ou da praia. Pelo contrário, não deve deixar o seu filho entregue a um estranho, toda a tarde, logo no primeiro dia da estadia. Do mesmo modo, para que se habitue a arrumar as suas coisas, pode pedir-lhe que seja ele a guardar o balde, a pá e os brinquedos no saco de praia, antes de regressar a casa.
• A autonomia em relação aos hábitos pessoais também é importante. O fato de banho, a touca de natação e os chinelos de praia podem ser um bom treino para começar a vestir-se sozinho. No entanto, todas estas novidades devem ser apresentadas sob forma de jogo, sem pressionar a criança.

BANHO DE MAR
Molhar os pezinhos e, depois, submergir-se na água do mar é uma experiência saudável e divertida, desde que se respeitem algumas regras.
• A água deve estar convenientemente limpa. Para conhecer a qualidade das águas em Portugal e saber quais são as praias com bandeira azul, consulte o site oficial do Turismo de Portugal (http://www.turismodeportugal.pt).
No site do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (https://www.ipma.pt) poderá saber, entre outras coisas, o estado da água, a temperatura e as condições meteorológicas das diversas praias portuguesas. É aconselhável que a temperatura da água não seja demasiado fria, quer dizer, que não seja inferior a 22-23ºC.
• Nos primeiros três ou quatro anos de vida, o banho não deve durar mais de 15 minutos. Além disso, é preferível evitar o contacto com a água do mar se a criança tem uma ferida aberta ou um arranhão pois poderiam infetar. Depois do banho, é conveniente passar a criança por água doce, sem precisar de gel de banho.
• Por último, é preciso esperar umas duas horas depois de comer, para poder tomar banho. No entanto, esta regra não se aplica se a criança apenas petiscou alguma coisa, ou se comeu um gelado.

BACIO
O verão é a estação ideal para fazer as primeiras tentativas de lhe tirar a fralda.
• Se a família está de férias na praia e a criança passa grande parte do tempo de fato de banho ou de t-shirt e cuequinhas, os eventuais “acidentes de percurso” podem ser resolvidos com facilidade. Além disso, a sensação de liberdade e de lazer, própria das férias, ajuda tornar mais leve um processo que exige um esforço considerável para a criança.

DERMATITE
As crianças com dermatite atópica melhoram quando estão na praia, na montanha ou no campo, ao ar livre.
• O motivo é uma maior exposição aos raios solares, cujo componente ultravioleta atenua o problema.
• No entanto, na praia, as crianças podem ter dermatite de contacto, se a areia onde brincam estiver contaminada. Este problema tem os mesmos sintomas da dermatite da fralda e cura-se da mesma forma: produtos de higiene e limpeza adequados e aplicação sobre a pele de cremes com efeito barreira.
• Se o problema persistir, deve consultar o pediatra porque poderá tratar-se de uma dermatite micótica, que requer o uso de produtos específicos.

EPISTAXE
A criança que sofre habitualmente de epistaxe, ou seja, que sangra frequentemente do nariz, acusa ainda mais este problema no verão.
• O calor provoca a dilatação dos vasos sanguíneos e aumenta a probabilidade de hemorragia nas pessoas que já de si apresentam essa predisposição.
• A epistaxe é um fenómeno desagradável, mas não é perigoso. Na maioria dos casos, para deter a saída do sangue basta fazer uma pinça com os dedos e apertar o nariz durante uns dez minutos, mantendo a cabeça da criança inclinada para a frente, de modo a não inalar nem ingerir o sangue.

ENJOAR NO CARRO
Viajar de carro pode-se transformar num pesadelo, se a criança enjoar. O que podem fazer os pais para lhe aliviar o mal-estar?
• Em primeiro lugar, a criança deve viajar na sua cadeirinha de segurança, devidamente instalada. Deste modo, atenua-se o efeito da vibração e do movimento. Começar a viagem ao fim da tarde, quando o ar é mais fresco, a criança está cansada e é mais provável que durma, é uma precaução muito útil. Também lhe pode dar uma refeição ligeira antes de sair e parar várias vezes ao longo do percurso, para que caminhe um pouco.
• As pulseiras “anti-enjoo”, que se baseiam no princípio da acupressão (pressão num ponto de acupunctura), também podem ajudar. Nos casos mais complicados, o pediatra pode receitar um anti-histamínico que induza o sono, durante a viagem.

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FOTOTIPO
A pele das crianças, tal como a dos adultos, pode ser classificada em função do seu fototipo, que determina a sua vulnerabilidade aos raios ultravioleta.
• O fototipo I corresponde às pessoas com pele muito clara, cabelo louro ou ruivo e olhos claros; o fototipo II corresponde a pessoas de pele clara, cabelo louro escuro ou castanho claro; o fototipo III, a peles bastante morenas e cabelos castanho escuro, e o fototipo IV corresponde a peles muito morenas ou negras e cabelos e olhos negros.
• As pessoas mais vulneráveis ao risco de queimaduras e eritemas são as que pertencem aos dois primeiros tipos. No entanto, as crianças, antes dos três anos de idade, são extremamente sensíveis aos raios de sol, uma vez que a sua pele é mais fina que a dos adultos. Por esse motivo, devem sempre seguir-se algumas regras básicas: evitar a exposição direta ao sol de crianças com menos de um ano, sendo que, mesmo as mais velhinhas, nas horas mais quentes do dia, é preferível ficarem em casa ou no hotel. Todas as zonas da pele expostas ao sol, principalmente as orelhas, o pescoço e o peito do pé, que costumam ser esquecidas, devem estar devidamente protegidas com um filtro solar de índice elevado.

GASTROENTERITE
As infeções intestinais de origem viral são típicas dos meses de inverno e, sobretudo, da primavera. Não são especialmente frequentes no verão.
• Por outro lado, com o calor dos meses estivais, aumenta o risco de gastroenterite de origem bacteriana, devida a intoxicações alimentares causadas por alimentos mal conservados.
• A primeira regra de prevenção consiste em lavar cuidadosamente as frutas e legumes. É igualmente importante guardar os alimentos cozinhados no frigorífico, até serem levados para a mesa, já que o calor favorece a proliferação de bactérias.

HOTEL
O melhor é optar por um alojamento familiar, como uma casa rural, equipado com jogos e animação infantil, onde o comportamento próprio das crianças não cause nenhum incómodo aos outros hóspedes.
Também se pode escolher um hotel tranquilo, que ofereça um serviço mais refinado e aproveitar para ensinar a criança a portar-se bem em sociedade.
• A primeira solução é muito recomendável, se possível. Para quê complicar a vida, criando potenciais situações de stress para pais e filhos? As férias deviam, supostamente, ser agradáveis para todos. É preferível alojar-se num estabelecimento mais descontraído e permissivo e, depois, “brincar” uma noite a comer educadamente, à mesa de um restaurante.

JOGOS AO AR LIVRE
As férias são uma ocasião excelente para fomentar as atividades ao ar livre. De acordo com os especialistas, o exercício físico recreativo, baseado na brincadeira, é uma ferramenta eficaz para a prevenção da obesidade desde cedo, bem como para criar hábitos de vida saudáveis e duradouros. Cerca de 33,3% das crianças portuguesas têm excesso de peso, e 16,8% são obesas, um problema que tem crescido, em parte, pelo aumento do sedentarismo. De acordo com um estudo europeu, 61% das crianças entre os 11 e os 15 anos, passam mais de duas horas por dia à frente da televisão. As brincadeiras no parque ou na praia, as excursões na montanha ou as caminhadas com os pais são modos divertidos e eficazes de manter um estilo de vida ativo desde muito cedo. No entanto, lembre-se de dar com frequência líquidos ao seu filho, já que, com o exercício e o calor, a transpiração aumenta e há um risco maior de desidratação.

MESA DE VERÃO
É normal que, nos meses de verão, as crianças tenham menos apetite do que habitualmente.
• Com o calor, diminui o desgaste energético e todos, tanto as crianças como os adultos, precisamos de menos quantidade de alimentos. Por isso não se deve preocupar se o seu filho comer menos, apenas deve prestar atenção às suas necessidades e dar-lhe alimentos frescos e fáceis de digerir, reduzindo as gorduras e aumentando os hidratos de carbono, as frutas e os vegetais.

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ÓCULOS DE SOL
Os olhos da criança também são mais vulneráveis do que os dos adultos à luz do sol. Por esse motivo, é importante protegê-los dos raios diretos e da reverberação solar na areia e na água.
• Se a luz não for demasiado intensa e a criança não se mexe muito, pode ser suficiente pôr-lhe um boné com pala ou um chapéu de aba larga. Se a luz for muito intensa, recorra a uns óculos de sol.
• A escolha dos óculos é importante. Não são um brinquedo, mas sim um instrumento que deve obedecer a certos requisitos de qualidade. É preciso que se assegure de que têm a marca CE, e adquiri-los, de preferência, numa ótica ou farmácia. O melhor é optar por uma marca conhecida e, em caso de dúvida, pedir o conselho do pediatra. A cor mais aconselhável para as lentes é o âmbar ou o castanho.

ROTINAS
Acordar, a papa, a sesta, o banho, deitar… Não é fácil estabelecer uma rotina regular com uma criança pequena. E, quando finalmente se dá o milagre, chegam as férias e todos os hábitos e horários mudam de novo.
• É inevitável: o dia a dia altera-se, tanto para adultos, como para crianças, e estas ficam excitadas com as novidades. É certo que nem sempre se conseguirá respeitar o horário habitual da sesta, do lanche ou da hora de dormir. Tem de se aceitar este facto, sem contudo acabar com todos os hábitos consolidados e, sobretudo, sem culpabilizar a criança. No final das férias, de regresso a casa, será necessário restabelecer com firmeza os bons hábitos anteriores.

SONO
As crianças que costumam dormir com os pais podem aproveitar as férias para começar a dormir sozinhas, dada a distância entre os respetivos quartos e camas?
• O que se aconselha é evitar alterações num tema tão delicado como é o sono, num período que, já de si, está cheio de mudanças. O melhor é deixar este passo para quando retomar a rotina diária. Pelo contrário, pode sim aproveitar o regresso de férias para explicar à criança que, já que demonstrou como está grande e autónoma fora de casa, chegou a hora de ter um quarto só para si, como os mais velhos.

S.O.S. FARMÁCIA
Aconselha-se que leve pensos rápidos e um desinfetante para pequenas feridas, bem como um antipirético habitual para a febre e o mal-estar geral e uma pomada ou um creme anti-histamínico para tratar eventuais picadas de insetos. Se a criança sofrer de infeções bacterianas com frequência, por exemplo otites recorrentes, é bom que leve o antibiótico receitado pelo pediatra e seguir as recomendações do medicamento.
• No caso de uma urgência, deve levar a criança a um centro médico das redondezas, ou então, se for uma urgência menor, se possível, contactar o pediatra da criança.

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  SAÚDE  

A sudâmina

Trata-se de uma erupção da pele, que se manifesta nas zonas onde a transpiração é mais abundante. Não é grave, mas torna-se muito desagradável porque faz comichão.

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Em meses de muito calor, o suor pode acumular-se no interior dos poros onde desembocam as glândulas sudoríparas. Por este motivo, formam-se obstruções sob a pele que dão origem, na superfície, a erupções causadoras de comichão. A sudâmina (cujo nome científico é Miliaria rubra) é um problema que afeta os mais pequenos, principalmente quando são agasalhados, mesmo que faça calor, de forma excessiva; também aparece em crianças de pele muito clara e delicada.

Como se manifesta
A sudâmina manifesta-se através do surgimento de inúmeros pontinhos em relevo. Costumam ser avermelhados e localizados principalmente no pescoço, na parte superior do tórax, nas axilas e, em geral, em todas as pregas cutâneas, onde a transpiração é mais abundante. Do ponto de vista médico, este problema não tem importância, mas para a criança é muito incómodo porque, muitas vezes, estes pontinhos vêm acompanhados de uma intensa comichão.

 Como prevenir
. Para prevenir o aparecimento da sudâmina,
é preciso evitar agasalhar demasiado a criança, mesmo quando tem febre.
. Por vezes, esta erupção aparece também no inverno, por causa do calor provocado pela roupa, devido ao excesso de lençóis e cobertores.
. Lembre-se de que o calor húmido só piora a situação; por isso, é preciso evitar os ambientes com condições climáticas adversas.
. Uma boa ideia é tirar a fralda, de vez em quando, ao bebé, porque a sudâmina pode afetar também o rabinho.

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O que deve saber
A Miliaria rubra (ou sudâmina) não é o único tipo de erupção cutânea causada pelo suor, apesar de ser a mais frequente. Existe também a Miliaria cristalina, constituída por pequenas bolhas transparentes e frágeis, que se desenvolvem devido à obstrução do canal sudorífero a um nível mais superficial. Este tipo de sudâmina deve-se também a um excesso de calor e de transpiração, mas não é acompanhado de comichão e cura-se rapidamente, inclusive sem tratamento.
Também pode ocorrer, em casos muito raros, a Miliaria profunda, quando a obstrução do canal se dá a um nível cutâneo mais profundo. O suor sai da derme e provoca uma reação inflamatória, que pode encher-se de pus.

 O que fazer e o que NÃO fazer
SIM
1.
O melhor tratamento para eliminar a erupção é deixar o bebé despido o máximo de tempo possível.
2. Não é preciso cobri-lo com um lençol. Quando está demasiado calor, não faz falta.
3. 
Deve arejar os vários compartimentos da casa com uma ventoinha grande ou então com um aparelho de ar condicionado.
4.
Refresque a pele da criança com compressas embebidas em água e bicarbonato, que deverá aplicar várias vezes ao longo do dia.
5. Para lhe dar banho, pode usar amido de arroz. Basta deitar uma colher na água morna da banheira (a 32ºC). Ao terminar, não deve enxugar a pele do bebé, seque-a apenas de forma delicada, fazendo pressão com uma toalha macia.
6. Por volta dos doze meses de vida, a sudâmina pode tornar-se mais incómoda porque, nesta idade, as crianças têm tendência para se coçarem. É importante manter as suas unhas da criança sempre curtas, para evitar o risco de infeção.
7. Assim que a inflamação estiver curada, deve-se aplicar uma pomada com óxido de zinco várias vezes ao dia, de modo a amaciar a pele seca e gretada.

NÃO
1. Evite cremes e produtos para depois do banho que não sejam adequados para o bebé, porque poderiam obstruir os poros da pele.
2. Não tenha medo de usar o ar condicionado. Isto é válido tanto em casa, como no carro.
3. Também não tenha medo de o destapar demasiado: o importante é que o bebé não transpire.

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  PERGUNTA SOBRE…  

Crianças bilingues

Oferecemos-lhe diversos conselhos para ajudar a criança a aprender duas línguas desde pequenina, de modo gradual e sem confusões.

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1 Como podemos ajudar uma criança a ser bilingue?
Se os pais falam duas línguas diferentes, é importante que cada um se dirija à criança na sua língua materna, para evitar problemas na aprendizagem. Se é outra pessoa que ensina uma segunda língua à criança, por exemplo o avô ou a ama, deve procurar exprimir-se sempre de forma simples, compreensível e adequada à idade da criança. Os mais novos aprendem, a falar e a brincar com pessoas positivas e afetuosas. Esta experiência deve, por isso, ser encarada com entusiasmo e despreocupação e nunca como uma obrigação. É conveniente que a língua menos falada seja exercitada, com o recurso, por exemplo, a livros, CD ou DVD.

2 Que erros devem ser evitados?
É difícil que uma criança fale dois idiomas sem os confundir, se os pais passam de uma língua para a outra constantemente. Por isso deve-se evitar misturar as duas línguas quando se fala com a criança. Não se preocupe se, de vez em quando, o seu filho intercala os dois idiomas: trata-se de uma etapa normal e passageira da aprendizagem. Do mesmo modo, é um erro pensar que ele vai aprender a falar pior que os outros; com o tempo, chegará a dominar ambas as línguas tão bem quanto as crianças monolingues.

3 Porque é que as crianças aprendem mais facilmente que os adultos?
De acordo com estudos recentes, as estruturas cerebrais das crianças são tão flexíveis que lhes permitem aprender várias línguas, com igual facilidade. As crianças aprendem a falar por imitação: experimentam palavras e estruturas sem medo de se enganar. Em termos práticos, consolidam a gramática praticando a linguagem. Pelo contrário, os adultos seguem o percurso inverso quando estudam uma língua: primeiro, aprendem as regras gramaticais e, depois, aplicam-nas à linguagem.

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NUTRIÇÃO

Dicas para reavivar o amor

Os primeiros seis meses após o nascimento do bebé costumam ser difíceis e é preciso encontrar um novo equilíbrio. Temos para si alguns conselhos que conduzirão o casal a recuperar a sua harmonia.

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Depois do nascimento do bebé, o cansaço, as novas responsabilidades e a falta de tempo para si mesma e para o seu companheiro podem colocar dificuldades mesmo aos casais mais sólidos. Na realidade, os primeiros seis meses servem para os novos pais se orientarem. Depois, encontra-se um novo equilíbrio. Sobretudo se se puserem em prática comportamentos destinados a manter a cumplicidade e a comunicação. Oferecemos-lhe alguns conselhos.
<PARA ELA>

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COMUNIQUE COM GENTILEZA
Quando se tem um filho pequeno, é difícil encontrar o momento adequado para trocar palavras que sejam mais do que meras comunicações de “serviço”. No entanto, é preciso muito pouco para se conseguir manter um contacto profundo, mesmo no meio do caos emocional provocado pela chegada do bebé. Por exemplo, tente prestar mais atenção à forma como pede as coisas: “Tens de fazer isto!!!”, com um pouco mais de delicadeza, pode-se transformar em “Gostava que fizesses isto…”. O significado é o mesmo, mas a amabilidade faz com que o outro tenha sempre uma maior disposição para tal.

ENVOLVA-O, CONFIE E… DEIXE-O FAZER.
Por vezes, a experiência da maternidade revela-se tão satisfatória e absorvente que chega a excluir o companheiro de forma progressiva. A simbiose com uma criança pequena pode mesmo tornar-se mais gratificante que a relação com um adulto, com as suas ideias e a sua forma de fazer as coisas. No entanto, deve tentar não cair nessa armadilha: é preciso fazer o possível para que o papá não se sinta constrangido, a fim de evitar que tenda a autoexcluir-se ou a sentir ciúmes do filho.
Como agir? É preciso que confie no seu companheiro, deixe que se aproxime do bebé e que trate dele ao seu ritmo e à sua maneira, mostrando-se segura de que ele está a dar o seu melhor. E não se esqueça de elogiar as suas qualidades: “Contigo, ele adormece logo!”

TOME A INICIATIVA
Podem já ter passado alguns meses desde o parto, mas ainda não recuperou a sua forma. Neste momento, para si, a intimidade é um assunto pendente, que se torna cada vez mais difícil de enfrentar. No entanto, agindo desta forma, o casal corre o risco de se afastar. Seja você a tomar a iniciativa, por exemplo, recordando uma data especialmente romântica, reconstruindo o fio condutor que primeiro vos fez apaixonar e, mais tarde, a tornarem-se pais. É bom que mantenham uma certa intimidade física, composta de pequenos gestos quotidianos. Por exemplo, pode-se sentar na casa de banho, enquanto ele faz a barba, ou tentar que ele esteja presente quando se veste ou quando se maquilha. O facto de viverem juntos estas situações é, de certo modo, como “construir” os preliminares sexuais. Deste modo, recupera-se a intimidade num contexto levemente erótico. Na verdade, no início, o que faz falta é criar um clima amigável e sem “finalidade”, com o dom de motivar uma proximidade agradável e divertida, sem criar demasiadas expectativas.

CONCEDA TRÉGUAS A SI MESMA
Muitas mulheres sentem-se culpadas perante a ideia de deixar o seu filho com a sogra, nem que seja apenas por meia hora. Mas o descanso e a possibilidade de que o bebé fique, durante umas horas, ao cuidado de alguém de confiança, também servem para recuperar a dimensão do casal. É importante que descubram pequenos espaços, mesmo que seja apenas durante algumas horas, para irem juntos ao cinema ou, simplesmente, dar um passeio.

PROGRAME O TEMPO PARA OS DOIS
Veja se é possível arranjar um pouco de tempo só para si e um pouco de tempo para os dois.
Analise a agenda semanal e organize os horários e as tarefas. Reserve algumas horas para si e outras para partilhar com o seu companheiro. Utópico? Nem por isso, hoje em dia a família é como uma empresa que precisa de um diretor geral, capaz de coordenar os tempos e os modos. Desta forma, poderão continuar a usufruir dos momentos de conversa, dos gestos e da sexualidade

<PARA ELE>

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AJUDE-A: É O QUE MAIS IMPORTA
Não há dúvida de que o amor também passa pela ajuda concreta e diária: ir às compras e informar-se sobre as tarefas a serem executadas. Partilhar essas coisas é benéfico para o casal, porque evita tensões e ressentimentos. Além disso, assumir tarefas que realizava a mamã e ser amável com ela significa reconhecer todos os esforços que ela realiza todos os dias. Mas também significa não dar por garantido que ela o faça sempre.

PARTILHE OS SEUS MEDOS
Ela está absorvida pelo bebé, só fala dele e fica nervosa por qualquer coisinha. Ao início, é normal que assim seja: mamã e bebé são um só. Não há que tirar conclusões precipitadas. Uma vez passados os primeiros meses, se essa situação evolui de forma espontânea, não se dê por vencido e tente romper o isolamento em que se encontra. Reconquiste a sua mulher e faça-a a sentir que a deseja como antes. Não tenha medo de falar disso. O importante é que não considere a situação como um problema de ciúmes, mas como um desejo de recuperar a cumplicidade entre casal. Por onde começar? Pelo carinho e pelo desejo de mimos que o nascimento de um bebé trás ao de cima. O novo equilíbrio do casal também pode passar por estas emoções, que permitem despertar a sexualidade.

SURPREENDA-A COM UM PENSAMENTO
Um ramo de flores inesperado vale mais que mil palabras. Ou até aquele perfume que ela tanto gosta, ou esse vinho especial que beberam numa determinada ocasião. Também lhe pode deixar uma nota no frigorífico com um pensamento inesperado. O que conta não é o valor do presente, mas o que comunica: pensei em ti, sei que gostas e fiz isto por ti. Sentir que o nosso companheiro nos conhece é um dos aspetos que mais reforçam o amor. O tempo também é valioso e oferecê-lo ao outro faz com que este se sinta importante. “Hoje vou para casa mais cedo”. Um gesto como este, repetido de vez em quando, demonstra que tem vontade de estar com ela. Por último, lembre-se que apoiá-la quando ela não se sente bem também é uma prenda. Uma chamada no momento oportuno tem mais valor que muitas outras coisas.

DIGA-LHE O QUANTO A AMA
As mulher precisam de se sentir admiradas em diversos papéis: companheira, mãe e amante. Um reconhecimento que chega de forma inesperada permite afrontar mais facilmente o esforço diário. Evite a clássica frase “Já sabes que te amo, não é preciso dizer”. Se bem que o amor se demonstra, sobretudo, com acções, escutar o que nos sussurram ao ouvido represente sempre uma grande alegria. Lisonjear não significa esperar uma recompensa. Ver a sua companheira feliz pelo simples feito de ter-lhe dedicado uma frase bonita deveria ser suficiente.

EVITE AS “INTRUSÕES”
A sogra que sabe tudo, as visitas da família e os amigos ao fim de semana… Quando chega um bebé toda a gente tem algo para dizer. Neste caso, o dever do papá é fundamental, tanto para evitar intrusões, recusando convites de forma amável e manifestando desejo de tranquilidade, como para apoiar a sua companheira no seu papel de mãe, fazendo-a sentir que está a fazer tudo bem e que a apoia em tudo. “Não te preocupes, eu digo à minha mãe que preferimos não ir lá almoçar este domingo”: uma frase de tipo transmite um forte sentimento de cumplicidade e de solidez entre o casal, e faz com que a sua mulher se sinta amada.

OBRIGADO POR LER
O MEU BEBÉ

Irá receber o seguinte número da revista
na próxima semana

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