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Dúvidas sobre o seu crescimento
O peso e a altura do bebé, o ritmo de desenvolvimento dos gémeos e dos prematuros …
Descubra o que existe de verdadeiro em algumas das crenças mais difundidas sobre este tema.

Se uma criança for mais baixa do que outras da sua idade, e os pais são mais altos que a média, é provável que cresça mais tarde?
> Normalmente, uma criança saudável, filha de pais altos, tende a ser mais alta do que a média. No entanto, é preciso ter em conta que o ritmo de crescimento varia de criança para criança e que só após a puberdade termina o desenvolvimento ósseo e o crescimento.
O que indicam exactamente as tabelas de percentis? As crianças amamentadas pesam menos do que as alimentadas com leite de fórmula? Uma criança prematura será sempre mais magra do que as crianças da sua idade? Os irmãos gémeos têm um desenvolvimento idêntico e crescem ao mesmo ritmo? Existem diferenças de ritmo de crescimento entre rapazes e raparigas? É verdade que no Verão as crianças perdem peso porque têm menos apetite?
> Indicam um intervalo no qual os valores da altura e do peso da criança (de acordo com a sua idade) são considerados normais relativamente à população. No entanto, não são suficientes para avaliar o desenvolvimento saudável de uma criança. O mais importante não é saber que um valor está dentro da norma mas sim acompanhar a curva de crescimento e verificar se não existem periodos de paragem ou um ritmo de crescimento excessivametne lento. Para determinar se uma criança tem um crescimento saudável é necessário ter em conta vários parâmetros.
As crianças que se alimentam de leite materno comem até se sentirem saciadas e regulam-se sozinhas. Quando são alimentadas através do biberão é a mãe quem decide quanto leite é dado e essa quantidade costuma exceder a necessidade real do bebé. Quando ele solta o biberão porque está satisfeito a mãe costuma forçar um pouco mais e esta é a razão porque os bebés alimentados com leite de fórmula são normalmente mais “gordinhos”. No entanto, não é certo que o leite de fórmula contenha mais calorias do que o materno. Do ponto de vista nutricional, o leite da mãe é mais saudável porque contem factores imunitários que protegem o bebé contra infecções.
> Se um bebé nascer antes de tempo, mas for saudável e não apresentar patologias que interfiram no seu desenvolvimento, recupera a diferença de peso antes de fazer um ano de idade.
> Os gémeos monozigóticos, que nasceram de um único óvulo fecundado por um único espermatozoíde, são genéticamente idênticos e tendem a crescer ao mesmo ritmo. Os dizigóticos, provenientes da fecundação de dois óvulos diferentes, não têm o mesmo património genético em comum e, como tal, podem crescer ao mesmo ritmo ou não, tal como sucede com irmãos de idades diferentes.
> Na idade adulta, os rapazes costumam ser mais altos que as raparigas com a mesma idade. Trata-se de uma característica já presente no nascimento e que se pode observar ao longo do crescimento: os rapazes tendem a ser mais altos e a pesar mais do que as raparigas, mas claro que existem diferenças individuais, fruto da predisposição genética de cada criança.
> As crianças tendem a perder peso ou a ganhá-lo mais lentamente nos meses de Verão, o que se deve, parcialmente, à atividade física e ao calor que podem causar uma perda de apetite. O facto de baixarem de peso, especialmente quando são mais pequenos, é uma forma moderada de desidratação e nestes casos é inútil obrigar a criança a comer mais. Pelo contrário, é conveniente dar-lhe líquidos ao longo do dia.
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Ajude-o a dormir
Nem semper é fácil convencer o seu filho a ir para a cama, mas existem pequenos rituais que podem facilitar o sono.

1. O BANHO
O ritual para deitar a criança deve começar com um banho quentinho (37º), já que tem um efeito relaxante na maioria das crianças.
> A melhor hora é entre as 19h e as 20h. Pode juntar à água umas gotinhas de óleo essencial de lavanda ou de camomila. 2. UMA MASSAGEM > Esfregue as mãos com umas gotas de azeite virgem e acaricie as costas do bebé em suaves movimentos de rotação, do pescoço até ao rabinho e das mãos aos ombros. > Depois, deite-o de barriga para cima e faça-lhe uma massagem no rosto com os polegares. 3. O JANTAR > A última refeição do dia deve decorrer num ambiente tranquilo e com a televisão apagada. As palavras ternas também são bem-vindas. 4. DORMIR > Se assim for, a mãe pode ficar com ela um bocadinho e dar-lhe mimos, abraçando-a, conversando com ela ou contando-lhe uma história.

Depois, dê-lhe uma boa massagem
Depois de uma massagem relaxante é o momento do jantar.

A separação noturna da mãe pode angustiar a criança.
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Como se cortam as unhas e o cabelo
A primeira vez parece complicado, mas bastam alguns passos simples que a seguir lhe explicamos.

1. SEGURÁ-LO COM FIRMEZA
> Sente o bebé com as costas bem direitas e segure-lhe o tronco com os braços para que não se mova.
> Pegue a tesoura com a mão direita e, com a mão esquerda, segure a mão da criança e coloque o polegar na unha para protegê-lo.
2. PROTEGER-LHE OS DEDOS > Coloque uma gaze sob as unhas para lhe proteger a pele. Depois, segure o bebé com o antebraço para evitar movimentos bruscos. 3. AGIR COM MUITO CUIDADO > É extremamente importante manter a criança imóvel; envolva-o nos braços para que não se magoe com um movimento brusco. 4. DEPOIS OS PÉS > Corte as unhas seguindo uma linha horizontal. 5. E AGORA, O CABELO > Para cortar corretamente o cabelo, pegue numa madeixa usando um pente. Depois mantenha o cabelo entre os dedos e corte as pontas que ficam fora dos dentes do pente. Entretanto, fale com o seu filho para o tranquilizar e evitar que ele se mova. 6. COMO CORTAR O CABELO DA NUCA
> A melhor altura para lhe cortar as unhas é depois do banho, já que nesse momento estão amolecidos.
> Corte a zona da unha que sobressai do corte da tesoura (que deve ter as pontas arredondadas) e repita o processo nos restantes dedos.

> A seguir pode cortar-lhe as unhas dos pés, segurando-o de modo a permanecer quieto e sentado.

> Deite o bebé em cima do muda fraldas para que possa ter as mãos livres. Se já é um pouco maior pode sentá-lo. Depois humedeça-lhe o cabelo com um pente molhado para estender o seu comprimento real. Pode usar uma tesoura afiada sem receio.
> A nuca do bebé não costuma ter cabelo devido ao roçar constante com a almofada. Para cortar as pontas, levante-lhe o cabelo partindo da nuca em direção à parte superior da cabeça e corte o que sobressai.
XLACTÂNCIAX
Lactância e desporto
Se amamenta é importante ter uma atividade física saudável. Que tipo de exercício é o mais adequado?

Está a amamentar o seu bebé e deseja recuperar a forma o mais depressa possível depois do parto? Evite uma alimentação hipocalórica: necessita de cerca de 400-500 calorias a mais, por dia, para que possa produzir leite para o seu filho. Por este motivo, o desporto é fundamental para atingir o seu objetivo de recuperar a linha, e pode praticá-lo tranquilamente nas primeiras semanas após o parto, desde que o ginecologista esteja de acordo.
OS BENEFÍCIOS O QUE FAZER > Comece o mais depressa possível com a ginástica para fortalecer os peitorais, independentemente do tipo de parto que teve. > Opte por atividades aeróbicas e simultaneamente suaves: são ideais, por exemplo, a natação, os passeios a passo rápido ou a bicicleta. A atividade física mais adequada durante a lactância deve ser relaxante, pois a calma e a tranquilidade melhoram a amamentação. O QUE NÃO FAZER > Evite as atividades que requerem grande consumo energético (ténis, jogging, esqui de fundo). Para dar de mamar ao bebé já utiliza entre 400 e 500 calorias por dia, como tal, o desporto não deve ser convertido em mais uma tarefa cansativa. Se sofreu uma laceração importante na zona do períneo, prescinda dos exercícios que impliquem um grande afastamento das pernas ou que a obriguem a permanecer sentada durante muito tempo (como a bicicleta). Deixe passar cerca de dois meses depois do parto antes de iniciar este tipo de atividade.
> A atividade física queima e elimina as gorduras que possam ter permanecido no seu corpo após a gravidez, sem alterar a lactância. Também é o melhor método para tonificar os músculos, especialmente, os abdominais e os peitorais que, depois da tensão e do aumento de tamanho a que foram submetidos na gestação, podem estar agora um pouco relaxados. No entanto, recorde que a atividade física nunca deve ser excessiva, mas sim adequada a uma mãe que amamenta.
> Pode começar por fortalecer os músculos do abdómen a partir das primeiras semanas após o parto. No entanto, só o pode fazer se deu à luz através de parto vaginal. Se passou por uma cesariana deve esperar um pouco mais para evitar esticar a ferida, que cicatriza sete dias depois do parto (peça conselho ao seu ginecologista).

> Diga não às atividades demasiado agitadas: deve controlar o seu ritmo cardíaco, que deve atingir a frequência ideal para que consuma oxigénio (logo, calorias) evitando, por sua vez, a acumulação de ácido láctico. Recorde que este valor varia em função da idade: aos 20 anos o coração pode atingir até 150 batimentos por minuto; aos 30, reduzem-se para 142; e nos 40, baixam a 135.
XPÓS-PARTOX
Se o amor dói…
Depois do parto, a dor durante as relações sexuais é um problema frequente. O que deve fazer?

PREPARE O PAVIMENTO PÉLVICO
É possível prevenir este inconveniente desde a gravidez, em primeiro lugar tentando reduzir o risco de laceração que possa suceder durante o parto. Como? Preparando o pavimento pélvico para enfrentar o esforço a que será submetido.
> Durante a gravidez é importante que a mulher aprenda a conhecer os músculos perineais, ou seja; aqueles que se encontram em redor da vagina e do ânus, e que treine para os relaxar e distender voluntariamente, aprendendo também o modo correto de empurrar, que terá de pôr em prática no parto, durante a fase de expulsão.
> Esta ação preventiva pode ser ajudada com uma série de massagens e alongamentos na zona do períneo, que a parteira lhe poderá ensinar nos meses anteriores ao parto, para que possa relaxar a zona e facilitar a distensão. Por último (e aqui entra em jogo a responsabilidade dos técnicos de saúde), seria conveniente limitar o recurso à episiotomia aos casos em que é realmente necessária.
COMO ALIVIAR O INCÓMODO > É fundamental seguir uma higiene íntima correta, utilizando um gel de banho que respeite o pH da zona genital, assim como realizar um ciclo de massagens com aplicação de gel e creme lubrificante que consigam reduzir a inflamação e facilitem a elasticidade da mucosa. > Dado que este tipo de problema também sofre a influência do aspeto psicológico (por exemplo o medo de que a cicatriz se abra ou o receio de sofrer durante a penetração), é conveniente falar deste assunto com alguém. Não deve subestimar o problema, nem resignar-se a sofrer, mas sim pedir ajuda a uma pessoa competente; o ginecologista ou a parteira. SE NÃO ESTÁ RELACIONADO COM O PÓS-PARTO > Existem dois tipos de dispareunia (a dor durante o ato sexual): a superficial e a profunda. A primeira afeta a zona do vestíbulo vaginal e, como tal, a dor é sentida no início da relação, no momento da penetração. Pelo contrário, no segundo caso, a sensação dolorosa manifesta-se especialmente no coito e produz-se na parte mais interna do canal vaginal, afetando, inclusive, toda a zona da região pélvica, ou seja; a parte inferior do abdómen.
Se apesar de tomar estas precauções, as relações sexuais após a quarentena continuam a provocar dor, como pode solucionar o problema?

Para além dos problemas que possam surgir no pós-parto, sentir dor durante as relações sexuais é um problema bastante habitual. Afeta cerca de 20% das mulheres e pode ter sérias consequências na qualidade de vida, tanto da mulher, que pode sofrer alterações de humor e a sensação de “ter culpa”, como do seu companheiro, que pode passar por uma fase de redução do desejo sexual e de tensão na relação.
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OBRIGADO POR NOS LER
Receberá o próximo número
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