1,5 meses | Revista O Meu Bebé

1,5 meses

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X DESENVOLVIMENTO X

Como cresce nos primeiros meses

Ainda é muito pequenino, mas os meses passam a voar… Quais serão as suas conquistas?

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PESO E ALTURA
> Em 12 meses o peso aumenta 300%,
passando, em média, de 3,5 a 10 quilos. A altura também aumenta cerca de 50% (de 49,5cm a 74cm). Geralmente, o bebé duplica o seu peso inicial por volta dos cinco, seis meses e triplica-o quando sopra a sua primeira velinha. Em relação à altura, cresce uma média de 2cm por mês.

> O terceiro valor que o pediatra regista periodicamesnte é a circunferência craniana do bebé: em média mede 35cm ao nascer, aumenta cerca de 12cm durante o primeiro ano, e apenas 4cm durante os seguintes nove anos. Para explicar este salto de crescimento, é preciso ter em conta que o cérebro cresce principalmente durante o primer ano: ao nascer, o peso do cérebro equivale a 25% do cérebro adulto, ao cumprir um ano, atinge 75%.

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DENTES
> A crença popular diz que as crianças devem ter um novo dente por mês a partir de quatro meses, mas isto não deve ser interpretado literalmente. O período da dentição genético, e os filhos de pais “tardios”, también terão, provavelmente, de esperar um pouco mais.

> De qualquer modo, os dentes de leite aparecem entre os seis e os oito meses com os incisivos centrais inferiores, seguidos pelos superiores. Depois é a vez dos laterais superiores (a partir de dos meses) e dos laterais inferiores (a partir de dos meses). O sorriso do bebé de um ano já deveria apresentar oito dentes; quatro em cima e quatro em baixo.

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SONO
> Durante as primeiras semanas os recém-nascidos dormem continuamente.
Para um ser tão pequeno e em desenvolvimento, a estratégia de defesa mais eficaz consiste em dormir. Por este motivo, chega a dormir 16-20 horas por dia, divididas em partes iguaisao longo do dia e interrompidas por despertares frequentes.

> A partir do segundo mês as fases de vigília começam a aumentar pouco a pouco, o bebé começa a passar mais tempo acordado durante o dia e a dormir mais durante a noite.

> Já com um ano, em média, o bebé descansa cerca de 14-15 horas e, a meio da manhã e da tarde, faz uma ou duas sestas de cerca de duas horas cada uma. Habitualmente, a maioria das crianças chega ao ano sem dormir uma noite inteira de uma assentada.

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OS CINCO SENTIDOS
> No primeiro mês o bebé sente a presença do mundo exterior, especialmente através do tato e do olfato, sentidos que já estão bem desenvolvidos ao nascer. O ouvido também se desenvolve no útero, desde as 28 semanas.

> A partir dos dois ou três meses, o bebé começa a virar a cabeça em direção ao som e, à medida que o ouvido se apura, aprende também a distinguir as emoções que expressas pelo tom de voz (alegria, raiva, tristeza, etc.).

> Em relação à visão, ao nascer, o bebé é capaz de focar apenas o que se encontra a 20-30cm de distância. Até aos três meses vê melhor com “o canto do olho” e nota, sobretudo, os movimentos e os contrastes entre os tons claros e os escuros. Só começa a distinguir cas cores a partir dos 4-5 meses.

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COMUNICAÇÃO
> Durante o primeiro mês, a linguagem corporal e o choro
são os elementos principais na comunicação das suas necessidades e emoções.

> A partir do segundo ou terceiro mês, as expressões do rosto do bebé tornam-se cada vez mais variadas e repletas de significado. Nesta idade adoram ouvir as vozes dos pais e distinguem os vários tons de emoção.

> Por volta dos quatro ou cinco meses, com a lalação, começa a modelar a sua voz e forma as primeiras sílabas até chegar quase a compor palavras ao fim de alguns meses. Com sete meses já é capaz de utilizar como “palavras” para manifestar emoções e comunicar intenções.

> No entantp, é apenas aos 9-12 meses que a sua capacidade verbal acelera visivelmente graças, sobretudo, ao processo de imitação cada vez mais intenso, que leva o bebé a reproduzir com precisão o que ouve à sua volta. Quando pronuncia a sua primeira palavra? Geralmente entre os 10 e os 12 meses.


X BEM-STAR X

Uma massagem relaxante

Massagens delicados e carinhosas são o suficiente para ajudar o bebé a relaxar e a adormecer.

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NA CARA
> O bebé deve estar deitado no muda fraldas de barriga para cima. Faça-lhe carícias na testa, partindo do centro e avançando para os lados. Depois, faça uma massagem à volta dos olhos, com movimientos circulares.

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NO TORAX
> Efetue a massagem a partir das coxas e avançando para cima. Depois, deslize as mãos por cima dos ombros e em seguida desça ao longo dos braços pelos lados do corpo. Esta massagem deve ser feita com as duas mãos.

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NAS COSTAS
> Deite o bebé de barriga para baixo sobre os seus joelhos. Deslize as mãos pelas suas costas, para frente e para trás em movimento cruzado e contínuo, sem nunca afastar as mãos da sua pele.

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NA PERNA
> Levante a perna do bebé, segurando-a pelo pé. Faça uma massagem forte mas sem apertar em excesso. Depois dê-lhe uns leves “beliscões”.

Pressione a planta do pé, ponto por ponto, com os seus dedos polegares.

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NA BARRIGA
> Faça uma massagem à volta do umbigo: primeiro com uma mão e a seguir com a outra, no sentido dos ponteiros do relógio. De cada vez que os seus braços se cruzarem, passe uma mão por cima da outra.


X SAÚDE X

Crosta láctea e dermatite atópica

Como pode distinguir estes dois problemas e quais os tratamentos e precauções adequadas?

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Nos primeiros meses, os bebés sofrem uma característica alteração da pele da cabeça e de algumas zonas da cara e do corpo. Observam-se formações em escama ou crostas que, em algunos casos, se encontram também nas pregas da pele das extremidades, nas virilhas, e atrás das orelhas. Estas marcas são habitualmente chamadas “crostas lácteas” e podem significar diferentes tipos de alteração na pele, sendo as mais comuns a dermatite seborreica e a dermatite atópica.

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CARACTERÍSTICAS
> A dermatite seborreica, ou “crosta láctea”,
surge durante as primeiras semanas de vida da criança e caracteriza-se por crostas gordurosas e amareladas, agrupadas em placas no couro cabeludo. Pode atingir a testa, a zona das sobrancelhas, o queixo e a zona da fralda. Este tipo de dermatite não coça nem provoca irritação, e normalmente desaparece espontaneamente a partir do filnal do terceiro mês.

> A característica principal da dermatite atópica é a comichão. A pele fica muito seca e avermelhada, com pequeñas pápulas e crostas escamosas amareladas. Nos lactentes, as zonas afetadas são o couro cabeludo, as bochechas, os cotovelos e as zonas interiores das extremidades. Nas crianças mais velhas também se pode manifesttar nas costas das mãos e nas pregas dos cotovelos e dos joelhos. Esta é uma doença cutânea crónica e pode reaparecer após uma cura aparente.

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CAUSAS
> Dermatite seborreica.
As crostas são provocadas pela produção excesiva de sebo efetuada pelas glândulas da pele. As suas causas ainda não são totalmente conhecidas, mas pode-se excluir a lactância materna, o uso de leite de fórmula e otras alergias. Em algunos casos, a sua causa pode ser atribuída à imaturidade dos mecanismos que regulam o equilíbrio da pele, ou a alterações de carácter hormonal.

> Dermatite atópica. É uma doença genética e, habitualmente, a criança ou os seus familiares também sofrem de outras doenças alérgicas como bronquite asmática ou rinoconjuntivite alérgica. Em alguns casos também se registam alergias alimentares.

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O QUE FAZER
> Se se trata de dermatite seborreica,
nos casos de menor importância, basta eliminar as escamas delicadamente, amolecendo-as com azeite virgem ou óleo de amêndoas doces e retirando-as com a ajuda de um pente especial com dentes finos. Durante o banho, pode massajar as zonas afetadas assim como o resto do corpo, e depois aplique um creme hidratante e calmante. Nos casos mais graves, pode ser necesario utilizar um creme específico, à base de cortisona.

> Em caso de dermatite atópica, pelo contrário, deve ser administrado um tratamento até que a doença seja curada. Em qualquer caso, será útil substituir o sabonete e o champô por óleos de banho com propriedades calmantes, sem perfumes ou corantes, e manter as unhas da criança limpas e curtas. Quando a criança se coça, pode provocar micro lesões que podem infetar e exigir o uso de antibióticos. Se a comichão for insportável, o pediatra poderá receitar fármacos para reduzir o incómodo. Finalmente, já que a dermatite atópica é habitualmente associada a doenças como a rinite e a asma, convém que o ambiente onde a criança vive esteja o mais limpo posível e sem pó, diminuindo a presença dos ácaros.

X AMAMENTAÇÃO X

Se o peito dói…

No início, a mama pode ficar vermelha, quente e dorida, e o bebé pode ter dificuldade para mamar. Quais são as causas e o que pode fazer?

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Durante as primeras semanas, quando a mãe e o bebé precisam de aprender a dominar as tomas, e o peito necessita de regular a produção de leite, podem ocorrer obstruções ou aparecer gretas no mamilo. São situações bastante frequentes que podem criar dificuldades às recentes mães, dado que amamentar acaba por se converter em algo doloroso, deixando de representar um momento agradável de relaxamento e intimidade com o bebé.

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CANAL OBSTRUÍDO E OBSTRUÇÃO MAMÁRIA
> Quando um canal lactífero se obstrui ou bloqueia,
pode ficar uma estria ou uma marca vermelha na pele, limitada a uma zona concreta da mama. Ao tocar o ponto doloroso, geralmente a mãe nota um endurecimento e o bebé pode mostrar-se um pouco inquieto durante a toma, já que o fluxo de leite se encontra obstruído.

> As causas desta obstrução podem ser várias: um canal que não se esvaziou totalmente; uma posição incorreta do bebé durante a toma; um sutiã demasiado apertado…

> Também se pode produzir uma obstrução mamária: neste caso, é todo o peito que incha, fica vermelho e duro. A mãe sente dor e o bebé tem dificuldade para mamar, precisamente porque a aréola está demasiado dura.

A origem do problema costuma ser a falta de amamentação a pedido, porque a mãe aumentou os intervalos das tomas e ofereceu ao bebé uma substituição da mama como a chupeta, água, etc.

Por vezes, a causa é um sutiã que aperta o peito excessivamente ou mesmo o facto de dar de mamar sempre a mesma mama, ou inclusive começar sempre pela mesma.

Por fim, se a obstrução surge passados os primeiros meses, o motivo pode ser uma redução das tomas por parte do bebé, seja porque está constipado ou porque acorda menos vezes durante a noite para comer. Por outro lado, a introdução de novos alimentos para além do leite também pode ter influência. Nestes casos, a mama pode produzir mais leite do que aquele que o bebé pede, com o consequente risco de se produzir uma obstrução.

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COMO AGIR
> Em caso de obstrução, a solução consiste em dar de mamar mais vezes,
já que é fundamental esvaziar o peito. Também pode ser útil colocar o bebé de modo a que a sua língua pressione o ponto que dói, pois esta pressão ajuda a esvaziar o canal. É recomendável alterar a posição da toma, alternando a tradicional com a posição “bola de rugby”, ou seja; com o bebé “debaixo do braço” e as suas perninhas em direção às costas da mãe.

> No entanto, se o bebé não consegue mamar, é necessário esvaziar o peito um pouco antes da toma, de forma manual ou com a ajuda de um extrator de leite, para amolecer a zona em volta da aréola.

> Para aliviar o mal-estar e facilitar a produção de oxitocina (a hormona que estimula a saída do leite), a mãe pode aplicar uma compressa quente e fazer uma massagem delicada na zona dorida, antes e durante a toma.

> Se a situação não melhorar em 24-48 horas, é aconselhável consultar o seu médico.

MASTITE
> Quando o peito está duro e dói e a mãe tem febre,
pode significar que há uma mastite. Trata-se de uma infeção bacteriana, diferente da obstrução mamária porque a temperatura ultrapassa 38,5ºC. É precisamente a febre que permite diagnosticar o problema, diferenciando-o de uma obstrução”normal”. Para além do mais, a mastite costuma afetar apenas um seio, onde se formam estrias avermelhadas. Em caso de mastite a dor é bastante forte.

> Os fatores que favorecem o aparecimento da mastite são: uma obstrução não tratada ou a presença de gretas, que podem facilitar a entrada de gérmes.

> Para resolver a situação pode seguir as mesmas medidas mencionadas para a obstrução mamária: compressas quentes, massagens e tomas frequentes para evitar o estancamento do leite. Também é fundamental que a mãe repouse, como se tivesse uma gripe. Por vezes, estas medidas são o suficiente para melhorar e fazer a febre descer em poucas horas. Se assim não for, é indispensável consultar o médico para que lhe receite um tratamento antibiótico que, por outro lado, não constitui obstáculo à amamentação normal. Nestes casos, o princípio ativo escolhido deve ser compatível com a lactância.

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GRETAS
> As gretas são pequenos cortes, feridas ou lesões mais ou menos profundas que aparecem no mamilo
e que tornam a toma dolorosa. Geralmente são provocadas por um modo de sucção ou uma posição incorreta do bebé. Por essa razão, é necessário corrigir a posição da boca do bebé (que deve estar bem aberta, com o lábio para fora, e abarcar grande parte da aréola e não apenas o mamilo); a postura (o corpo do bebé deve estar virado para o corpo da mãe, e esta não se deve inclinar); e a forma como suga (as bochechas devem encher-se e o bebé deve engolir sem ruído).

> Para favorecer cicatrização e aliviar a dor, sempre que seja possível destape o peito e evite usar sutiã. Uma boa solução é a aplicação de umas gotas do próprio leite, no fim da toma e deixando-o depois secar: as suas propriedade antibacterianas favorecem a cura das feridas.

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OBRIGADO POR NOS LER
Receberá o próximo número
da revista em duas semanas

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